Batalha Espiritual - Teologia 07.06
2. Coisas de Deus só podem ser conhecidas pelas Escrituras Part 1
2. Coisas de Deus só podem ser conhecidas pelas Escrituras Part 1
Esse segundo ponto é de importância crucial para nosso entendimento da batalha espiritual. Ele trata da suficiência das Escrituras quanto ao conhecimento que precisamos ter acerca de Deus, da sua vontade, suas promessas, e do misterioso mundo celestial, onde invisivelmente se movimentam os anjos e os demônios. Há dois aspectos que precisamos destacar aqui.
A
exclusividade da Escritura. A Bíblia é a única fonte adequada e autorizada por
Deus pela qual obter informações acerca das coisas espirituais e que pertencem
à salvação. Portanto, ela exclui qualquer outra fonte. Muito embora Deus se
revele através da sua imagem em nós (consciência, Rm 2.14-15) e das coisas
criadas (Rm 1.19-20), entretanto é através de sua revelação especial nas
Escrituras que nos faz saber acerca do mundo invisível e espiritual que nos
cerca. Assim, muito embora possamos depreender alguma coisa acerca de Deus pelo
conhecimento de nós mesmos e do mundo criado, é exclusivamente nas Escrituras
que encontraremos a revelação clara e plena de Deus para a humanidade.
A
suficiência da Escritura. A Bíblia traz todo o conhecimento que precisamos ter
nesse mundo, para servirmos a Deus de forma agradável a ele, e para vivermos
alegres e satisfeitos no mundo presente. Mesmo não sendo uma revelação
exaustiva de Deus e do reino celestial, a Escritura entretanto é suficiente
naquilo que nos informa a esse respeito.
Aplicando
ao tema do nosso ensaio, isso implica duas coisas:
1)
A única fonte autorizada que temos para conhecer o misterioso mundo angélico
onde se movem anjos e demônios é a Bíblia. Mesmo que existam muitos conceitos e
idéias acerca dos demônios, advindas da superstição popular, da crendice e de
experiências pelas quais as pessoas passam, é somente nas Escrituras que
encontramos conhecimento seguro acerca de Satanás e de sua atividade nesse
mundo. Ela é singular e exclusiva.
2)
A Bíblia contém tudo o que Deus desejava que conhecêssemos a respeito de
Satanás. O ensino que ela nos oferece sobre os demônios e suas atividades é
suficiente para que possamos estar sempre prontos para resistir às suas
investidas e para ajudar as pessoas que se encontram cativas por eles. Ou seja,
tudo que precisamos saber para travarmos uma guerra espiritual contra as hostes
espirituais da maldade está revelado nas páginas da Escritura, e isso inclui
conhecimento das ciladas astutas do diabo e a maneira correta de procedermos diante
delas. A Bíblia é nosso manual de combate espiritual. Ela nos revela o caráter
de nosso inimigo, suas intenções e artimanhas, e de que modo podemos ficar
firmes contra suas ciladas.
Assim,
os estudiosos costumavam escrever "demonologias bíblicas" que nada
mais eram que uma sistematização do ensino das Escrituras acerca de Satanás,
seus anjos, e sua atividade nesse mundo.
Os puritanos, por exemplo,
escreveram muitas obras acerca do conflito entre os cristãos e o diabo, que no
geral sempre eram baseadas no que a Bíblia dizia sobre os demônios e suas
atividades.
Contudo, em nossos dias, assistimos com perplexidade o
crescimento espantoso de uma demonologia que se utiliza de outras fontes de
conhecimento acerca do reino das trevas além das Escrituras, ao ponto de afinal
contradizerem o ensino da mesma, ou de a complementarem. Tanto a exclusividade
quanto a singularidade da Escritura nesses assuntos foram deixados para trás. O
resultado tem sido um ensino acerca de batalha espiritual e de métodos de
evangelização bem distorcido e diferente daquele ensinado pelas Escrituras. Em
geral são usadas quatro fontes de onde se extraem conhecimento extra-bíblico
sobre a atividade demoníaca.
Experiências
pessoais. Alguns exemplos deverão bastar para que possamos entender o que estou
dizendo. Uma das mais sérias deficiências do livro "A Igreja e a Batalha
Espiritual", escrito por Neuza Itioka, diz respeito às suas fontes. É
surpreendente encontrar nas notas bibliográficas fontes como "fatos constatados
e verificados nas ministrações pessoais", depoimentos pessoais, e testemunhos
de ex-pais de santos. É destas últimas "fontes" que a autora tira o fundamento
para grande parte do seu livro. Por exemplo, a sua convicção de que crentes
verdadeiros podem ficar endemoninhados baseia-se, não em exegese das
Escrituras, mas na narrativa de várias experiências que teve.
Itioka
freqüentemente menciona experiências pessoais para provar suas convicções. Ela
afirma, com base na sua experiência de aconselhamento, que certos demônios
"adquirem" o direito de se sentarem no pescoço das pessoas. Com base
em testemunhos, ela afirma que as orações da Igreja diminuem o índice de
criminalidade, roubo e violência, que as entidades de uma rua podem ser atadas,
etc. Uma de suas crenças mais curiosas, a de que determinadas igrejas tem
entidades malignas que se alimentam dos pecados não resolvidos da comunidade e
seus pastores, é defendida principalmente com base em vários testemunhos. O que
é ainda mais preocupante, Itioka faz várias especulações sobre os demônios que
dominam o Brasil baseada na doutrina da Umbanda sobre estas entidades.
Um
outro exemplo é o artigo seminal de Peter Wagner sobre "Espíritos
Territoriais e Missões Mundiais" publicado em 1989.
Neste artigo,
Wagner admite que seu conhecimento sobre "espíritos territoriais"
baseia-se principalmente na sabedoria popular sobre o assunto.(
Mas não pára
ai. Ele tenta um cálculo do número de demônios que existem baseado nas
informações de um ex-pai de santo da Nigéria, a quem Satanás teria designado
autoridade sobre um determinado número de demônios, que por sua vez tinham
controle sobre outro número.
Wagner defende a tese de "casas mal
assombradas" com base na experiência de missionários em Serra Leoa.
A
maior parte do artigo é empregado por Wagner para amontoar experiências após
experiências de campos missionários, que supostamente provam a existência de
demônios que são autoridades locais.
Wakely observa que as experiências
citadas por Wagner para defender a existência e atuação de "espíritos
territoriais" são muito limitadas e cuidadosamente selecionadas.
Ele
mostra, por exemplo, que a maioria das ilustrações que Wagner usa em seu livro
Warfare Prayer são tiradas da Argentina, especialmente do ministério do
evangelista argentino Carlos Annacondia, que se utiliza das tática da
"batalha espiritual". Wakely nota, porém, que Wagner não menciona os
casos em que estes métodos foram empregados sem qualquer resultado, e nem os
casos em que houve conversões em massa, implantação de novas igrejas, e
crescimento genuíno de igrejas sem que estes métodos tivessem sido utilizados.
Por deixar de mencionar que outras igrejas e missões, que não a de Annacondia,
estão tendo o mesmo resultado, Wagner deixa de fornecer uma informação
importante para que o leitor julgue os métodos de Annacondia dentro do contexto
argentino global.
Veja Tambem:
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Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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