História Da Igreja - Teologia 30.89
CÂNON I
‐ Se alguém, doente, foi
submetido a uma operação (de emasculação) por médicos, ou se foi castrado pelos
bárbaros, pode permanecer no Clero;
mas, se alguém em perfeita saúde se
castrou, é preciso que, se (já) foi admitido no Clero, se afaste (de seu
ministério) e, doravante, não seja promovido. Mas, como é evidente, isso se
aplica àqueles que premeditadamente fazem tal coisa e tomam a liberdade de se
castrar; assim se alguém foi feito eunuco pelos bárbaros ou por seus senhores,
e além disso se mostra digno, esse Cânon o admite no Clero.
Nota
sobre o Cânon I: É com emoção que vemos, desde os primórdios da Igreja, a
definição de que o homem não tem direito de atentar contra sua própria vida ou
os dons de Deus à sua pessoa (cf. "O respeito à integridade corporal"
‐ Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 2297). A intenção
poderia ser a melhor possível, mas
não justificava o ato de alguém castrar‐se para evitar a inclinação ao sexo. O
homem tem de ser completo e, se
opta pelo celibato, deve fazê‐lo com
todas as suas implicações, inclusive dominando‐o em luta, demonstrando a
essência de seu ato, não de fuga, mas
de amor exigente. Isso bem nos lembra
questões atuais como a do casal que, não querendo ter mais filhos, apela para a
operação, os abortos etc.
Como é salutar ver a perenidade das
posições da Igreja, vindas desde os tempos apostólicos! Confirma Balsamon que
os divinos cânones apostólicos XXI, XXII,
XXIII e XXIV ensinavam que não deviam
ser admitidos entre os clérigos nem promovidos ao sacerdócio os que se
emasculavam.
Jesus, em Mateus 19,12, diz:
"Nem todos são capazes de entender isso mas somente aqueles a quem foi
dado. Pois há os impotentes que assim nasceram do ventre da mãe; há os
impotentes que assim foram feitos pelos homens; e há os impotentes que assim se
fizeram a si mesmos por amor do reino dos céus. Quem puder entender, que
entenda". No primeiro caso, se referia aos que nasceram aleijados. No
segundo caso, incluía aqueles castrados pelos seus patrões,
como os eunucos (prática oriental),
ou na guerra por seus inimigos. No terceiro caso, a expressão de Jesus deve ser
entendida em sentido espiritual, como renúncia
ao matrimônio por
amor a Deus.
Jesus não pensaria
diferentemente, e bem sabia
que a castração
já era expressamente
proibida no Antigo Testamento (Lev. 22,24).
Diz Daniel Butler que "o
sentimento de que alguém devotado ao ministério sagrado não poderia ser
mutilado era forte na Igreja Antiga: a observância dos
Cânones foi tão cuidadosamente
cobrada nos últimos tempos que não mais do que um ou dois exemplos foram
registrados pelos historiadores."
É de se notar que o próprio
Constantino mandou punir com a morte a quem praticava a emasculação.
Segundo nos relata Hefele, houve o
caso de um jovem pagão recém‐convertido que quis se livrar da inclinação
trazida do paganismo e pretendeu se castrar
para
ser perfeito como os cristãos.
Mas as autoridades não concordaram. Completa São Justino: "o jovem desistiu
de seu propósito e, não obstante,
permaneceu virgem toda sua vida".
Aqueles que provieram do paganismo
não poderão ser imediatamente promovidos ao Presbiterato, pois não é de
conveniência um neófito sem uma provação
de algum tempo. Mas se depois da
ordenação constatou‐se que ele anteriormente pecara, que seja afastado do
Clero.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
Não perca tempo, Indique esta maravilhosa
Leitura
Custo:O Leitor não paga Nada,
Você APENAS DIVULGA
E COMPARTILHA
.
0 Comentários :
Postar um comentário
Deus abençoe seu Comentario