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13 de agosto de 2013

Antropologia - Teologia 03.57 - A Metafísica da Criação do Homem

Antropologia - Teologia 03.57

6.3 A Metafísica da Criação do Homem
“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego de vida; e o homem tornou-se alma vivente” (Gn 2.7). No início, quando Deus criou o homem, Ele o formou do pó da terra e depois soprou “o fôlego de vida” em suas narinas. 
Tão logo o fôlego de vida, que se tornou o espírito do homem, entrou em contato com o corpo do homem, a alma foi produzida. 
Portanto, a alma é a combinação do corpo e do espírito do homem. 
As Escrituras, por isso, chamam o homem de “alma vivente”. O fôlego de vida tornou-se o espírito do homem, isto é, o princípio de vida dentro dele. 
O Senhor Jesus nos diz que “é o espírito que vivifica” (Jo 6.63). Este fôlego de vida vem do Senhor da Criação. 
Todavia, não devemos confundir o espírito do homem com o Espírito Santo de Deus. 
O último é diferente do nosso espírito humano. 
Romanos 8.16 manifesta esta diferença declarando que “o Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. O original da palavra “vida” em “fôlego de vida” é chay e está no plural. Isto pode ser uma indicação para o fato de que o sopro de Deus produziu uma vida dupla: a vida da alma e a vida do espírito. 
Quando o sopro de Deus entrou no corpo do homem, ele se tornou o espírito do homem; mas quando o espírito reagiu com o corpo, a alma foi produzida. 
Isto explica a origem da vida do nosso espírito e da nossa alma. 
Devemos admitir, entretanto, que este espírito não é a Própria vida de Deus, pois, “o sopro do Todo-Poderoso me dá vida” (Jó 33.4). Ele não é a entrada da vida não criada de Deus, no homem, nem tampouco a vida de Deus que recebemos na regeneração. 
O que recebemos no novo nascimento é a Própria vida de Deus, como tipificada pela árvore da vida. 
Mas, nosso espírito humano, embora existindo permanentemente, está destituído da “vida eterna”. 

A expressão “formou o homem do pó da terra”, refere-se ao corpo do homem; “soprou em suas narinas o fôlego de vida” refere-se ao espírito do homem, conforme ele veio de Deus; e “o homem tornou-se alma vivente” refere-se à alma do homem quando o corpo foi vivificado pelo espírito e levado a ser um homem vivo e consciente de si mesmo. 
O homem completo é uma trindade - o composto de espírito, alma e corpo. 
De acordo com Gênesis 2.7, o homem foi feito de apenas dois elementos independentes: o corpóreo e o espiritual. 
Mas, quando Deus colocou o espírito dentro do revestimento da terra, a alma foi produzida. 
O espírito do homem tocando o corpo morto produziu a alma. 
O corpo separado do espírito estava morto, mas, com o espírito, o homem passou a viver. 
O órgão, assim estimulado, foi chamado de alma. 

“O homem tornou-se alma vivente”, expressa não apenas o fato de que a combinação do espírito e corpo produziu a alma, como sugere também que o espírito e o corpo estavam completamente fundidos nessa alma. 
Em outras palavras, a alma e o corpo estavam juntos com o espírito, e o espírito e o corpo fundidos na alma. 
Adão “em seu estado antes da queda, nada sabia dessas incessáveis lutas de espírito e carne, que são coisas da experiência diária para nós. 
Havia uma perfeita combinação das suas três naturezas em uma e a alma, como fator de unidade, tornou-se a causa da sua individualidade, da sua existência como um ser distinto” (Pember's Earth's Earliest Ages). O homem foi denominado alma vivente, porque era lá que espírito e corpo se encontravam e através da qual sua individualidade era conhecida. 
Talvez possamos usar uma ilustração imperfeita: derrame um pouco de tinta num copo d'água. 
A tinta e a água misturar-se-ão formando uma terceira substância chamada tinta de escrever. 
Da mesma forma os dois elementos independentes do espírito e corpo, unem-se para tornar-se alma vivente. (A analogia falha nisso: a alma produzida pela combinação do espírito e do corpo torna-se num elemento independente e indissolúvel, tanto quanto o espírito e o corpo). 

Deus considerou a alma do homem como algo singular. 
Assim como os anjos foram criados como espíritos, o homem foi criado predominantemente como alma vivente. 
O homem tinha não apenas um corpo, um corpo com o fôlego de vida; ele tornou-se uma alma vivente também. 
Por isso, mais tarde, nas Escrituras, encontramos Deus freqüentemente referindo-se aos homens como “almas”. Por quê? Porque aquilo que o homem é depende de como é sua alma. 
Sua alma o representa e expressa sua individualidade. 
É o órgão da vontade livre do homem, o órgão onde o espírito e corpo estão completamente unidos. 
Se a alma do homem deseja obedecer a Deus, ela permitirá que o espírito governe esse homem, conforme ordenado por Deus. 
Se ela escolher, pode também reprimir o espírito e aceitar algum outro prazer, como dominadora do homem. 
Esta trindade de espírito, alma e corpo pode ser parcialmente ilustrada por uma lâmpada elétrica. Dentro da lâmpada, que pode representar o homem total, existem eletricidade, luz e fio. 
O espírito é como a eletricidade, a alma como a luz e o corpo como o fio. 
A eletricidade é a causa da luz enquanto que a luz é o efeito da eletricidade. 
O fio é a substância material para conduzir a eletricidade como também para manifestar a luz. 
A combinação do espírito e corpo produz a alma, aquilo que é singular no homem. 
A eletricidade, conduzida pelo fio, é manifesta na luz; assim, o espírito atua sobre a alma e a alma, por sua vez, expressa-se a si mesma através do corpo. 

Entretanto, devemos nos lembrar bem de que, enquanto a alma é o ponto de encontro do elemento do nosso ser nesta vida presente, em nosso estado ressurreto, o espírito será o poder governante. 
Porque a Bíblia nos diz que “semeia-se corpo físico, é ressuscitado corpo espiritual” (1Co 15.44). Todavia, aqui está um ponto vital: nós que fomos unidos ao Senhor ressurreto podemos, mesmo agora, ter nosso espírito no governo de todo o nosso ser. 
Não estamos unidos ao primeiro Adão, que foi feito alma vivente, mas, ao último Adão que é espírito vivificante (v. 45).


Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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