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4 de dezembro de 2017

História De Israel – Teologia 31.93 (Livro 8 Cap 7) O EXÉRCITO DE ELÁ, REI DE ISRAEL, ASSASSINADO POR ZINRI, ESCOLHE ONRI PARA REI, E ZINRI ATIRA-SE NAS CHAMAS. ACABE SUCEDE A ONRI, SEU PAI, NO REINO DE ISRAEL. SUA ENORME IMPIEDADE. CASTIGO COM QUE DEUS O AMEAÇA, PELO PROFETA ELIAS, QUE SE RETIRA EM SEGUIDA PARA O DESERTO, ONDE OS CORVOS O ALIMENTAM, E DEPOIS PARA ZAREFATE, EM CASA DE UMA VIÚVA, ONDE ELE FAZ GRANDES MILAGRES. ELIAS FAZ OUTRO IMPORTANTE MILAGRE NA PRESENÇA DE ACABE E DE TODO O POVO E MATA QUATROCENTOS E CINQÜENTA FALSOS PROFETAS. JEZABEL QUER MATÁ-LO, MAS ELE FOGE. DEUS ORDENA-LHE QUE CONSAGRE FEÚ REI DE ISRAEL E HAZAEL REI DA SÍRIA E ESTABELEÇA ELISEU COMO PROFETA. JEZABEL MANDA APEDREJAR NABOTE, AFIM DE OBTER A SUA VINHA PARA ACABE. DEUS MANDA ELIAS AMEAÇÁ-LO, E ELE SE ARREPENDE DE SEU PECADO.

HHistória De Israel – Teologia 31.93
 
CAPÍTULO 7

O EXÉRCITO DE ELÁ, REI DE ISRAEL, ASSASSINADO POR ZINRI, ESCOLHE ONRI
PARA REI, E ZINRI ATIRA-SE NAS CHAMAS. ACABE SUCEDE A ONRI, SEU PAI,
NO REINO DE ISRAEL. SUA ENORME IMPIEDADE. CASTIGO COM QUE DEUS O
AMEAÇA, PELO PROFETA ELIAS, QUE SE RETIRA EM SEGUIDA PARA O
DESERTO, ONDE OS CORVOS O ALIMENTAM, E DEPOIS PARA ZAREFATE, EM CASA DE UMA VIÚVA, ONDE ELE FAZ GRANDES MILAGRES. ELIAS FAZ OUTRO
IMPORTANTE MILAGRE NA PRESENÇA DE ACABE E DE TODO O POVO E MATA
QUATROCENTOS E CINQÜENTA FALSOS PROFETAS. JEZABEL QUER MATÁ-LO,
MAS ELE FOGE. DEUS ORDENA-LHE QUE CONSAGRE FEÚ REI DE ISRAEL E
HAZAEL REI DA SÍRIA E ESTABELEÇA ELISEU COMO PROFETA. JEZABEL
MANDA APEDREJAR NABOTE, AFIM DE OBTER A SUA VINHA PARA ACABE.
DEUS MANDA ELIAS AMEAÇÁ-LO, E ELE SE ARREPENDE DE SEU PECADO.

356. Zinri, como acabamos de ver, tendo mandado assassinar o rei Elá e usurpado a coroa, exterminou, segundo a predição do profeta Jeú, toda a família de Baasa, do mesmo modo como havia feito à de Jeroboão, por causa de sua impi-edade. Mas não ficou muito tempo impune pelo seu crime. O exército, que sitiava Gibetom, tendo sabido do assassinato cometido por ele e de que se havia apoderado do reino, levantou o cerco e escolheu para rei o general que os comandava, de nome Onri. Este partiu imediatamente a fim de sitiar Zinri em Tirza. Tomou a cidade, e então o usurpador, vendo-se abandonado e sem auxílio, escondeu-se no lugar mais afastado do palácio, ao qual ateou fogo. Ele morreu queimado após reinar apenas sete dias. O povo dividiu-se em vários partidos, uns querendo conservar Onri como rei, outros manifestando-se a favor de Tibni. Mas o partido de Onri era mais forte, e ele tomou pacificamente posse do reino de Israel, após morte de Tibni, que foi assassinado.
Ele começou a reinar no trigésimo ano do rei Asa, de Judá, e reinou doze anos, seis na cidade Tirza e seis em Semer, que os gregos chamam Samaria. Ele então a chamou Semer por causa do nome daquele de quem ele comprara o monte, sobre o qual a construiu. Em nada se diferenciou dos reis seus predecessores, a não ser em tê-los sobrepujado na impiedade. Porque nada houve que ele não fizesse para afastar o povo da religião de seus pais. Mas Deus, com um justo castigo, exterminou-o, bem como a toda a sua família. Ele morreu em Samaria, e Acabe, seu filho, sucedeu-o.
357.  Esses exemplos dos favores com que Deus recompensa os bons e dos castigos que inflige aos maus mostram como Ele observa as ações dos homens. Vimos esses reis de Israel destruírem-se uns aos outros em pouco tempo e todas as suas descendências serem exterminadas por causa da impiedade deles. Deus, ao contrário, para recompensar a piedade do rei Asa, de judá, deixou-o reinar com inteira prosperidade durante quarenta e um anos. Morreu em ditosa velhice, e Josafá, seu filho, que ele tivera de Abida, sucedeu-o na virtude bem como no reino, e deu a conhecer, por suas ações, que era um verdadeiro imitador da piedade e da coragem de Davi, do qual era descendente, como veremos mais particularmente na continuação desta história.
358. Acabe, rei de Israel, estabeleceu residência em Samaria e reinou vinte e dois anos. Em vez de mudar as abomináveis instituições feitas pelos reis seus predecessores, inventou ainda outras, tanto se comprazia em superá-los na impi-edade, particularmente a Jeroboão, porque adorou, como ele, bezerros de ouro que havia mandado fazer e acrescentou outros crimes a esse. Desposou Jezabel, filha de Etbaal, rei dos tírios e dos sidônios, e tornou-se idolatra, adorando falsos deuses. Jamais mulher alguma foi mais ousada e insolente. Tão horrível era a sua impiedade que ela não se envergonhou de edificar um templo a Baal, deus dos tírios, de plantar madeiras de todas as espécies e de estabelecer falsos profetas para prestar um culto sacrílego a essa falsa divindade. Como Acabe sobrepujava a todos os seus predecessores em maldade, ele tinha prazer em manter sempre essa espécie de gente junto de si.
359.  1 Reis 17. Um profeta de nome Elias, da cidade de Tisbi, veio falar-lhe da parte de Deus e afirmou com juramento que depois que tivesse desempenhado a sua incumbência e se retirasse, Deus não mandaria mais chuva nem orvalho à terra durante todo o tempo em que ele, Elias, estivesse ausente. Tendo-lhe assim falado, dirigiu-se para o sul e parou próximo de uma torrente, a fim de não sentir falta de água. Quanto à comida, alguns corvos traziam-lhe todos os dias o necessário para o seu sustento. Quando a torrente secou, ele foi, por ordem de Deus, a Zarefate, cidade situada entre Tiro e Sidom, à casa de uma viúva, que Deus revelou lhe daria alimento.
Quando estava próximo da porta da cidade, encontrou uma mulher que cortava lenha, e Deus revelou-lhe que era a que deveria hospedá-lo em casa. Ele aproximou-se dela, cumprimentou-a e rogou-lhe que lhe desse um pouco de água para beber. Ela o fez e, quando ela já se afastava, ele pediu também um pedaço de pão. Afirmou então a mulher, com juramento, que tinha apenas um pouco de farinha e de óleo e que tinha vindo ajuntar lenha a fim de assar um pão para ela e seu filho, sendo que depois deveriam resignar-se a morrer de fome. Disse-lhe o profeta: "Tende coragem e não percais a esperança. Começai, eu vos peço, por me dar o que tiverdes para comer, pois prometo que o vosso prato jamais ficará sem farinha e nem faltará óleo ao vosso vaso até que Deus faça cair chuva do céu".
A mulher obedeceu, e nem ele, nem ela, nem o filho dela tiveram falta de coisa alguma até findar aquela prolongada seca, de que fala o historiador Menandro quando narra os feitos de Etbaal, rei dos tírios: "Houve naquele tempo uma grande seca, que durou desde o mês de hiperbereteu até o mesmo mês do ano seguinte. Esse soberano mandou fazer grandes preces e foram elas seguidas de um grande trovão. Foi ele quem mandou construir as cidades de Botris, na Fenícia, e a de Ausate, na África". Essas palavras referem-se, sem dúvida, a essa seca, que aconteceu no reinado do rei Acabe, pois Etbaal reinava em Tiro nesse mesmo tempo.
360.  O filho da viúva de que acabamos de falar morreu pouco depois. O excesso de dor fez a pobre mãe aflita perder o juízo, de modo que atribuía à chegada do profeta a morte do menino. Dizia que ele havia descoberto os seus pecados e que essa fora a causa de Deus lhe haver levado o único filho, para castigá-la. O profeta, contudo, exortou-a a confiar em Deus e pediu que lhe trouxesse o corpo do menino, prometendo restituí-lo vivo.
Ela obedeceu, e o profeta levou-o ao seu quarto, onde elevou a voz a Deus, depois de estender em seu leito o menino, e disse-lhe, na amargura de sua alma, que a morte da criança seria má recompensa à caridade que aquela mãe usara para com ele, recebendo-o em sua casa e dando-lhe alimento. Então rogou ardentemente a Deus que restituísse a vida ao menino. Deus, comovido por causa da mãe e não querendo que se pudesse acusar o profeta de ter sido o causador daquela infelicidade, ressuscitou o menino. A pobre mulher, fora de si de tanta alegria ao rever, contra toda a esperança, o seu filho, disse a Elias, enquanto segurava o menino nos braços: "Agora conheço que falais deveras com o Espírito de Deus".
361.  1 Reis 18. Algum tempo depois, Deus mandou esse profeta dizer ao rei Acabe que mandaria chuva. A carestia então era tão grande e a falta de todas as coisas necessárias à vida tão extraordinária que mesmo os cavalos e os outros animais não encontravam erva, pois a extrema seca tornara a terra árida. Para evitar a inteira ruína de seu gado, Acabe mandou Qbadias, chefe de todos os seus pastores, procurar forragem nos lugares mais úmidos, devendo ao mesmo tempo procurar por toda parte o profeta Elias. Vendo que não o podiam encontrar, resolveu ir ele mesmo procurá-lo e disse a Obadias que o seguisse, porém tomando um outro caminho.
Obadias era um homem de bem e tão temente a Deus que, quando Acabe e Jezabel mandaram matar os profetas do Senhor, ele escondeu uns cem deles em cavernas, onde os alimentava com pão e água. Mal havia deixado o rei, o profeta veio ao seu encontro. Obadias perguntou-lhe quem era, e quando o soube pros-trou-se diante dele. Disse-lhe o profeta: "Ide avisar o rei da minha chegada". Respondeu Obadias: "Que mal vos fiz, para quererdes a minha morte? Pois o rei vos fez procurar por toda parte, a fim de matar-vos. Logo que eu lhe disser que estais para chegar, o Espírito de Deus vos levará a outros lugares, e assim o rei dirá que o enganei e sem dúvida me matará. Podeis, no entanto, se o quiserdes, salvar-me a vida. É o que vos peço, pelo amor que demonstrei a cem profetas como vós, aos quais livrei do furor de Jezabel e escondi nas cavernas, onde ainda os sustento". O homem de Deus respondeu-lhe que fosse com toda tranqüilidade procurar o rei, pois prometia com juramento comparecer naquele mesmo dia à sua presença.
Ele partiu, e Acabe, ante essas palavras, veio ter com Elias e encolerizado disse-lhe: "Sois então o causador de tantos males ao meu reino, particularmente desta esterilidade, que o reduziu a tal miséria?" O profeta, sem se admirar, respondeu que o rei deveria atribuir a si mesmo todos os males de que se lamentava, pois os havia atraído pelo culto sacrílego que prestava aos falsos deuses de outras nações, abandonando o Deus verdadeiro. Mandou então que reunisse todo o povo no monte Carmelo e ordenasse a todos os profetas da rainha sua esposa, dos quais afirmou desconhecer o número, e aos quatrocentos e cinqüenta dos lugares altos que lá se encontrassem todos.
Feito isso, Elias falou nestes termos à grande multidão: "Até quando o vosso Espírito ficará hesitando, na incerteza do partido que deveis tomar? Se credes que o nosso Deus é o Deus eterno e único, por que não vos dedicais inteiramente a Ele com inteira submissão do coração e não observais os seus mandamentos? Se credes, ao contrário, que são esses deuses estrangeiros que deveis adorar, por que não os tomais por vossos deuses?"
Ninguém respondeu, e o profeta continuou: "Para se conhecer, por meio de uma prova indubitavel, quem é o mais poderoso, o Deus que adoro ou esses deuses que vos apresentam, e se quem está na verdadeira religião sou eu ou esses quatrocentos e cinqüenta profetas, vou trazer um boi preparado para o sacrifício, mas não porei fogo à lenha. Que esses quatrocentos e cinqüenta profetas façam a mesma coisa e roguem depois aos seus deuses, assim como rogarei ao meu, que ponham fogo à lenha, e então conheceremos quem é o verdadeiro Deus".
A proposta foi aprovada, e Elias disse aos profetas que escolhessem o boi que quisessem e por primeiro fizessem o sacrifício e invocassem os seus deuses. Eles o fizeram, mas inutilmente. Elias, para zombar deles, disse-lhes que gritassem mais alto, porque os seus deuses talvez tivessem ido passear ou então estavam dormindo. Eles continuaram as suas invocações até o meio-dia e cortavam a própria pele com navalhas, segundo o seu costume, mas sem resposta alguma.
Quando Elias foi por sua vez sacrificar, ordenou que todos se retirassem e convocou o povo a verificar se ele ocultamente poria fogo à lenha. Todos se aproximaram. O povo tomou doze pedras, segundo o número das tribos, e ergueu um altar, ao qual rodeou com um canal profundo. Colocaram a lenha sobre o altar e puseram a vítima sobre a lenha. Derramaram depois por cima dela quatro grandes cântaros de água da fonte. A água molhou não somente a vítima e toda a lenha, mas correu pelo canal e o encheu. Então Elias invocou a Deus e rogou-lhe que mostrasse o seu poder àquele povo que havia tanto tempo estava mergulhado nas trevas da cegueira. No mesmo instante, viu-se descer do céu sobre o altar um fogo, que consumiu inteiramente a vítima e toda a água, sem que a terra ficasse menos seca do que estava antes.
O povo, espantado com tão grande milagre, prostrou-se por terra e adorou a Deus, clamando que Ele era o único e verdadeiro Deus e que todos os outros deuses eram apenas nomes sem sentido, imaginários, ídolos sem virtude e sem poder, objetos dignos de desprezo, aos quais não se podia sem loucura prestar culto. O profeta, então, matou os quatrocentos e cinqüenta falsos profetas e disse ao rei que fosse comer tranqüilo, pois lhe garantia que Deus logo faria chover.
Depois que o rei se retirou, Elias subiu ao cume do monte e pôs a cabeça entre os joelhos. Estando o céu muito claro e sereno, ordenou ao seu servo que subisse a um rochedo e olhasse para o lado do mar, a fim de dizer-lhe se via alguma pequena nuvem. O servo subiu e disse que nada via. Voltando, porém, pela sétima vez, disse-lhe por fim que avistava no ar uma nuvenzinha de mais ou menos um pé de comprimento. O profeta então mandou dizer ao rei que voltasse logo para Israel, se não quisesse ser surpreendido por uma violenta tempestade. Acabe partiu a toda velocidade em seu carro, e o profeta, levado pelo Espírito de Deus, não o seguiu menos depressa. Logo que chegaram à cidade, espessas nuvens cobriram todo o céu. Um vento impetuoso levantou-se, e uma chuva fortíssima inundou a terra.
362. 1 Reis 19. Quando Jezabel soube dos prodígios que Elias havia realizado e da morte de seus profetas, mandou dizer-lhe que o trataria do modo como ele os havia tratado. Tais ameaças atemorizaram-no, e ele fugiu para a cidade de Berseba, que está na extremidade do território da tribo de judá e confina com a Iduméia. Lá deixou o seu servo e penetrou sozinho no deserto. Ele pediu a Deus que o retirasse deste mundo e adormeceu em seguida, debaixo de uma árvore.
Estando ainda nessa aflição, percebeu que alguém o despertava e que lhe havia trazido pão e água. Após readquirir as forças com esse alimento inesperado, caminhou tanto que chegou ao monte Sinai, onde Deus entregara a Moisés a sua lei. Tendo encontrado uma caverna espaçosa, resolveu nela estabelecer moradia, e ali ouviu uma voz, que lhe perguntou por que ele havia abandonado a cidade para refugiar-se no deserto. Ele respondeu que o fizera porque, tendo matado os profetas dos falsos deuses e procurado persuadir o povo a adorar o verdadeiro Deus, o único que merece a nossa adoração, a rainha Jezabel começou a procurá-lo por toda parte para o matar.
A voz então ordenou-lhe que saísse da caverna no dia seguinte, para saber o que teria de fazer. Ele obedeceu e imediatamente sentiu a terra tremer sob os pés. Relâmpagos ardentes feriram-lhe os olhos. Veio depois uma grande calma, e ele ouviu uma voz celeste, que lhe disse para não temer cair em poder dos inimigos e que voltasse para casa e consagrasse Jeú, filho de Ninsi, rei sobre Israel e Hazael rei sobre os sírios, porque desejava servir-se deles para castigar os maus. A voz acrescentou que deixasse Eliseu, filho de Safate, da cidade de Abel, como profeta em seu lugar. Elias, para obedecer à ordem, partiu no mesmo instante e, encontrando Eliseu no caminho, com alguns outros que trabalhavam o campo com doze pares de bois, lançou sobre ele o seu manto. No mesmo instante, ele profetizou, deixou os bois e seguiu o profeta, depois de haver, com sua licença, se despedido dos parentes, e não o abandonou mais.
363. 1 Reis 21. Um homem da cidade de jezreel, chamado Nabote, possuía uma vinha que confinava com as terras do rei Acabe. Várias vezes o soberano rogou-lhe que a vendesse ao preço que quisesse ou a trocasse por qualquer outra, porque tinha dela necessidade, para aumentar o seu parque. Nabote, porém, jamais se decidiu a isso, dizendo que nenhuma outra uva lhe poderia ser mais agradável que a produzida por uma vinha deixada pelo pai. Essa recusa ofendeu de tal modo a Acabe que ele não quis mais comer nem tomar banho. Jezabel perguntou-lhe a causa daquilo, e ele contou que Nabote, por uma estranha grosseria, lhe recusara obstinadamente vender ou trocar a sua vinha, embora ele se tivesse humilhado e lhe rogado em termos indignos da majestade de um rei.
A altiva princesa respondeu que aquilo não era motivo pelo qual se devesse afligir, a ponto de esquecer até o cuidado com a própria pessoa, e que se tranqüilizasse e confiasse nela, sem se preocupar mais: ela tomaria providências, e a insolência de Nabote seria castigada. Imediatamente mandou escrever em nome do rei aos principais oficiais da província, para que decretassem um jejum, e, quando o povo estivesse reunido, dessem o primeiro lugar a Nabote, pela nobreza de sua descendência, mas em seguida fizessem ele ser acusado por três homens, que o rei lhes mandaria, de ter blasfemado contra Deus e contra o rei. Desse modo, ele seria então eliminado. Tudo foi executado, e Nabote foi apedrejado e morto pelo povo. Jezabel de imediato mandou dizer ao rei que ele poderia tomar posse da vinha de Nabote quando quisesse, sem que isso lhe custasse coisa alguma. Ele ficou tão contente que se levantou da cama e para lá se dirigiu no mesmo instante.
Deus, porém, cheio de cólera, mandou Elias perguntar-lhe por que havia feito morrer o possuidor legítimo daquela propriedade, pois dela se havia apoderado injustamente. Quando Acabe soube que Elias vinha ter com ele, suspeitando do que o profeta pretendia fazer, confessou, para evitar a vergonha da censura, que usurpara a propriedade, mas que nada tinha a ver com o sucedido. Respondeu-lhe o profeta: "O vosso sangue e o de vossa mulher serão derramados no mesmo lugar onde fizestes correr o de Nabote e onde destes o seu corpo para pasto dos cães, e toda a vossa descendência será exterminada, como castigo por um outro grande crime, isto é, o de violar a lei de Deus, fazendo morrer um cidadão contra toda espécie de justiça".
Tais palavras fizeram tal impressão no Espírito de Acabe que ele confessou o seu pecado. Revestiu-se de um saco e saiu descalço, não desejando nem mesmo comer, a fim de expiar a sua falta. Deus, comovido pelo seu arrependimento, mandou Elias dizer-lhe que, como ele estava arrependido de tão grande crime, adiava o castigo para depois de sua morte, mas que o seu filho seria castigado.




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