Antropologia - Teologia 03.41
5.1.3 Por que a teoria da
evolução é amplamente aceita?
Através da explicação do surgimento da vida como resultado das forças naturais
fortuitas, as pessoas se consideram autorizadas a negar a existência do criador
e a acreditar que nossa vida aqui não tem uma finalidade predeterminada.
Esta
teoria foi formulada precisamente quando os movimentos agnósticos ganharam
terreno na Europa.
O movimento da hascalá – o iluminismo judaico – também se
originou nesse período.
De fato, o século XIX foi conhecido como o século
ateu.
A teoria da
evolução também serve aos teóricos políticos e a distintos partidos, que se
autoproclamaram ateístas, comunistas ou nazistas, e a teóricos sociais.
Para
estes, a luta de classes pode ser considerada um exemplo da luta natural do
indivíduo para sobreviver.
E a luta natural do indivíduo serve, como seleção
natural, para aperfeiçoar a espécie. O credo racial de Hitler é o exemplo mais
aterrorizante do que acontece quando os princípios da teoria de Darwin são
aplicados à sociedade humana.
Hitler propôs, entre outras atrocidades, a
“eutanásia” para os casos afetados de males incuráveis, porque: “a natureza não
tem piedade das criaturas mais fracas que são destruídas, sobrevivendo apenas
os aptos.
Ir contra a natureza causa a ruína ao homem... e isso é um pecado
contra a vontade do Eterno Criador... somente o descaramento judeu pode exigir
que dominemos a natureza!” (Mein Kampf).
A razão mais
importante para a ampla aceitação da teoria da evolução entre os seculares é o
fato de que ela é lecionada nas escolas – e mesmo nas universidades – como um
fato cientificamente comprovado.
Ela é descrita através de impressionantes
termos latinos e reconstruções gráficas.
Sua natureza hipotética, entretanto,
suas inconsistências, as questões sem respostas e a crítica dos cientistas
acerca dela são ignoradas.
Acrescente o fato de que é lecionada por cientistas.
Assim, não é de se espantar que muita gente acredite que esta teoria seja uma
verdade incontestável.
O público em
geral, bem como muitos cientistas, sabe muito pouco sobre os fundamentos da
ciência, a validade das hipóteses, ou a base axiomática do método científico.
Em conseqüência, muitas pessoas têm a impressão de que, se um cientista diz
alguma coisa, deve ser verdade.
Por outro lado, as pessoas tendem a confundir a
ciência aplicada com a ciência teórica.
Os surpreendentes avanços tecnológicos
que a ciência logrou não lhe outorgam crédito a hipóteses no terreno da
biologia.
A maior
dificuldade é entender o modo de pensar dos grandes cientistas.
Em vista dos
fatos, eles devem decidir se é correta a teoria da evolução ou se é mais lógico
aceitar a existência de um supremo criador, que criou o mundo para um fim
determinado.
Ao contrário de
uma questão como: “poderia uma moeda, perfeitamente balanceada, cair 84.000
vezes seguidas sobre o mesmo lado?” Cuja resposta na teria sérias implicações
para ninguém, a questão da origem da vida certamente tem.
Se a resposta for que
a teoria de Darwin não é racional, então dependemos de um supremo Criador que
criou o mundo para um fim determinado, e precisa de nós para cumprir alguma
função.
A aceitação de que a vida tem um sentido e uma finalidade implica em
admitir que o homem não é uma ocorrência acidental.
Se a vida possui um
sentido, então existem conseqüências às ações do homem e ele deve ser
responsável por seus atos, esta é a concepção da fé religiosa, em oposição à
visão de um mundo sem sentido e, portanto, niilista.
Seria de se
esperar que uma pessoa decidisse esta questão crucial somente com base numa
análise intelectual, pura e determinada, e só então determinasse qual seu papel
e o que deveria desempenhar durante sua vida.
Mas, na prática, isso não ocorre.
Pelo contrário! É comum que os desejos do homem ditem suas decisões
intelectuais.
A inclinação do
homem para esquivar-se de responsabilidades e de sua dependência de Deus
condicionam, de certa forma, sua mente, seus desejos lhe ensinam que “o mundo
não é de ninguém; pegue o que quiser e desfrute dele o máximo possível”.
É como
o “suborno que cega os olhos dos sábios” (Devarim 16.19).
Este estranho
fato, de que o intelecto de uma pessoa e sua lógica sejam distorcidos por seus
desejos, também foi observado pela psicologia moderna.
A Psicologia criou o termo
“racionalização” para o processo pelo qual uma pessoa idealiza explicações
racionais de suas ações, quando não está em condições de admitir seus motivos
reais, ou quando está renitente em relação a eles.
Um bom exemplo disto é o
caso de um homem hipnotizado, a quem foi ordenado tirar a camisa quando o
hipnotizador estalasse seus dedos futuramente. Também lhe foi dito que
esquecesse que esteve hipnotizado.
No entanto, quando o hipnotizador estala
seus dedos futuramente, o homem começa a tirar sua camisa sem saber porquê.
Hesita por um instante mas, ao completar a ação, exclama: “que calor, não é
verdade?!”.
Em seu desejo de ser lógico, uma pessoa recorre freqüentemente a
explicações de uma lógica duvidosa.
O Talmud sabia tudo sobre a
“racionalização” muito antes de sua descoberta pela moderna psicologia.
No
tratado de San’hedrin (63b) está escrito: “O povo de Israel praticou a
idolatria somente para poder cometer abertamente pecados relativos a
sexualidade”, admitindo que o verdadeiro criador fosse uma estátua qualquer,
estariam então autorizados pela estátua, a cometer tais atos imorais.
A base psicológica
do suposto conflito entre ciência e religião é o seguinte: o desejo
subconsciente do homem de evitar a responsabilidade por suas ações e negar um objetivo
à vida. Através do processo de racionalização ele procura obter explicações que
contradigam a crença religiosa.
O espaço
disponível não nos permite dedicar a essas idéias toda a atenção que merecem,
mas resultarão mais claras se considerados o que escreveram alguns cientistas
notáveis.
Aldus Huxley, o
famoso cientista e filósofo contemporâneo era um dos fortes defensores da
Teoria da Evolução.
No final de sua vida publicou um ensaio intitulado
“Confissões de um Ateísta Profissional”, no qual afirmou entre outras coisas:
“Eu tinha motivos para não aceitar que o mundo tem uma certa finalidade e, como
conseqüência, supus que realmente não tinha, sendo que facilmente encontrei
explicações satisfatórias para tal suposição... Para mim, como sem dúvida para
muitos de minha geração, a filosofia da falta de finalidade era um instrumento
de libertação... de um certo sistema moral. Nos opomos a moralidade porque ela
interfere em nossa libertinagem”.
A isto podemos
acrescentar as palavras do notável filósofo Herbert Spencer, o qual afirmou:
“Se fossemos obrigados a escolher entre explicar manifestações metafísicas em
termos físicos ou explicar manifestações físicas em termos metafísicos, a
segunda alternativa nos parecia mais racional”.
De qualquer modo, esta escolha
entre a segunda (a da fé religiosa) e a primeira alternativa, não acontece em
geral de forma intelectual e imparcial, mas sim através de desejos que
escravizam a mente e distorcem o pensamento.
Em seu livro “A
Onipotência da Seleção Natural”, o professor Weisman escreve: “Devemos aceitar
o princípio da seleção natural porque oferece a única explicação da finalidade
do mundo natural sem que necessitemos tomar consciência de que foi criado por
uma força que assim o quis e o fez intencionalmente”.
Eis aqui um argumento
convincente!
Finalmente, observamos a ironia nesta proposição
material para a vida, que rejeita a possibilidade de qualquer força
sobrenatural no mundo.
Como temos assinalado, esta visão se torna tão
penetrante por causa do desejo do homem de libertar-se de sua dependência de
Deus e considerar a si mesmo o mestre do Universo.
Mas o que conseguiria com
isso? De fato seria um “mestre do Universo”? Ao invés de se elevar, certamente
se degradaria, convertendo-se em um aparato químico criado pelo mero acaso; um
robô que se destaca no mundo inanimado somente pelo seu grau de complexidade.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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