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7 de novembro de 2017

História De Israel – Teologia 31.57 (Livro 5 Cap 10) OS FILISTEUS VENCEM OS ISRAELITAS E OS TORNAM TRIBUTÁRIOS. NASCIMENTO MILAGROSO DE SANSÃO E SUA FORÇA PRODIGIOSA. MALES QUE CAUSOU AOS FILISTEUS. SUA MORTE.

História De Israel – Teologia 31.57


CAPÍTULO 10

OS FILISTEUS VENCEM OS ISRAELITAS E OS TORNAM TRIBUTÁRIOS.
NASCIMENTO MILAGROSO DE SANSÃO E SUA FORÇA PRODIGIOSA.
MALES QUE CAUSOU AOS FILISTEUS. SUA MORTE.

212. juizes 13. Depois da morte de Abdom, os filisteus venceram os israelitas e os tornaram tributários durante quarenta anos. Por fim, eles quebraram o jugo, da maneira como vou descrever.
Manoá, que era sem contestação o primeiro dentre todos os da tribo de Dã, homem de grande virtude, desposou a mais bela mulher do país. E sua paixão por ela era tão grande que não podia ser isenta de ciúme. Como não tinham filhos e os desejavam com muito afã, pediam-nos continuamente a Deus e particularmente quando se retiraram para uma casa de campo que possuíam perto da cidade.
Um dia, estando a mulher sozinha, um anjo apareceu-lhe sob a forma de um moço de incomparável beleza e porte admirável, dizendo que viera anunciar-lhe da parte de Deus que ela seria mãe de um filho maravilhosamente belo, cuja força seria tão extraordinária que, mesmo antes de entrar no vigor da juventude, ele venceria os filisteus. Deus, porém, proibia que lhe cortassem o cabelo e ordenava que lhe dessem somente água como bebida. Ela contou tudo ao marido e descreveu com tanta insistência a graça e a beleza do moço que esses louvores aumentaram ainda mais o ciúme de Manoá. Ela percebeu-o e, como era não menos casta que bela, rogou a Deus que curasse o marido de tão injusta suspeita, enviando outra vez o anjo, a fim de que ele mesmo pudesse vê-lo.
Sua oração foi ouvida e, estando ambos em casa, o anjo apareceu a ela. A mulher rogou-lhe que esperasse enquanto ia buscar o marido. O anjo consentiu, e ela trouxe-o logo. Ele viu então com os próprios olhos esse embaixador de Deus, contudo não ficou curado do ciúme. Rogou-lhe que contasse o que dissera à mulher, mas o anjo respondeu ser suficiente que ela o soubesse. Manoá pediu-lhe então que dissesse quem era, a fim de que, quando tivesse um filho, pudesse agradecer-lhe com presentes. O anjo respondeu que não tinha necessidade de presentes e que não dera tão boa notícia com o fim de obter alguma vantagem. Manoá insistiu, suplicando que ao menos lhe permitisse usar do direito da hospitalidade, o que obteve, com a condição de que se demorasse pouco.
Manoá matou um cabrito, e sua mulher o cozinhou. Quando estava pronto, o anjo disse-lhe que não o pusesse no prato, mas sobre a pedra nua, com alguns pães. Eles obedeceram. Ele tocou na carne e nos pães com uma vara que trazia na mão, e dela saiu imediatamente uma chama, que os consumiu inteiramente. Manoá e sua mulher viram então o anjo elevar-se para o céu no meio da fumaça daquele fogo, que servia como de carro para transportá-lo. Essa divina visão causou grande tristeza a Manoá, porém a mulher exortou-o a nada temer e garantiu-lhe que aquilo lhe seria vantajoso. Logo depois ela ficou grávida, e nada esqueceu do que lhe fora ordenado. Teve um filho, ao qual chamou Sansão, isto é, "forte". E, à medida que ele crescia, a sobriedade e o comprimento dos cabelos confirmavam o que dele fora predito.
juizes 14. Estando ele já mais adiantado em anos, seu pai e sua mãe levaram-no a uma cidade dos filisteus, chamada Timna, onde havia uma grande assembléia. Ali, enamorou-se de uma jovem do lugar e rogou aos pais que lhe permitissem desposá-la. Disseram-lhe que não era possível porque ela era estrangeira, e a Lei proibia semelhantes uniões. Mas ele se obstinou de tal modo em querer esse casamento que eles por fim consentiram, e a jovem lhe foi prometida. Deus também o permitiu, para o bem de seu povo.
Como ele ia freqüentemente à casa do pai da moça para visitá-la, um dia encontrou um leão no caminho. Embora não tivesse armas, não sentiu medo: correu para o leão, tomou-o pela garganta, esquartejou-o e atirou o cadáver a uma moita perto da estrada. Alguns dias depois, quando passava pelo mesmo lugar, viu algumas abelhas fazendo mel no corpo do leão. Tomou deles três favos e levou-os, com outros presentes, à sua noiva. Força tão extraordinária causou tal apreensão aos pais da moça que eles convidaram para as núpcias trinta moços de sua idade, com o pretexto de lhe fazerem honra e ao mesmo tempo acompanhá-lo, mas na realidade era para estarem alerta, caso ele tentasse fazer alguma coisa.
No meio da alegria da festa, Sansão disse aos companheiros: "Tenho uma adivinhação para vós. Se a resolverdes, em sete dias darei a cada um uma cinta e um casaco". O desejo de demonstrar esperteza e de obter o que ele prometia fez com que insistissem em conhecer a questão. Então ele disse: "Do comedor saiu comida, e do forte saiu doçura". Eles levaram três dias tentando solucionar o enigma e, não o conseguindo, rogaram à mulher dele que o obrigasse a revelá-lo e depois transmitisse a eles a solução. Ela disse-lhes que seria difícil, mas eles ameaçaram queimá-la. Então pediu a Sansão que lhe explicasse o enigma.
Em princípio, ele negou-se, mas depois, vencido pelas lágrimas da mulher e pelas queixas de que ele fazia pouco do amor que ela lhe devotava e também sem que de nada pudesse desconfiar, contou-lhe que havia matado um leão e encontrado depois em suas fauces os três favos de mel que lhe havia trazido. Os moços, então cientes de seu segredo, foram ter com ele no sétimo dia da festa, antes do pôr-do-sol, e disseram-lhe: "Nada há de mais terrível que o leão nem de mais doce que o mel". E Sansão citou-lhes um provérbio: "Se não lavrásseis com a minha novilha, jamais teríeis descoberto o meu enigma". Mesmo enganado dessa maneira, não deixou de cumprir a sua promessa e, para fazê-lo, atacou todos os ascalonitas que encontrou pelo caminho. Todavia não conseguiu perdoar a mulher. Abandonou-a, e ela, vendo-se desprezada, desposou um dos amigos de Sansão, o que servira de intermediário no casamento.
juizes 75. Sansão ficou tão irritado com isso que resolveu vingar-se dela e de toda a nação filistina. Assim, quando se ia proceder à ceifa, tomou trezentas raposas, amarrou tochas às suas caudas e lhes pôs fogo. Deixou então que corressem para o meio do trigo, que ficou inteiramente queimado e destruído. Os filisteus, encolerizados com tão grande perda, mandaram os mais importantes dentre eles à cidade de Timna para informar-se da razão daquele incêndio e, tendo-o sabido, mandaram queimar vivos a mulher de Sansão, bem como os parentes dela.
Sansão, por seu lado, matava todos os filisteus que encontrava, retirando-se depois para um rochedo especialmente posicionado, num lugar chamado Etã, da tribo de Judá. Os filistéia, para se vingar, atacaram a tribo. Mas os de Judá protestaram, argumentando que, como pagavam as contribuições a que estavam obrigados e não tinham parte alguma nos atos de Sansão, não era justo que sofressem por causa dele. Os filisteus, porém, responderam-lhes que só se poderiam justificar pela guerra. Após essa resposta, três mil homens dessa tribo foram armados à rocha onde Sansão se encontrava e queixaram-se de que ele irritava os filisteus, os quais poderiam vingar-se sobre toda a nação. Disseram-lhe também que, a fim de evitar tão grande mal, eles estavam ali para prendê-lo e entregá-lo a eles, rogando que o consentisse, sob a palavra que lhe davam de que nenhum mal lhe aconteceria. Assim, ele veio até eles, que o ligaram com cordas e o levaram.
Os filisteus, tendo-o sabido, vieram a ele com grandes gritos de alegria, mas ao chegar a um lugar, que agora tem o nome de Ramate-Leí por causa do que então ali se passou, próximo do acampamento deles, Sansão arrebentou as cordas, tomou uma queixada de burro que encontrou ao acaso e lançou-se sobre eles. Matou uns mil homens e pôs os outros em fuga. Feito tão extraordinário e jamais igualado animou-lhe de tal modo a coragem que ele se esqueceu de que devia tudo a Deus, atribuindo a façanha às suas próprias forças. Não tardou, porém, em ser castigado pela sua ingratidão. Sentindo muita sede, quase a desfalecer, foi obrigado a reconhecer que toda a força dos homens é fraqueza. Assim, recorreu a Deus, rogando-lhe que não o entregasse aos inimigos, embora ele bem o merecesse, mas o auxiliasse em tão premente necessidade. Deus, tocado pela sua oração, no mesmo instante fez brotar de um rochedo uma fonte, e Sansão deu a esse lugar o nome de En-Hacoré, como sinal do milagre que Deus ali realizara.
Juizes 16. Desde aquele dia, ele passou a desprezar tanto os filisteus que não teve medo de ir até Gaza e hospedar-se num albergue à vista de todos. Logo que os magistrados o souberam, puseram guardas à porta da cidade, para que ele não pudesse escapar. Sansão veio a sabê-lo e levantou-se pela meia-noite, arrancou as portas, colocou-as às costas com os seus gonzos e ferrolhos e levou-as ao monte que está acima de Hebrom. Sansão, todavia, em vez de reconhecer os muitos favores que devia a Deus e observar as leis que Ele dera aos seus antepassados, abandonou-se aos excessos dos prazeres e costumes estrangeiros e foi assim ele mesmo a causa de sua infelicidade.
Ele enamorou-se de uma cortesã filistina, de nome Dalila, e, logo que os mai-orais da nação o souberam, foram ter com ela e a obrigaram, com grandes promessas, a procurar saber dele de onde provinha aquela força extraordinária, que o tornava invencível. Dalila, para fazer o que desejavam, empregou as carícias e a adulação de que essa espécie de mulheres sabe usar para despertar o amor. Comentou com admiração os grandes feitos dele e tomou então motivo para perguntar de onde procedia àquela força prodigiosa. Ele logo imaginou o propósito daquela pergunta e respondeu, para enganá-la em vez de se deixar enganar, que, se o amarrassem com sete sarmentos de videira, ele seria mais fraco que qualquer outro. Ela acreditou e referiu-o aos magistrados. Então eles enviaram soldados, os quais, vendo-o adormecido, o ataram da maneira como ele instruíra. Então Dalila despertou-o, dizendo-lhe que alguns homens vinham atacá-lo. Sansão levantou-se, arrebentou os Mames e preparou-se para resistir.
Fez-lhe Dalila então amargas censuras, porque ele não confiava nela e se recusava a revelar o que ela tanto desejava saber, como se não fosse bastante fiel para guardar um segredo que era tão importante para ele. Ele respondeu-lhe que, se o atassem com sete cordas, perderia toda a sua força. Experimentaram fazê-lo, e ela descobriu fora enganada outra vez. Continuou, porém, a insistir, e ele enganou-a uma terceira vez, dizendo-lhe que era preciso enrolar-lhe os cabelos e atá-los com um fio.
Por fim, ela tanto insistiu e de tantos modos lhe rogou que ele, desejando agradá-la e não podendo evitar a própria infelicidade, declarou: "É verdade que aprouve a Deus ter de mim cuidado todo particular, e, como foi por efeito de sua providência que vim ao mundo, é também por sua ordem que deixei crescer o cabelo, pois Ele me proibiu cortá-lo, e é neles que reside toda a minha força". Essa infeliz mulher, mal arrancando dele tal confissão, cortou-lhe o cabelo enquanto ele dormia e entregou-o aos filisteus, aos quais ele não pôde mais resistir. Eles vazaram-lhe os olhos, amarraram-no e o levaram.
Algum tempo depois, os grandes e os principais do povo, num dia de solene comemoração pública, davam um grande banquete em um lugar muito espaçoso, cujo teto era sustentado por colunas. Eles resolveram trazer Sansão para lhes servir de espetáculo e de divertimento. Os cabelos dele, porém, já haviam crescido novamente, e ele, muito generoso, considerando o maior de todos os males ser tratado com tanta indignidade sem poder vingar-se, fingiu-se ainda fraco e pediu ao que o levava pela mão que o conduzisse até próximo das colunas, para nelas se apoiar. Ele levou Sansão, e quando este percebeu que lá estava, sacudiu-as com tal força que as paredes estremeceram e caíram por terra ao mesmo tempo, bem como o telhado inteiro dessa grande construção. Três mil homens foram feridos e esmagados, e Sansão também, no meio deles, foi sepultado sob as ruínas.
Esse foi o fim de Sansão, que durante vinte anos foi chefe de todo o povo de Israel. Nenhum outro foi comparável a ele, quer pela coragem, quer pela força sobrenatural, que até o último momento de sua vida foi tão funesta aos inimigos. Quanto ao se ter ele deixado enganar por sua mulher, compreende-se como efeito da fraqueza dos homens, tão sujeitos a semelhantes faltas. Mas não se poderia deixar de admirá-lo bastante em tudo o mais. Os parentes levaram-lhe o corpo e o enterraram em Zorá, no túmulo de seus antepassados.


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