História De Israel – Teologia 31.102
CAPÍTULO 6
JEÚ, REI DE ISRAEL, FAZ MORRER JEZABEL, OS SETENTA FILHOS DE
ACABE,
TODOS OS PARENTES DESSE SOBERANO, QUARENTA E DOIS PARENTES
DE
ACAZIAS, REI DE JUDÁ, E EM GERAL TODOS OS SACERDOTES DE
BAAL, O FALSO DEUS DOS TÍRIOS, AO QUAL ACABE MANDARA CONSTRUIR UM TEMPLO.
385. Quando jeú fez a
sua entrada em Jezreel, a rainha Jezabel veio a uma janela, para vê-lo chegar.
Estava adornada e bem vestida e disse ao vê-lo aproximar-se: "Eis o fiel
servidor, que assassinou o seu senhor!" A essas palavras, Jeú ergueu os
olhos, perguntou quem ela era e mandou que descesse. Ela não quis fazê-lo, e
ele então ordenou aos eunucos que estavam com ela que a atirassem para baixo.
Os homens obedeceram, e a miserável princesa, caindo, espatifou-se de tal modo
sobre as pedras do calçamento que elas ficaram manchadas com o seu sangue. Ela
morreu depois, sob as patas dos cavalos que lhe passaram por cima. Jeú ordenou
que ela fosse sepultada com a honra devida à grandeza de seu nascimento, sendo
de família real, mas apenas foram encontradas as extremidades de seu corpo,
pois os cães haviam comido o resto. Isso fez o novo rei lembrar a profecia de
Elias, o qual predissera que ela morreria daquele modo, em Jezreel.
386. Acabe deixara
setenta filhos, e estavam todos em Samaria. Jeú, para experimentar a disposição
dos samaritanos para com ele, escreveu aos precepto-res dos jovens príncipes e
aos principais magistrados da cidade, dizendo que escolhessem para rei um dos
filhos de Acabe que julgassem digno de reinar e que se vingasse de quem lhe
matara o pai, pois eles possuíam armas, cavalos, carros, soldados e
praças-fortes. Os magistrados e os habitantes, não se julgando em condições de
resistir a um homem que matara dois reis tão poderosos, responderam-lhe que não
conheciam outro soberano senão ele e que estavam prontos a fazer tudo o que ele
lhes mandasse.
Diante de tal resposta, ele escreveu aos magistrados que, se
deveras estavam assim dispostos, lhe mandassem as cabeças de todos os filhos de
Acabe. Ao receber essa carta, mandaram eles chamar os preceptores dos príncipes
e ordenaram-lhes que fizessem o que Jeú lhes mandara. Homens cruéis obedeceram
no mesmo instante, puseram as cabeças num saco e enviaram-nas a )eú. Ele estava
à mesa com alguns de seus familiares quando as trouxeram, e ordenou que as
colocassem em dois montes de ambos os lados da porta do palácio. No dia
seguinte, de manhã, foi vê-las e disse ao povo: "É verdade que matei o rei
meu senhor. Mas quem matou estes?" Queria assim dar-lhes a entender que
tudo acontecera por vontade de Deus e por ordem dEle, pois, como fora predito
pelo profeta Elias, Ele exterminaria Acabe e toda a sua descendência.
Mandou em seguida matar todos os parentes de Acabe que ainda
estavam vivos e depois partiu para Samaria. Encontrou pelo caminho quarenta e
dois parentes de Acazias, rei de Judá, e perguntou-lhes para onde iam.
Responderam que iam saudar Jorão, rei de Israel, e Acazias, o rei que estava
com ele, pois não sabiam que ele havia matado ambos. Jeú mandou prendê-los e os
fez morrer também. Logo depois, Jonadabe, que era um homem de bem e seu velho
amigo, veio procurá-lo e louvou-o por haver fielmente cumprido as ordens de
Deus, exterminado toda a descendência de Acabe. Jeú disse-lhe que subisse ao
seu carro para acompanhá-lo a Samaria e ter a satisfação de constatar que ele
não perdoaria a um só dentre os maus, mas faria passar a fio de espada todos os
falsos profetas e sedutores do povo, que o levavam a abandonar a Deus para
adorar falsas divindades, pois nada poderia ser mais agradável a um homem de bem
como ele que ver sofrerem os ímpios o castigo que merecem.
Jonadabe obedeceu, subiu ao carro e foi com ele a Samaria.
Jeú continuou a procurar e a matar todos os parentes de Acabe e, para impedir
que algum dos profetas dos deuses falsos daquele príncipe pudesse escapar,
serviu-se de um ardil. Mandou reunir todo o povo e declarou que, tendo
resolvido intensificar o culto que se prestava aos deuses de Acabe, nada
queriam fazer acerca daquele assunto sem o parecer dos sacerdotes e dos
profetas. Assim, queria que todos, sem exceção, viessem ter com ele, a fim de
oferecerem um grande número de sacrifícios a Baal, deus deles, no dia de sua
festa, e quem faltasse seria castigado com a pena de morte. Marcou depois um
dia para a cerimônia e mandou publicar a sua ordem em todas as partes do reino.
Depois que chegaram os sacerdotes e os profetas, mandou
entregar-lhes as vestes e, acompanhado por Jonadabe, seu amigo, foi
encontrá-los no templo, cuidando para que ninguém se misturasse a eles, pois,
dizia ele, não queria que os profanos tomassem parte naquelas santas
cerimônias. Quando os profetas e os sacerdotes estavam se preparando para
oferecer os sacrifícios, ele ordenou a oitenta de seus guardas, de toda
confiança, que os matassem a todos, a fim de vingar com a morte deles o
desprezo que por tanto tempo manifestaram para com a religião de seus
antepassados. E ameaçou-os de morte também, caso poupassem um só deles. Os
guardas executaram rigorosamente a ordem recebida e, também por ordem do rei,
atearam fogo ao palácio real, a fim de purificar Samaria das muitas abominações
e sacrilégios ali cometidos.
Baal era o deus dos tírios, ao qual Acabe, para agradar a
Etbaal, rei de Tiro e de Sidom, seu sogro, mandara construir e consagrar um
templo em Samaria, ordenando profetas e todas as outras coisas necessárias para
prestar honra a esse deus. Jeú permitiu, no entanto, que os israelitas
continuassem a adorar os bezerros de ouro. Embora Deus tivesse isso como coisa
muito desagradável, não deixou de prometer, por meio de seu profeta, que a
posteridade de Jeú, por ter este castigado a impiedade, reinaria sobre Israel
até a quarta geração.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
Não perca tempo, Indique esta maravilhosa
Leitura
Custo:O Leitor não paga Nada,
Você APENAS DIVULGA
E COMPARTILHA
.
0 Comentários :
Postar um comentário
Deus abençoe seu Comentario