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15 de agosto de 2013

Batalha Espiritual - Teologia 07.09 - O Homem é um ser recaido e debaixo do justo juizo de DeusPart 2

Batalha Espiritual - Teologia 07.09

3. O Homem é um ser recaido e debaixo do justo juizo de DeusPart 2

Existem algumas ressalvas importantes a serem feitas para evitarmos uma falsa compreensão desse ensinamento. Segue-se quatro delas.

A queda do homem não contradiz a presença do bem nele. Quando dizemos que a depravação é total não estamos com isso querendo dizer que nunca ninguém tem pensamentos bons ou faz coisas certas. "Não há depravação, por absoluta que seja, que não traga, em seu aspecto exterior, algum traço de virtude". O termo total aponta para o fato de que o pecado penetrou em todas as faculdades do homem e as contaminou, como pensamentos, emoções, vontade. Também indica que essa contaminação é de tal forma que, se deixado entregue à si mesmo, o homem seguirá naturalmente caminhos que o desviam de Deus e o levam cada vez mais ao pecado.

A queda do homem não contradiz a presença do bem no mundo. É preciso ressalvar que o ensino reformado da total depravação do homem não ignora a realidade óbvia de que há pessoas nesse mundo que fazem obras de caridade, que demonstram sentimentos de misericórdia e compaixão, e que são capazes de sacrifícios os mais heróicos e altruístas por causas humanitárias e nobres. Apenas atribui tais atos, não à natureza do homem em si, mas ao que denomina de a graça comum de Deus. Com isso os reformados designam aquelas operações graciosas e soberanas da providência de Deus, pelo Seu Espírito, na humanidade em geral, restringindo as corrupções e as tendências malignas dos corações e promovendo atitudes de misericórdia, independentemente das crenças religiosas das pessoas, com o objetivo de preservar por mais um tempo o convívio humano, a existência da sociedade e a sobrevivência da raça humana. Dessa forma, se por um lado a humanidade é totalmente inclinada a fazer coisas erradas, por outro, é levada (na maioria das vezes de forma inconsciente) por Deus a realizar atos de misericórdia e bondade, pelos quais a sua sobrevivência em sociedade é preservada. Caso Deus deixasse de atuar assim, a humanidade já teria se destruído há muito tempo (veja Gn 20.6; Sl 33.5; 104.13-15; Mt 5.45).

A queda do homem não exclui sua responsabilidade. O ensino reformado da depravação total também não exclui o reconhecimento de que as Escrituras ensinam que o homem, mesmo nesse estado decaído, é responsável pelos seus malfeitos. Alguns estudiosos alegam que o homem não pode ser responsabilizado pelos seus atos pecaminosos desde que é irresistivelmente inclinado a praticá-los. Porém, entendemos que a queda do homem de um estado de pureza e inocência para o de depravação moral e espiritual não anulou a sua responsabilidade diante de Deus. As Escrituras, mesmo afirmando a depravação moral e espiritual das pessoas, avisa-as que são responsabilizadas por Deus pelos seus atos, e que sofrem as conseqüências dos mesmos (cf. Jz 9.56; Pv 5.22; 22.8; Jr 21.14; Rm 6.21,23; 2 Co 5.10; Gl 6.8-9). Não é difícil constatar que freqüentemente sofremos com os resultados de decisões, palavras e atitudes erradas que tomamos. A preguiça tem trazido pobreza a muitos. Uma vida desregrada traz doenças. A falta de domínio próprio tem provocado reações que levam ao homicídio. A embriagues e o uso de drogas tem trazido sofrimentos indizíveis aos seus usuários e familiares. O amor ao dinheiro, a cobiça e a inveja têm traspassado a muitos com muitas dores. Nas palavras do escritor Jules Romains (1885-1972), "Se nossa época, se nossa civilização correm a uma catástrofe, isto se dá menos por cegueira, do que por preguiça e por falta de mérito". Esse é o ponto que desejamos enfocar nessa parte do nosso ensaio: grande parte da miséria espiritual, moral, social, individual, financeira e estrutural que sempre aflige a humanidade é fruto, em primeiro lugar, dos pecados que ela comete. A humanidade em geral é responsável, em grande medida, pela sofrimento moral, espiritual e físico que suporta durante sua existência.

É verdade que há muitos e muitos casos em que pessoas sofrem como conseqüência, não de seus erros, mas dos erros de outros — como por exemplo, os pais que perdem um filho atropelado por um motorista bêbado, ou os civis que sofrem durante uma guerra. Negar isso seria cruel. Mas não é esse o nosso ponto. O que estamos querendo dizer é que, ou por nossa culpa ou pela de outros humanos, grande parte da miséria que nos acomete tem como raiz última esse estado de depravação e corrupção a que a desobediência dos nossos primeiros pais nos lançou, desobediência essa na qual incorremos por nós mesmos; pois até mesmo as catástrofes naturais — como terremotos, ciclones, secas e dilúvios — são atribuídos na Bíblia à desordem cósmica gerada pela queda do homem no jardim do Éden (cf. Gn 3.17-18; Rm 8.20-22).

A condenação e o castigo de Deus. Essa é a segunda conseqüência da queda que desejo enfatizar. A humanidade não somente vive num estado lastimável de depravação espiritual, provocando muitas dores em si mesma — ela está debaixo do mais severo juízo de Deus por causa do estado de rebelião em que vive, atraindo sobre si castigos temporais impostos por Ele. As Escrituras declaram abertamente que Deus, mesmo tendo reservado para o futuro as penas eternas merecidas pelos pecadores impenitentes, aqui e agora já impõe castigos temporais aos mesmos.. As Escrituras nos dão inúmeros exemplos dos castigos temporais de Deus sobre o pecado do homem. A começar com os castigos impostos ao primeiro casal no Éden (Gn 3), passando pelo dilúvio (Gênesis 6-8), a confusão das línguas (Gn 10) e a destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 13-17), a Bíblia nos deixa muito claro que, aqui e agora, no presente tempo em que vivemos, Deus está executando, mesmo que parcialmente, juízos sobre os homens pecadores. Esses juízos por vezes tomam a forma de flagelos físicos. Deus disse por intermédio de Moisés que castigaria os israelitas com toda sorte de misérias temporais em caso de desobediência. O catálogo de sofrimentos em Deuteronômio 28 é impressionante: diminuição do patrimônio (v.18), doenças contagiosas, infecções, inflamações e febres (v. 21-22), pragas (v. 22b), secas (v. 23), tumores, chagas, úlceras e coceiras (v. 27), cegueira (v. 28-29), fracasso financeiro e escravidão (v. 29) — a lista é infindável (cf. o restante dela nos vv.
30-44; ver também Levítico 26.14-46).

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