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14 de agosto de 2013

Antropologia - Teologia 03.72 - Teoria do Pré-existencialismo

Antropologia - Teologia 03.72


9.2 Teoria do Pré-existencialismo

De acordo com esta teoria as almas já tiveram uma existência separada, consciente e pessoal, em um estado prévio; que havendo pecado nesse estado pré-existente, elas são condenadas a nascer nesse mundo em um estado de pecado e em conexão com um corpo material em algum ponto do começo do seu desenvolvimento. 
Muitos acham que os discípulos de Cristo foram influenciados por essa idéia quando disseram a respeito do homem que havia nascido cego: "Mestre quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?" (João 9.2). 

Apesar desta visão preexistencialista ser defendida por alguns filósofos tais como Platão, Sócrates e grandes nomes do cristianismo tais como Orígenes (185-254) e Scotus Erígena (810-877), nunca foi incorporada pela fé cristã. Observemos algumas dessas posições. 

Platão. Platão de Atenas (428/27 a.C. — 347 a.C.) foi um filósofo grego, discípulo de Sócrates, fundador da Academia e mestre de Aristóteles. 
Acredita-se que seu nome verdadeiro tenha sido Aristócles. 
Platão era um apelido que, provavelmente, fazia referência à sua característica física, tal como o porte atlético ou os ombros largos, ou ainda a sua ampla capacidade intelectual de tratar de diferentes temas. ...t.. (plátos), em grego significa amplitude, dimensão, largura. Sua filosofia é de grande importância e influência. 

Para Platão o homem era dividido em corpo e alma. 
O corpo era a matéria e a alma era o imaterial e o divino que o homem possuía. 
Ao passo que o corpo sempre está em constante mudança de aparência e forma. 
A alma não muda nunca, a partir do momento em que nascemos temos a alma perfeita, porém não sabemos. 
As verdades essenciais estão escritas na alma eternamente, porém ao nascermos esquecemos, pois a alma é aprisionada no corpo. 

A alma é divida em 3 partes:

(a) raciona: região da cabeça; esta tem que controlar as outras duas partes;

(b) tórax: irascível; parte dos sentimentos;

(c) abdômen: concupiscível; desejo, mesmo carnal (sexual), ligado ao libido.

Platão acreditava que a alma depois da morte reencarnava em outro corpo, mas a alma que se ocupava com a filosofia e com o Bem, esta era privilegiada com a morte do corpo. 
A ela era concedida o privilégio de passar o resto de seus tempos em companhia dos deuses. 
O conhecimento da alma é que dá sentido à vida. Tudo foi criado pelo Demiurgo (seu criador), um divino artesão que criou o mundo real e sua aparência. 
A ação do homem se restringe ao mundo material; no mundo das idéias o homem não pode transformar nada. 
Porque se é perfeito não pode ser mais perfeito como se fosse apenas algo material que nos segue. 

A antropologia filosófica de Platão sugere que o verdadeiro homem é um ser imortal, cujo nome próprio é a alma, que entra na comunhão dos deuses. 
O homem é uma união do corpo e da alma, sendo o corpo considerado apenas um veículo da alma. 
A alma é propriamente o homem, sendo o corpo uma sombra. 
Mas esta união é infeliz, pois o corpo serve como uma prisão para a alma, e ela só atingirá a verdade do que busca quando se desprender do corpo. 
Platão repete a expressão de Pitágoras que considerava o corpo como o túmulo da alma. 

Segundo o pensamento de Platão, a origem da alma está no Demiurgo (Deus criador do Universo), todas as almas humanas são feitas pelo próprio Demiurgo, o qual criou todas individualmente, as entregou para o seu destino seqüencial, aos “deuses criados”, à terra e aos planetas, para introduzirem a alma na existência, revesti-la de um corpo, nutrir o homem e deixá-lo crescer para depois recebê-lo de novo quando deixar esta vida. 
Para Platão a alma é uma substância invisível, imaterial, espiritual. 
Só quando é entregue ao instrumento do tempo é que ela se une ao corpo, e só então nascem as percepções. 

Orígenes. Orígenes, em grego ­......., (185 — 253 d.C.) foi um teólogo e prolixo escritor cristão. 
Nasceu em Alexandria, Egito, e faleceu, segundo alguns dados em Cesaréia, na atual Palestina ou, mais provavelmente, segundo outras fontes, em Tiro. 

Foi segundo J. Quasten, o maior erudito da Igreja antiga - nasceu de uma família cristã egípcia e teve como mestre Clemente de Alexandria. 
Assumiu, em 203, a direção da escola catequética em Alexandria - que havia sido fundada por um estóico chamado Panteno que se havia convertido à mensagem de Cristo - atraindo muitos jovens estudantes pelo seu carisma, conhecimento e virtudes pessoais. 
Depois de ter também freqüentado, desde 205, a escola de Amônio Sacas - fundador do neo-platonismo e mestre de Plotino -, apercebeu-se da necessidade do conhecimento apurado dos grandes filósofos. 
No decurso de uma viagem à Grécia, no ano de 230, foi ordenado sacerdote na Palestina pelos bispos Alexandre de Jerusalém e Teoctisto de Cesaréia. 
Em 231, Orígenes foi forçado a abandonar Alexandria devido à animosidade que o bispo Demétrio lhe devotava pelo fato de se ter feito eunuco no sentido literal e físico desta palavra. 
Orígenes, então, passou a morar num lugar onde Jesus havia, muitas vezes, estado: Cesaréia, na Palestina, onde prosseguiu suas atividades com grande sucesso abrindo a chamada Escola de Cesaréia. 
Na seqüência da onda de perseguição aos cristãos, ordenada por Décio, Orígenes foi preso e torturado, o que lhe causou a morte, por volta de 253. 

Orígenes dedicava-se ao estudo e à discussão da filosofia, em especial Platão e os filósofos estóicos. 
No seu pensamento, podemos referir a tese da pré-existência da alma e a doutrina da "apocatastase", ou seja, da restauração universal (palingenesia), ambas posteriormente condenadas no Segundo Concílio de Constantinopla, realizado em 553, por serem formalmente contrárias ao núcleo irredutível do ensinamento bíblico -, embora estudiosos modernos e contemporâneos reconheçam inequivocamente que a primeira era mais «atribuída a Orígenes (por outros) do que propriamente defendida por ele. 

Orígenes sustentava que Deus, conforme sua infinita justiça criou iguais todas as almas. 
A atual disparidade de condições dos seres humanos se deve ao diverso comportamento numa existência anterior. 

Ao contrário do que afirmam certos teosofistas, Orígenes era totalmente contrário à doutrina da metempsicose (renascimento do ser humano em animais). 
Profundo conhecedor deste conceito a partir da filosofia grega, afirma que a metempsicose (transmigração) “é totalmente alheia à Igreja de Deus, não ensinada pelos Apóstolos e não sustentada pela Escritura” ("Comentário ao Evangelho de Mateus" XIII, 1, 46–53). 

Scotus Erígena também sustenta que o pecado deu entrada no mundo da humanidade no estado pré-temporal, e que, portanto o homem começa a sua carreira na terra como pecador. 

E Júlio Muller recorre à teoria, com o fim de conciliar as doutrinas da universalidade do pecado e da culpa individual. 
Segundo ele, cada pessoa necessariamente deve ter cometido pecado voluntário naquela existência anterior. 


Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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