a) Resumo e itinerário
Terceira viagem
missionária: Paulo vai à Ásia Menor, 18:18-19:41. Viagem de confirmação das
igrejas, 18:18-23, Apolo, 18:24-28. Paulo em Éfeso, 19:1-41. Retorno à A.
Menor, 19:1=12. Paulo e os exorcistas, 19:13-20. Planos de Paulo sobre o
futuro, 19:21-22. O levante em Éfeso, 19:23-41.
b) A missão da terceira
viagem
Terceira viagem (53-58; At
18,23-21,14). Pouco depois partiu novamente para a Galácia (cf. Gl 4,13), onde
reinavam a piedade e a paz nas comunidades cristãs (1,6; 5,7), atravessou a
Frígia, as montanhas do centro da Ásia Menor e o vale do Meandro, e chegou a
Éfeso (At 18,23; 19,1.8.10; 20,31). Aí Priscila e Áquilas já haviam completado
a instrução cristã de Apolo, judeu alexandrino douto e eloqüente que com zelo e
sucesso pregara o cristianismo na sinagoga, e já partira para Corinto
(18,24-28; 19,1).
Em Éfeso Paulo conheceu
também uma dúzia de discípulos de João Batista, que ele ganhou para o cristianismo
(19,2-7), e pregou durante três meses na sinagoga. Como a maior parte dos
judeus continuava incrédula, dirigiu-se aos pagãos, pregando no auditório de um
tal de Tirano, provavelmente um retor grego.
Lucas narra detalhadamente
alguns episódios das atividades de P. em Éfeso; curas e expulsão de demônios, a
destruição de um grande número de livros de magia (19,11-19) e o tumulto que,
depois de três anos, ocasionou o fim da estadia de P. naquela cidade
(19,23-20,1). At 19,20.26 refere-se em termos vagos à propagação do cristianismo
“por toda a Ásia”. De fato, abrira-se para P. em Éfeso “uma porta larga e
poderosa” (1Cor 16,9); quem a abriu foi ele mesmo e os seus colaboradores
(Timóteo, Tito, Erasto, Gaio, Aristarco e Epafras: At 19,22,29; 2Cor 12,18; Cl
1,7); e fundaram-se comunidades cristãs em Colossos, Laodicéia, Hierápolis (Cl
1,7; 2.1; 4,12s), Tróade (At 20,5-12; 2Cor 2.12) e mui provavelmente também em
Esmirna, Tiatira, Sardes e Filadélfia (Ap 1:11).
Em éfeso Paulo sofreu
muitas e duras provações: perseguições da parte dos judeus (20:19; cf. 21:27),
uma determinada tribulação que “acima de suas forças” o oprimiu, a ponto de ele
“perder a esperança de conservar a vida” (2Cor 1:8), uma doença ou perigo
mortal (cf. 2Cor 1:9s; 11:23), uma luta contra as feras (1Cor 15:32), seja em
sentido literal, seja em sentido metafórico, de uma luta contra homens maus e
violentos; afinal, em Rm 16:4 Paulo fala num perigo mortal, do qual foi salvo
por Priscila e Áquilas; esse acontecimento desconhecido deve-se localizar
provavelmente em Éfeso.
Além disso Paulo andava
muito preocupado com algumas comunidades cristãs. Os gálatas quase deixaram
afastar-se dele pelos judaizantes; escreveu-lhes Gálatas. Na comunidade de Corinto
infiltraram-se graves abusos morais. Paulo reagiu numa carta que se perdeu
(1Cor 5:9), e mandou Timóteo e Erasto a Corinto (At 19:22; 1Cor 4:17).
Depois, vieram de Corinto
alguns cristãos com uma carta da comunidade, na qual se propunham a P. diversas
perguntas. A essa carta P. respondeu com 1 Cor, provavelmente em 55.
Entretanto, chegaram a Corinto alguns judeu-cristãos que minaram a autoridade
de Paulo. Esse resolveu então ir pessoalmente a Corinto (2Cor 2:1; 12:14;
13:1s). Esta “visita intermediária” efetuou-se em tristeza, pois Paulo não
conseguiu quebrar a desconfiança dos coríntios, e foi até ofendido por um
cristão (2Cor 2:1.5; 7:12; cf. 12:21).
Demorou pouco, e voltou a
Éfeso, de onde dirigiu “com muitas lágrimas” uma terceira carta aos coríntios
(2Cor 2:4,9; 7:8,12). Tito foi portador dessa carta, que não foi guardada. Nela
Paulo exigia desagravo e a submissão da comunidade (2Cor 2:9).Enquanto aguardava o
resultado da carta e da missão de Tito, Paulo foi obrigado a deixar Éfeso.
Viajou para Tróade (20:1; 2Cor 2:13), onde esperava encontrar-se com Tito.
Quando esse demorava, embarcou para Macedônia. Aí encontrou-se com Tito
(provavelmente em Filipos) e ouviu, com muita alegria, que os coríntios se
submetiam.
Da Macedônia escreveu-lhes
2Cor (em 57). Depois de uma visita às comunidades da Macedônia e, talvez,
depois de uma viagem pela Ilíria (Rm 15:19), Paulo cumpriu a promessa já antiga
de visitar Corinto (1Cor 16:5), onde ficou três meses (At 20:3).
Em
Filipos, Lucas ajuntou-se a ele; em Tróade esperavam-no os companheiros de viagem.
Em Tróade tomaram o navio para Mileto, onde P. mandou chamar os anciãos de
Éfeso, para se despedir; pressentia que nunca mais os veria (20:1-38). Depois
navegaram até Tiro, onde profetas tentaram convencer P. que não fosse a
Jerusalém. P., porém, continuou sua viagem até Ptolemaide e daí por terra até
Cesaréia, onde durante vários dias foi hóspede de Filipe, um dos Sete (At 6:5).
Um profeta da Judéia, Ágabo, predisse que em Jerusalém esperavam-no algemas e
prisão, mas P. não se deixou reter (21:1-16).
Veja Tambem:
Veja Tambem:
ii – As missões do Apóstolo Paulo
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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