História Do Cristianismo -
Teologia 32.12
UMA CARTA DE PLÍNIO
A carta de Plínio ao imperador
e a resposta deste, são cheias de interesse. Um dos períodos dessa carta rezava
assim:
"Todo o crime ou erro dos
cristãos se resume nisto: têm por costume reunirem-se num certo dia, antes do
romper da aurora, e cantarem juntos um hino a Cristo, como se fosse um deus, e
se ligarem por um juramento de não cometerem qualquer iniqüidade, de não serem
culpados de roubo ou adultério, de nunca desmentirem a sua palavra, nem negarem
qualquer penhor que lhes fosse confiado, quando fossem chamados a restituí-lo.
Depois disto feito, costumam separar-se e em seguida reunirem-se de novo, para
uma refeição simples da qual partilham em comum, sem a menor desordem, mas
deixaram esta última prática após a publicação do edital em que eu proibia as
reuniões, segundo as ordens que recebi. Depois destas informações julguei muito
necessário examinar, mesmo por meio da tortura, duas mulheres que diziam ser
diaconisas, mas nada descobri a não ser uma superstição má e excessiva".
Isto era tudo o que Plínio podia dizer. Não é para admirar que um homem
estranho à graça de Deus visse na religião de Jesus Cristo, desprezado e humilde,
apenas uma superstição má e excessiva. Não é motivo de admiração que o urbano
e instruído governador, cuja fama era conhecida no mundo inteiro, escrevesse
com tal desdém a respeito de um povo cujas opiniões eram diferentes das suas.
"O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque
lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porquanto se discernem
espiritualmente" (1 Co 2.14).
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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