Vimos como a alma
é a sede da nossa personalidade, o órgão da vontade e da vida natural e, por
isso, podemos facilmente concluir que esta alma é também o “verdadeiro Eu” - Eu
mesmo.
Nosso ego é a alma.
Isto pode ser demonstrado também pela Bíblia.
Em
Números 30, a
frase “ligar a si mesmo” ocorre dez vezes.
No original é “ligar sua alma”.
Disso somos levados a entender que a alma é o nosso próprio eu.
Em muitas
outras passagens da Bíblia nós vemos que a palavra “alma” é substituída por
pronomes.
Por exemplo: nem neles vos contaminareis (Lv 11.43); não vos
contaminareis (Lv 11.44); por si e pela sua descendência (Et 9.31); oh tu, que
te despedaças na tua ira (Jó 18.4); este se justificava a si mesmo (Jó 32.2);
eles mesmos vão para o cativeiro (Is 46.2); ao que cada um (original, “cada
alma”) houver de comer; somente isso poderá ser feito por vós (Êx 12.16); o
homicida que tiver matado alguém (original, “alguma alma”) involuntariamente
(Nm 35.11,15); que eu (original, “minha alma”) morra a morte dos justos (Nm
23.10); quando alguém (original, “alguma alma”) trouxer uma oferta de cereais
(Lv 2.1); tenho feito acalmar e sossegar a minha alma (SI 131.2); não imagines
que, por estares no palácio do rei (tu) (original, “alma”) escaparás (Et 4.13);
Jurou o Senhor Deus por si mesmo (original, “jurou por sua alma”) (Am 6.8).
Estas Escrituras do Antigo Testamento nos informam de várias maneiras como a
alma é o ego do homem.
O Novo Testamento
transmite a mesma impressão. A tradução “oito pessoas” em 1Pe 3.20 no original
é “almas” e também em Atos 27.37 “duzentos e setenta e seis pessoas”. A frase
em Rm 2.9 traduzia como “todo ser humano que pratica o mal” no original é “toda
a alma de todo o homem que pratica o mal”. Daí, advertir a alma de um homem que
pratica o mal é advertir o homem mal.
Em Tiago 5.20 o salvar uma alma é
considerado como salvar um pecador.
Lucas 12.19 mostra o homem tolo dizendo
palavras de conforto à sua alma, como falando a si mesmo.
Está claro, portanto,
que a Bíblia, no todo, considera a alma do homem ou a vida da alma como o
próprio homem.
Podemos encontrar
uma confirmação disso nas palavras do Senhor Jesus, dadas em dois Evangelhos
diferentes.
Assim lemos em Mateus 16.26: Pois que aproveitará ao homem se
ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida (psiqué)? Ou que dará o homem em
troca da sua vida (psiqué)? Ao passo que Lucas 9.25 assim o traduz: Pois, que
aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder-se ou prejudicar-se a si
mesmo (eautou)? Os dois evangelistas registram a mesma coisa, todavia, um usa
“vida” (ou “alma”) enquanto que o outro usa “si mesmo”. Isto quer dizer que o
Espírito Santo está usando Mateus para explicar o sentido de “si mesmo” em
Lucas e Lucas para explicar o sentido de “vida” em Mateus.
Tal estudo nos capacita a concluir
que, para ser um homem, devemos participar daquilo que está incluído na alma do
homem.
Todo homem natural possui este elemento e qualquer coisa que ele inclua,
pois a alma é a vida comum partilhada por todos os homens naturais.
Antes da
regeneração, tudo o que estiver incluído na vida - seja o ego, vida, força,
poder, escolha, pensamento, opinião, amor, sentimento - pertence à alma.
Em
outras palavras, a vida da alma é a vida que o homem herda no nascimento.
Tudo
o que esta vida possui e tudo o que ela possa vir a ser está na esfera da alma.
Se, distintamente, nós reconhecermos o que é da alma, então mais tarde será
mais fácil reconhecermos o que é espiritual.
Será possível separar o espiritual
do que é da alma.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
Não perca tempo, Indique esta maravilhosa Leitura
Custo:O Leitor não paga Nada,
Você APENAS DIVULGA
E COMPARTILHA