Antropologia - Teologia 03.30
Capítulo 4
Capítulo 4
A BÍBLIA E A CRIAÇÃO
4.1 Como a Criação Bíblica é
considerada?
Como considerar a
descrição da criação pela Bíblia? Ciência, fábula ou revelação? Se, por
ciência, entendermos a disposição sistemática dum ramo do saber, diremos,
então, que a descrição nada tem de "científico".
E ainda bem, pois se
fosse utilizada a linguagem científica do século XX, como a entenderiam os
leitores dos séculos precedentes? E mesmo os atuais necessitariam duma adequada
preparação científica.
Nesse caso ainda, não seria de prever que passados cem
ou duzentos anos fosse já considerada antiquada aquela linguagem? A narração do
Gênesis não foi, portanto, redigida
em moldes
científicos, talvez para melhor mostrar a sua inspiração divina.
Poderíamos, no
entanto, fazer a seguinte interrogação: -- Não sendo científica quanto à forma,
será a descrição do Gênesis científica quanto à substância, ou quanto ao
conteúdo? Graves conflitos têm surgido entre prematuras conclusões da ciência e
supostas deduções científicas da Escritura.
Mas estudos ulteriores têm vindo
provar que, por um lado, não eram válidas as conclusões científicas, ou, então,
por outro, eram mal interpretadas no texto as afirmações científicas.
Quanto a supor-se
uma fábula a narração do Gênesis, quer no sentido popular, quer no sentido
clássico, não é fácil de admitir-se.
Pois no primeiro caso tratar-se-ia duma
obra puramente imaginária, e no segundo duma exposição simbólica dum fato com
certas verdades abstratas, que de outro modo seriam incompreensíveis.
Trata-se, sim,
duma narração dos acontecimentos que não seriam compreendidos, se fossem
descritos com a precisão formal da ciência.
É neste estilo simples mas
expressivo que a divina sabedoria se manifestou claramente aos homens, indo
assim ao encontro das necessidades de todos os tempos.
Os fatos apresentam-se
numa linguagem abundante e rica, que é possível incluir todos os resultados das
pesquisas científicas.
O primeiro
capítulo do Gênesis não há dúvida que supõe a revelação divina.
Pelas muitas
versões, alguma delas correntes já entre os pagãos da Antigüidade, é fácil
concluir-se que esta revelação é anterior a Moisés.
Não deve, no entanto,
considerar-se como uma nova versão das tradições politeístas dos fenícios ou
dos babilônicos; porque acima de tudo a obra criadora de Deus só por Deus
poderia ser revelada.
E essa revelação não deixou de ser preservada de qualquer
contaminação pagã ou corrupção supersticiosa, encontrando-se perfeita e
inviolável nos cinco livros de Moisés.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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