27 de janeiro de 2014
Epistolas Paulinas - Teologia 16.45 - Estudo 2 - O Pecado Universal - Romanos 2:1-16
Epistolas Paulinas - Teologia 16.45
Romanos 2:1-16
O estudo deste capítulo nos ajuda a
compreender melhor nossa relação com o Evangelho, com Deus e com o próximo. Não
é por que somos salvos que devemos nos
considerar melhores que alguém. Todos somos pecadores. Todos passaremos pelo
julgamento de Deus.
No
capítulo 1 Paulo
demonstrou que as
pessoas no mundo
estão normalmente entregues
à devassidão, imoralidade,
corrupção, pecado, como forma
antecipada de juízo divino, isso por não terem atentado para o conhecimento e
revelação que dEle tiveram. Eram as
pessoas denominadas pelos judeus na época como: gentias.
Fazendo uma
paráfrase deste segundo
capítulo da Epístola
podemos imaginar uma
cena: Ao chegar
ao final da
argumentação do capítulo 1, Paulo percebe que talvez alguém
possivelmente estivesse concordando e gritando para ele: “é isso mesmo Paulo!
Eles estão perdidos. Merecem
o inferno!” Paulo
se volta para
estas pessoas imaginárias
e diz: “vocês
estão errados em
julgar as pessoas
mundanas. Vocês também são pecadores e merecedores da ira de Deus”. Os
religiosos também são merecedores da ira divina.
Uma das principais teses deste
capítulo de Romanos é que o conhecimento das ordenanças não é suficiente para
salvar. Somente a prática completa
dos mandamentos poderia
satisfazer a justiça divina. Infelizmente essa via, se bem que real, é impossível
de ser trilhada. Ninguém
pode cumprir cabalmente todos
os mandamentos. Não
há uma só
pessoa que consiga
cumprir a Lei
de Deus do
fundo do coração.
Se o afirma,
é mentirosa. Somente
Jesus, o Deus-homem,
o conseguiu. Argumento
este que vai
ter sua máxima
expressão em 5:10, onde Paulo argumenta que a VIDA de Cristo é
substitutiva.
Mesmo que alguém consiga esforçar-se
até os limites da sua humanidade para cumprir todos os itens das ordenanças
divinas, o estará fazendo por medo de
punição ou por amor à recompensa, e não por livre disposição para obedecer.
Preferiria agir de outro modo, se
não houvesse os
mandamentos. Isso significa
que no fundo
do coração está
em rebeldia com
os mandamentos, apesar
de tentar obedece-los.
Este texto ajuda-nos a compreender a
doutrina bíblica do julgamento divino. Indistintamente, todas as pessoas deverão
passar pelo tribunal de Deus, quando
terão que prestar contas a ele de cada palavra, gesto, ação, pensamento ou
omissão.
Este julgamento é para todos,
religiosos, não-religiosos, salvos, não-salvos, as crianças, os adultos. Todos
deverão passar pelo juízo.
Duas grandes verdades sobre esse
julgamento apareceram aqui.
• Primeira,
cada pecador será julgado segundo suas obras. Apesar da Escritura deixar claro
que a salvação é pela fé (Efésios 2:8s), o
julgamento será pelas obras como RESULTADO de um coração
justificado.
• Segunda, cada pecador será julgado segundo a luz que tiver.
Apesar dessa verdade não isentar-nos do trabalho missionário, deixa
claro que ninguém poderá dizer, diante do tribunal celestial, que chegou
ali inocente, pois não sabia nada sobre Deus.
Analise sua
reação à lição
anterior. Se ao
final dela sua
sensação foi de
alívio, algo como
“que bom que
não sou assim”,
ou “eles merecem a ira de Deus”, você está mais perto
de ser um legalista do que imagina. O capítulo 2 de Romanos foi escrito
diretamente para todos. Você e eu somos
tão pecadores quanto os outros. A diferença é que eles são pecadores perdidos,
e nos somos pecadores resgatados pela
graça de Deus.
Grande parte
da religião de
alguns consiste em
achar defeito nos
outros. O ambiente
de algumas igrejas,
em vez de
confortável e restaurador,
tem se transformado
em neurótico e
destrutivo. Dissemos isso,
não em tom
de crítica, mas
no desejo de
corrigir os defeitos e nos levar para mais perto da
Graça restauradora.
Neste capítulo Paulo mostra que tanto
judeus como gentios estão sob o justo juízo de Deus por causa dos seus pecados.
Dirige o seu argumento ao judeu típico
da sua época, sem aplicar-lhe diretamente o nome de judeu até o verso 17. Nesta
Epístola, Paulo emprega com freqüência
a forma literária
do diálogo com
um interlocutor imaginário,
estilo usado por
muitos mestres de
filosofia daquele tempo.
2:12 – Encontramos uma expressão
própria dos rabinos judeus, “Sem lei” – Ou seja, sem conhecer a Lei de Moisés
(Torá), era uma expressão que os judeus
usavam para se
referir aos não
judeus, isto é,
aos gentios. A
palavra: “iníquos”, que
aparece em algumas
traduções de Atos 2:23, na verdade na forma original é: “aqueles que não
têm lei”. (compare com Romanos 2:14).
2:14-15 –
Paulo atribui aos
gentios algum conhecimento
da lei de
Deus, por natureza,
pelo que são
responsáveis pelas suas
ações devido a tal conhecimento,
embora não tivessem a Lei de Moisés.
Em
Romanos 2:28-29 Paulo
está dando introdução
a um tema
controverso. Quem, em
tempo da Nova
Aliança é um
verdadeiro Israelita? Como Deus
considera o gentio salvo em relação a antigos costumes como a circuncisão? Na
Igreja de Cristo, nos primeiros séculos
este assunto será
motivo de discórdia,
pois existirão grupos
que insistiram que
os gentios deverão
se submeter aos
ritos e costumes judaicos, mesmo após terem
ingressado nas fileiras da Igreja.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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Epistolas Paulinas - Teologia 16.44 - Estudo 1 - O Retrato do Pecado Ontem e Hoje - Romanos 1:18-32
Epistolas Paulinas - Teologia 16.44
Estudo 1 – O retrato do pecado ontem e hoje
Romanos 1:18-32
Se alguém pedisse para você dizer um
adjetivo que resumisse o estado (note-se em especial este conceito) do “ser
humano”, qual seria essa palavra?
Alguns talvez usassem
palavras como: “inteligente”, “belo”,
“criatura”, “frágil”. Mas
infelizmente, se quisermos
um atributo que resuma o
conjunto da humanidade teríamos que optar mesmo pelo terrível adjetivo de:
“pecador”.
A Bíblia resume os homens e mulheres
como obra rebelde, corrupta e perdida, cuja única chance de salvação está no
próprio Criador. Romanos pode ser
dividido em temas, e como podemos ver, tornou-se necessário explicar, logo no
primeiro capítulo, a condição do homem
para desenvolver todo o tema da Justificação pela Fé:
1.- O justo viverá pela fé
(1:16-17).
2.- A indesculpável situação de
pecado da humanidade (1:18-3:20).
3.- Justificação mediante a
redenção efetuada por Cristo (3:21-4:25).
4.- A nova vida de liberdade do justificados pela fé (5:1-8:39). 5.- A incredulidade de Israel
(9:1-11:36). 6.- A justificação pela
fé aplicada à nova vida (12:1-15:13).
a. A
justificação pela fé aplicada à nova vida em amor autêntico (12:1 até 21).
b. A
Justificação pela fé aplicada à nova vida em submissão às autoridades
instituidas por Deus (13:1 até 14)
c. A
Justificação pela fé aplicada à nova vida sem menosprezo pelo irmão mais fraco
(14:1 até 15:13)
7.- Epílogo da Epístola (15:14
até 16:27)
1.- Os planos evangelísticos do
apóstolos (15:14 até 33).
2.- Saudações, recomendações e
doxologia final (16:1-27).
O texto
que vamos estudar
abre a carta
de Paulo aos
Romanos, escrita para
descrever o Evangelho
de Cristo. Esta
carta, como nenhuma outra, evidencia para seus leitores,
logo de início, a situação de perdição irrestrita e completa de todas as
pessoas, homens e mulheres, crianças e
velhos. Todos estão condenados por Deus por terem dentro de si os germes da
corrupção, da rebelião, do pecado.
Paulo inicia seu argumento com uma
frase forte: “porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder
de Deus” (1:16). Paulo menciona com
estas palavras um tema que desenvolverá mais amplamente no resto da epístola.
Para Paulo “crer” inclui o fato de que
o ser humano aceita, com todo o seu ser, a iniciativa salvadora de Deus,
realizada por meio de Jesus Cristo. “O Evangelho de Cristo” é poder salvador. Este poder
salvador é mediante a fé que indica que o ser humano não pode alcançar a
salvação pelos seus próprios méritos,
senão como um
Dom de Deus,
oferecido a todos
(Romanos 10:9-13). Logo
em seguida, parte
para demonstrar a
primeira parte do seu argumento. Todos são merecedores da ira divina,
ira que se revela do céu (1.18 – Compare com Efésios 5:6 e Colossenses 3:6). O que significaria essa
expressão? É um castigo presente contra o pecado, a impiedade e a perversão. A
ira de Deus, que se revelará
diretamente no juízo final, já está agora se manifestando aos pecadores. De que
maneira? Ao entregar os pecadores aos
seus próprios pecados, ao príncipe deste mundo, à morte e às doenças.
Em Romanos
1 temos um
problema moderno e
tão antigo quanto
a época de
Abraão (1:26-27). Algumas
igrejas estão aceitando
a posição assumida pela moderna
psicologia que defende a homossexualidade como um distúrbio genético e não como
uma perversão ou “paixão infame”
(1:26). Cabe aqui um estudo de ética de comportamento e definir o que é correto
e incorreto. Mesmo porque as igrejas
defensoras do distúrbio genético se amparam na não discriminação, tão defendida
pelos meios de publicidade de massa. Paulo encara
o problema do
ponto de vista
judaico que coloca
qualquer relação “contrária
a natureza” como
pecado (1:26). Pode,
no conceito bíblico, alguma
coisa que era pecado ontem, deixar de ser pecado por causa de descobertas
“científicas”, como neste caso,
descobertas da psicologia e psiquiatria?
Ao contrário da mensagem de
alguns otimistas, o ser humano não evoluiu. Na verdade, teve uma queda moral
que envolve até uma “disposição mental”
(1:28) que leva o homem, em seu estado de pecador a cometer a longa lista dos
versos 29 até 31. Este catálogo de
vícios tem os seus paralelos na literatura judaica da época e,
inclusive, na não judaica. O homem saiu da presença da glória de Deus para a situação mais miserável possível. Ele
saiu da nobreza santa para a iniqüidade plena.
Numa leitura mais panorâmica,
podemos ver as razões pelas quais Deus condenou toda a humanidade.
Primeiro, por
suprimir a verdade
de Deus (1.18).
É o que
fazem os grandes
sistemas religiosos do
mundo que, enquanto
dizem conduzir a Deus, levam direto
para a perdição. Paulo estabelece que a ira de Deus tem como fundamento o fato
irrevogável de que o homem é capaz de
perverter a verdade. Daí se conclui a enorme importância que a verdade tem para
Deus. Qualquer mentira, seja esta
principalmente doutrinária é um sério atentado contra o próprio
Deus.
Segundo, por ignorar a revelação de
Deus (1.19). Deus revelou-se a toda a humanidade. Exatamente por isso
ninguém pode dizer, diante do julgamento
divino, que não conheceu Deus. Por mais rebelde que o homem seja, em seu íntimo
reconhece a soberania de Deus, pois em
todo momento “os atributos invisíveis de Deus, assim como o seu eterno poder,
como também a Sua própria divindade,
claramente se reconhecem” (1:20).
Terceiro, por
perverter a glória de
Deus (1.21-23). Para
Paulo a perversão
da Glória de
Deus se manifesta
pela adoração de
ídolos (verso 23)
A
conseqüência castigo de
Deus veio em
forma de abandono.
Deus abandonou o
homem à sua
própria sujeira. Abandonou-o
à fornicação (1.24s), à
perversão sexual (1.26s) e a um estilo de vida depravado (1.28s). Tal é a
situação do homem sem Deus. O homem
que despreza o
“conhecimento de Deus”
(1:28) está sujeito
a uma situação
de vida lamentável.
Por outro lado
se expressa a
necessidade do homem de conhecer Deus.
Da presente passagem nos tiramos
algumas lições:
• Você
deve ter grande alegria do Evangelho de Cristo, pois ele é poderoso. Quer prova
maior do seu poder do que a transformação
da sua vida? Olhe em volta e veja quantas pessoas tiveram suas vidas
transformadas pelo poder do Evangelho. Traficantes de drogas transformam-se em proclamadores da graça de
Jesus, prostitutas em respeitáveis divulgadoras do Evangelho, ladrões em
zelosos praticantes da Lei de Jesus,
homossexuais em honrados defensores da moral divina. Só mesmo o Evangelho pode
transformar uma vida. A graça de Deus se
manifesta ou revela de fé em fé (1:17), razão pela qual nos alegramos em
continuar a divulgar o Evangelho da Graça de Deus (Atos 20:24).
• O
Evangelho de Cristo é justo. É a expressão máxima da justiça de Deus. Ao mesmo
tempo em que demonstra a condenação, aponta
a salvação. Isso sem distinção. Tornando possível que pela aceitação da
obra de Salvação em nosso favor sejamos filhos verdadeiros de Deus.
• Contemplar
o ser humano como a passagem descreve não é pessimismo ou melancolia. É
realismo. Esta visão deve provocar em
nós duas coisas: gratidão a Deus pelo
que ele fez por nós e desejo de proclamar o Evangelho, como Paulo proclamou,
para que Deus continue salvando
pessoas, libertando-as da
situação miserável e
irremediável em que
se encontram. Percebemos
que Paulo apresenta o grave problema, mas não deixa o
problema sem solução, ao contrário apresenta a solução e essa única solução
chama- se Justificação pela Fé.
A imoralidade da sociedade
contemporânea não é fruto dos novos tempos. É conseqüência natural do pecado
humano. Nossos pais diziam que no passado
a imoralidade era menor. Como os corações dos homens nunca deixaram de ser
imorais, o que era diferente era a
visibilidade dessa corrupção. A corrupção existia, mas de uma forma mais
camuflada. Os meios de comunicação tornaram possível a divulgação da perversidade humana, agora
podemos saber da maldade do coração do homem em torno do mundo inteiro,
enquanto que no
passado às informações
eram restritas apenas
ao círculo mais
próximo, no máximo
à cidade ou
pais. O homossexualismo sempre existiu, apesar de que ele em nossos
dias ter se transformado até numa bandeira política. A idolatria sempre
existiu, apesar de em nossos dias ela
ter assumido um status de ciência respeitável, como o esoterismo ou o
espiritismo.
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Epistolas Paulinas - Teologia 16.43 - Um Resumo: As Espistolas de Paulo Seguem o Costume
Epistolas Paulinas - Teologia 16.43
Um Resumo:
1:1-7 –
As epístolas de
Paulo seguem o
costume antigo de
começar com os
nomes do remetente
e do destinatário,
de fazer uma
saudação e de prosseguir com um parágrafo de ação de graças (como
1:8-15).
A estrutura
literária das epístolas
apostólicas não é
uniforme. Inclusive algumas
delas (Hebreus e
Tiago) parecem mais
sermões ou tratados
doutrinários, aos que,
por alguma razão
pastoral, agregou-se algum
aspecto de caráter
epistolas (como o
capítulo 13 de
Hebreus e o
começo de Tiago).
As cartas que,
com maior propriedade
podem assim se
chamar, respondem em
termos globais ao
modelo clássico romano, que consistia em: a) Uma saudação inicial,
precedida da apresentação do autor e a indicação do destinatário. B) O texto ou o corpo da carta. C) A
despedida, que incluía saudações de pessoas conhecidas do autor e do receptor e
saudações para essas pessoas.
Os autores cristãos modificaram, em
certas ocasiões, esse modelo de carta em alguns de seus detalhes. Paulo, por
exemplo: no lugar da característica
saudação inicial romana “Saúde”, introduz no começo de quase todas as suas
epístolas uma expressão um pouco mais
complexa, que dá testemunho da sua fé: “Graça a vós outros e pás da
parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” (Romanos 1:7).
Do mesmo modo, a despedida não
se limita ao simples e fria palavra: “Saúde”, que lemos, por exemplo: na carta
do tribuno Cláudio Lísias ao governador
Félix (Atos 23:30), mas freqüentemente inclui, junto às saudações pessoas, uma
exortação, bênção ou doxologia, que
como uma afirmativa final da sua fé, com a qual o autor encerra seus
escritos.
1:2 – O que Paulo chama de Sagradas
Escrituras é o que nós na atualidade conhecemos como Velho Testamento. (Veja
também Atos 3:18 e 1ª Coríntios 15:3).
1:5 – Paulo confessa que ele recebeu
tanto a graça como o apostolado de Jesus Cristo, declara o amor a esse nome e
ensina o resumo do que será o maior
conteúdo da epístola, a saber, que a obediência, não é algo imposto ou exigido,
mas que é um ato de fé. Assim como a
justificação do pecador. Pois a obediência, em qualquer de seus aspectos é
fruto de um crente justificado. Jamais ao contrário.
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Epistolas Paulinas - Teologia 16.42 - A Sabedoria Deste Mundo
Epistolas Paulinas - Teologia 16.42
A sabedoria deste mundo
"O mundo, em sua sabedoria, não
conheceu a Deus em Sua divina sabedoria" A agudeza de intelecto não é
fé, nem a
pode substituir. Um brilhante erudito
pode abrigar a
maior baixeza humana.
Há alguns anos foi
enforcado um homem
acusado de mais de
dez crimes brutais,
o qual era
ilustrado cientista e
tinha ocupado alta
posição na sociedade.
Instrução não é
equivalente a cristianismo,
embora o cristão
possa ser um
homem instruído. As
invenções modernas nunca
salvarão o homem
da perdição. Certo filósofo
moderno disse que "a idolatria pode encontrar seu lugar junto à arte e à
cultura mais refinadas que o mundo
conheceu." Porém, os homens estavam se afundando na
maldade, tal como descreve o apóstolo na última parte do primeiro capítulo de Romanos. Até mesmo os homens reputados
como sábios eram tais como estão ali descritos. Foi o resultado natural de
buscar a justiça em si
mesmos.
Nos
últimos dias Se você quiser ver uma descrição do mundo
nos últimos dias, leia os últimos versículos do primeiro capítulo de Romanos. Leia cuidadosamente a lista de
pecados e logo verá como ela corresponde exatamente ao seguinte: "Sabe,
porém, isto: nos
últimos dias,
sobrevirão tempos difíceis,
pois os homens
serão egoístas, avarentos,
jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos
pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados,
implacáveis, caluniadores, sem
domínio de si,
cruéis, inimigos do
bem, traidores,
atrevidos, enfatuados, mais
amigos dos prazeres
que amigos de
Deus, tendo forma
de piedade, negando-lhe,
entretanto, o poder" Tudo isso
provêm do eu, a autêntica fonte do mal que Paulo atribuiu aos pagãos. Essas são
as obras da carne (Gálatas 5:19-21).
São o resultado natural de confiar no eu.
Apesar da declaração do
apóstolo, são bem poucos os que crêem que esse estado de coisas chegará a ser
geral, especialmente entre aqueles que
fazem profissão de piedade. Porém a semente que produz essa colheita está já
semeada em todo lugar. O "homem do
pecado, o filho
da perdição, opondo-se
e levantando-se contra
tudo o que se
chama Deus, ou
que se adora",
será a força
mais poderosa no professo
cristianismo; seu poder aumentará dia a dia. Como progredirá dessa maneira? Nem
tanto por méritos próprios como pela
cega aceitação de seus princípios por parte dos professos cristãos. Esse poder
se exaltará acima de Deus ao tentar mudar a
Justificação pela Fé por justificação
pelas obras. O
símbolo da justificação
pelas obras em
lugar da justificação
pela fé. Quando
os professos cristãos aceitam ordenanças
humanas apesar do expresso mandamento do Senhor, que é o amoroso convite de
aceitar o que foi feito
pelo pecador na
cruz, fora dele, e
sustentam sua instituição
religiosa evocando os
Pais – homens
educados na filosofia
do paganismo – a execução de
todo mal que seus corações possam imaginar não é mais que o passo seguinte no
caminho descendente. "Quem tem
ouvidos ouça."
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Epistolas Paulinas - Teologia 16.41 - Olhando Para Dentro
Epistolas Paulinas - Teologia 16.41
Marco Aurélio, reputado como o maior
dos filósofos pagãos, afirmou: "Olhem para dentro. No interior está a fonte
do bem, e
dali brotará sempre
o que procuram." Isso expressa
a essência de todo paganismo.
O eu era
supremo. Mas esse
espírito não é exclusivo daquilo que é conhecido por paganismo,
algo muito comum em nossos dias;
portanto, não é em realidade outra coisa que o espírito do paganismo. É
uma parte da adoração da criatura em lugar do Criador. Para eles é natural se
por em lugar dEle; e uma vez feito
isso, é conseqüência necessária olharem para si mesmos como fonte da bondade,
em vez de a Deus.
Quando os olhares de homem convergem
para si, qual é a única coisa que pode ver? "Porque de dentro, do coração
dos homens, é que procedem os maus
desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza,
as malícias, o dolo, a lascívia, a
inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura" (Marcos 7:21 e 22).
Disse Paulo: "Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum..." (Romanos 7:18).
Agora, quando o homem olha para todo esse mal que está por natureza em si, e
pensa que é bom e
que pode obter
o bem a
partir de si
mesmo, o resultado
não pode ser
outro senão a
mais degradante maldade.
Está virtualmente dizendo:
"Mal, sê tu o meu bem"
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Epistolas Paulinas - Teologia 16.40 - Mudaram a Verdade de Deus em Mentira
Epistolas Paulinas - Teologia 16.42
Mudaram a verdade de Deus em mentira
"Não há poder senão de
Deus." Em a Natureza
vemos a manifestação de um magnífico
poder que é, em realidade, a obra de Deus. As diversas formas de poder
que os filósofos classificam e crêem serem inerentes à matéria, não são mais que a atuação da vida de Deus
nas coisas que Ele criou. Cristo "é antes de todas as coisas. Nele tudo
subsiste" ou se mantém”.
(Colossenses 1:17). A coesão, portanto, deriva do poder direto da vida de
Cristo. A força da gravidade também, como vemos na relação entre os corpos celestes. "Levantai
ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o Seu
exército de estrelas, todas bem
contadas, as quais Ele chama pelo nome; por ser Ele grande em força e forte em
poder, nem uma só vem a faltar"
(Isaías 40:26). Mas os homens observaram os fenômenos da Natureza, e em vez de
discernir neles o poder do Deus supremo,
atribuíram-lhes divindade.
Desse modo, olhando para si
mesmos e vendo quão grandes coisas poderiam alcançar, em vez de honrar a Deus
como o Doador e Sustentador de todas as
coisas Aquele em quem nos movemos e
existimos – supuseram ser eles próprios, por natureza, divinos. Assim mudaram a verdade de Deus em
mentira.
A verdade é que a vida e o poder de
Deus são manifestos em tudo o que Ele criou; a mentira é que o poder que se
manifesta em todas as coisas é inerente
a elas próprias. O homem põe assim a criatura em lugar do Criador.
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Epistolas Paulinas - Teologia 16.39 - A Origem da Idolatria
Epistolas Paulinas - Teologia 16.39
A origem da idolatria
Por que há tantos ainda que O ignoram
completamente se Ele Se revelou de maneira tão clara? Eis a resposta: "Porque tendo conhecimento de Deus, não
O glorificaram como Deus, nem Lhe deram graças..."
Nulos em seus próprios
raciocínios - O homem se rendeu à vaidade de pensamento, e
"seu coração insensato foi obscurecido." Com respeito às especulações dos antigos
filósofos, disse Gibbon: "Sua razão era freqüentemente guiada pela
imaginação, e a imaginação por sua vaidade".
O itinerário de sua queda foi o mesmo que do anjo que se converteu em Satanás.
"Como caíste do céu, ó estrela da
manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas
as nações!”
“Tu
dizias no teu
coração: Eu subirei
ao céu; acima
das estrelas de
Deus exaltarei o meu trono
e no monte
da congregação me
assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas
nuvens e serei semelhante ao Altíssimo." (Isaías 14:12-14).
Qual foi a causa de sua exaltação e
queda? "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a
tua sabedoria por causa do teu
resplendor..." (Ezequiel 28:17) Uma vez que sua sabedoria e a glória que
possuía dependiam inteiramente de Deus,
não O glorificou,
mas achou que
todos os seus
talentos originavam-se em
si mesmo; conseqüentemente, ao
desligar-se, em seu
orgulho, da Fonte de luz, converteu-se no príncipe das trevas. Assim
também aconteceu com o homem.
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Epistolas Paulinas - Teologia 16.38 - Os Céus Declaram Justiça
Epistolas Paulinas - Teologia 16.38
Os céus declaram justiça
Sabendo que aquilo que os céus
declaram é o evangelho de Deus, que é o poder de Deus que poderia levar as
pessoas antes de
Cristo para a
salvação, agora, nós
vamos seguir a
linha do Salmo
19. Ao leitor
acidental parece que há uma
interrupção na continuidade desse Salmo. Entretanto, não há nenhuma
interrupção. O evangelho revela a justiça de Deus e os céus revelam a mensagem do conhecimento de Deus.
Então, se deduz que os céus revelam a justiça de Deus. "Os céus
anunciam a Sua
justiça, e todos os povos vêem a sua glória" (Sal. 97:6).
A glória de Deus é a Sua bondade, já
que nos é dito que devido ao pecado todos os homens estão destituídos de Sua
glória (Romanos 3:23). Portanto,
podemos saber que todo aquele que ergue com reverência seus olhos para o céu,
discernindo nele o poder do Criador e
estando disposto a colocar-se nas mãos desse poder, será levada à justiça
salvadora de Deus.
Sem desculpa Quão evidente é, por conseguinte, que os
homens, antes de Cristo, não tiveram desculpas para suas práticas
idólatras. Quando o Deus verdadeiro Se
revela a Si mesmo em tudo e dá a conhecer Seu amor mediante o próprio poder,
que desculpa poderá apresentar o homem
para não reconhecê-Lo nem adorá-Lo? Porém, é verdade que Deus faz com que todos
os homens saibam de Seu amor? Sim,
tão certo como
Ele Se revela,
porque "Deus
é amor." Qualquer
que conheça o
Senhor, saberá de
Seu amor. Se
tal aconteceu aos pagãos, quão
indesculpável é a situação daqueles que vivem em países onde o evangelho, agora
no tempo do Evangelho da Graça é
pregado com voz audível, a partir da Palavra escrita!
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Epistolas Paulinas - Teologia 16.37 - As Estrelas Como Pregadores
Epistolas Paulinas - Teologia 16.37
As estrelas como
pregadores
"Os céus
proclamam a glória
de Deus, e
o firmamento anuncia
as obras das
Suas mãos. Um
dia discursa a
outro dia, e
uma noite revela
conhecimento a outra
noite. Não há
linguagem, nem há
palavras, e deles
não se ouve
nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as
suas palavras, até aos confins do mundo" (Salmo 19:1-4).
Agora leia Romanos 10:13-18:
"Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém,
invocarão Aquele em quem não creram? E
como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?
E como pregarão, se não forem enviados?
Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas! Mas
nem todos obedeceram ao evangelho; pois
Isaías diz: Senhor, quem acreditou na nossa pregação? E, assim, a fé vem pela
pregação, e a pregação, pela palavra de
Cristo. Mas pergunto: Porventura, não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra
se fez ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo"
Nesse texto é dada a
resposta a toda objeção que o homem possa fazer a propósito do castigo dos
pagãos. Como é dito no primeiro
capítulo, ninguém tem desculpa. O evangelho foi dado a conhecer
a toda a criatura debaixo do céu. Admite-se que o homem não
pode invocar Àquele em quem não creu, e
que não pode crer sobre quem nada foi dito; e também não pode ouvir sem que
alguém pregue. E aquilo que deveria
ouvir, e ao qual não pôde obedecer, é o evangelho.
Tendo afirmado isso, o apóstolo
pergunta com relação aos que viveram antes de Cristo: "Não ouviram,
realmente?", e então responde
categoricamente à pergunta que acaba de fazer, citando as palavras do
salmo 19: "Claro que ouviram. 'Por toda a terra se faz ouvir a Sua voz, e as Suas palavras, até aos confins
do mundo." Conseguintemente, podemos saber que essa palavra que os céus
contam dia a dia, é o evangelho, e que
essa sabedoria que se declara uma noite após outra é o conhecimento de
Deus.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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Epistolas Paulinas - Teologia 16.36 - O Poder de Deus na Erva
Epistolas Paulinas - Teologia 16.36
O poder de Deus na erva
Observe uma pequena folha de erva
abrindo caminho desde o solo, em busca da luz solar. É algo realmente frágil. Arranque-a e comprovará que não tem
força para suster-se por si mesma. O simples ato de desenraizá-la faz com que
perca sua relativa rigidez.
Depende do solo
para seu sustento
e, portanto, precisa
atravessá-lo e emergir.
Disseque essa folha
tão minuciosamente quanto
possível, e você não achará nada que indique a posse de um poder próprio.
Esfregue-a entre os dedos e veja que
ela se converte em quase nada. É uma das coisas mais frágeis na Natureza, contudo, é capaz de erguer grandes
pedras que se interponham no caminho de
seu crescimento.
De onde vem sua força? É exterior à
erva. Não é nada menos que o poder da vida de Deus, operando de acordo com Sua
palavra, que
no princípio ordenou: "Produza a
terra relva"
O evangelho na criação Já vimos como em todas as coisas criadas se
manifesta o poder de Deus. Consideramos também como "o evangelho ... é o poder de Deus para a salvação".
O poder de Deus é sempre o mesmo, uma vez que o texto nos fala de "Seu
eterno poder". O poder que se
manifesta nas coisas que Deus criou, por conseguinte, é o mesmo que opera nos
corações dos homens para salvá-los do
pecado e da morte. Podemos ter assim a certeza de que Deus designou que cada
parte do Universo seja um pregador do
evangelho. Dessa maneira, não é somente certo que a partir das coisas
feitas por Deus o homem possa conhecer Sua existência, mas
também o eterno poder divino para
salvá-lo. O verso 20 do primeiro capítulo de Romanos é o desenvolvimento do
dezesseis. Ele nos diz como podemos
conhecer o poder do evangelho.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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Epistolas Paulinas - Teologia 16.35 - Somos a "geração de Deus"
Epistolas Paulinas - Teologia 16.35
Somos a "geração de Deus"
Quando Paulo repreendeu os atenienses
por sua idolatria, disse que Deus não está longe de cada um de nós. "Pois nEle vivemos, e nos movemos,
e existimos..." (Atos 17:28) Paulo estava falando a pagãos e, portanto, o
conceito era tão certo para eles como é
para nós. Mencionou, então, seus poetas, que disseram: "Porque somos geração
dEle", e pôs nessa declaração o
selo da verdade ao acrescentar: "Sendo, pois vos, geração de
Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhada pela arte e
imaginação do homem" (verso 29)
Cada movimento realizado pelo homem e
cada respiração é obra do poder externo de Deus. Assim, o eterno
poder e a divindade são manifestos a
todo o homem. Não que o homem seja divino em qualquer sentido, nem que possua
por si mesmo algum poder. Muito pelo
contrário, o homem é como a erva. "Na verdade, todo homem, por mais firme
que esteja, é pura vaidade" (Salmo 39:5). O fato de o homem não ser nada por si mesmo "menos que nada é o que ele é",
evidencia o poder de Deus que se manifesta nele.
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Epistolas Paulinas - Teologia 16.34 - Vendo o Invisível
Epistolas Paulinas - Teologia 16.24
Vendo o Invisível
É-nos dito sobre Moisés que ele
"permaneceu firme como quem vê Aquele que é invisível" (Hebreus
11:27). Não se trata de um privilégio
especial de Moisés. Todos podem fazer o mesmo. Como? "Porque os atributos
invisíveis de Deus, assim o seu eterno
poder, como também a Sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o
princípio do mundo, sendo percebidos
por meio das coisas que foram criadas" (Romanos 1:20) Nunca houve
um tempo, desde que o mundo foi criado, em que os homens não tivessem à disposição o conhecimento de
Deus.
"Os céus proclamam a glória de
Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos" Salmo 19:1
Seu eterno poder e divindade – As
coisas invisíveis de Deus que são dadas a conhecer através das coisas criadas,
são Seu eterno poder e divindade.
"Cristo [é o] poder de Deus e sabedoria de Deus" (I Coríntios 1:24).
"Pois nEle foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis,
sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi
criado por meio dele e para ele. Ele é
antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste" (Colossenses 1:16 e 17)
"Pois Ele falou, e tudo se fez; Ele ordenou, e tudo passou a existir." (Salmo 33:9)
Ele é "o Primogênito de toda a criação" (Colossenses 1:15). É a
origem, o princípio da criação de Deus
(Apocalipse 3:14).
Isto é, toda a criação provém de
Jesus Cristo, que é o poder de Deus. Chamou os mundos à existência a partir de
Seu próprio Ser. Portanto, tudo quanto
foi criado leva o selo do poder externo e a divindade de Deus. Não podemos
abrir nossos olhos, nem sequer sentir a
brisa fresca no rosto sem ter uma clara revelação do poder de Deus.
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Epistolas Paulinas - Teologia 16.33 - Detendo a Verdade
Epistolas Paulinas - Teologia 16.33
Detendo a verdade
Lemos
"dos homens que
detêm a verdade
pela injustiça".
Alguns concluíram superficialmente, a
partir de Romanos
1:18, que o
homem pode possuir
a verdade ao
mesmo tempo em
que é injusto.
O texto não
diz tal coisa.
Encontramos evidência suficiente
de que isso não é assim, no fato de o apóstolo estar falando nesse capítulo
especialmente dos que não possuem a
verdade; mas que a transmudaram em mentira. Tendo
perdido todo o conhecimento da verdade, estão condenados por seu pecado.
Isso
significa que os
homens detêm a
verdade com injustiça.
Quando Jesus foi
para Sua própria
região natal "não
fez ali muitos
milagres, por causa da incredulidade deles" (Mateus 13:58). Porém,
no texto de que estamos nos ocupando, o apóstolo quer dizer muito mais que isso. Como mostra claramente
o contexto, quer dizer ele que os homens, por sua perversidade, impedem o
trabalho da verdade divina em suas
próprias almas. Se não fosse pela resistência à verdade, ela
os santificaria. E o resultado é:
A justiça da ira de Deus A ira de Deus se manifesta desde o Céu
contra toda impiedade e injustiça dos homens, e se deve ao que "de
Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes
manifestou". Não importa quão cegamente o homem possa pecar, persiste
o fato de
que está pecando
contrariamente a grande
luz, pois "o
que de Deus
se pode conhecer
é manifesto entre
eles, porque Deus
lhes manifestou". Com um tal
conhecimento, não somente
ante seus olhos,
senão de fato
em seu interior,
é fácil reconhecer a justiça da ira de Deus contra
todo pecado, não importando quem o pratique.
Embora não nos esteja perfeitamente
clara a forma pela qual o conhecimento de Deus é posto em todo homem, podemos
aceitar a constatação que o apóstolo
faz desse fato. Na maravilhosa descrição dada a Isaías sobre a loucura da
idolatria, é-nos dito que o homem que
faz para si um ídolo mente contra a verdade que ele mesmo possui. "... Seu
coração enganado o iludiu, de maneira que não pode livrar a sua alma, nem dizer: Não é mentira
aquilo em que confio?" (Isaías 44:20)
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