Antropologia - Teologia 03.55
6.2.3.1 Os Dicotomistas
6.2.3.1 Os Dicotomistas
A palavra
dicotomista significa duas partes ou divisões.
Esta teoria é seguida por um
grande número de teólogos (entre eles os calvinistas): que o homem se compõe de
duas partes ou divisões: a material e a espiritual.
Mesmo sobre esta teoria
dicotômica há pontos de vista diferentes.
A corrente mais forte da teoria
dicotômica é a que considera o homem composto de duas substâncias: a material e
a imaterial.
Alma e espírito são, nessa teoria, a mesma coisa.
Os dicotomistas
defendem que cada ser humano neste mundo é dotado de um corpo material por um
eu pessoal imaterial.
Tomam por certo que as Escrituras chamam isso de
“alma" ou "espírito". Entendem que "alma” dá ênfase àquilo
que é distinto na personalidade consciente de uma pessoa; e que o "espírito"
carrega consigo não só as nuances da personalidade derivadas de Deus, mas
também a dependência dele e a distinção do corpo como tal.
O uso bíblico desses termos leva-nos a dizer que
temos e somos tanto corpo, quanto alma e espírito, mas é erro pensar que alma e
espírito são duas coisas diferentes.
O ponto de vista tricotômico do homem como
corpo, alma e espírito é incorreto.
A idéia comum de que a alma é apenas um
órgão de percepção deste mundo, enquanto o espírito é um órgão distinto, que
nos permite estabelecer comunhão com Deus, conduzido à vida na regeneração,
está fora dos padrões do ensino bíblico, concluem.
Além do mais, tal ponto de
vista nos leva a um anti-intelectualismo aleijado, que separa a intuição
espiritual da reflexão teológica, empobrecendo a ambos – pois a teologia passa
a ser considerada como “coisa da alma” e não espiritual, enquanto a percepção
espiritual é vista como não relacionada com a tarefa de ensinar e aprender a
verdade revelada de Deus.
A personificação da alma faz parte do desígnio de
Deus para a humanidade. Através do corpo experimentamos nosso meio, usufruímos
e controlamos as coisas que estão ao redor de nós e relacionamo-nos com outras
pessoas.
Nada havia de mau ou corruptível no corpo que Deus criou no início.
Se
o pecado não tivesse ocorrido, o envelhecimento físico e o declínio que conduz
à morte, como conhecemos, não seriam parte da experiência humana (Gn 2.17;
3.19,22; Rm 5.12). Agora, porém, a corrupção atingiu a todos na sua natureza
psico-física, como claramente mostram os desejos desordenados da mente e do
corpo, guerreando um contra o outro, bem como contra todas as regras da
sabedoria e da justiça.
Na morte, a alma deixa o corpo, mas isso não é a
libertação feliz que a filosofia grega e algumas seitas têm imaginado.
A
esperança cristã não consiste na redenção da alma em relação ao corpo, mas
consiste na redenção do corpo.
Aguardamos nossa participação na ressurreição de
Cristo em e através da ressurreição do nosso corpo.
Ainda que desconheçamos, no
presente, a exata composição do nosso futuro corpo glorificado, sabemos que
haverá uma continuidade com nosso corpo atual (1Co 15.35-49; Fp 3.20-21; CI
3.4) (Bíblia de Estudo de Genebra, p.11).
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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