Ao examinarmos as
evidências a respeito da inclusão de um livro entre os considerados sagrados
pelos judeus, devemos observar as três divisões em que se agrupa a Bíblia
Hebraica, como já notamos acima.
A Lei, por sua própria natureza e antiguidade,
deveria ocupar o primeiro lugar.
Quando ela foi considerada como divina
instituição, não sabemos. Sabemos, sim, que Moisés recebeu de Deus a maior
parte do material nela contido, e que este material foi desde logo considerado
autorizado.
Alguns profetas, especialmente Oséias e Amós, pertencentes no
oitavo século, revelam-se familiares com os ensinos do Pentateuco, e quando o
Deuteronômio foi encontrado no templo, por ocasião da reforma de Josias, foi
também considerado divinamente inspirado, pelo povo e pelo rei, isto em 621 a .C.
Ao tempo de Esdras
e Neemias (cerca de 400 a .C.),
a Lei tinha aceitação universal como livro inspirado entre os judeus.
Certamente, deve ter sido assim considerado por muitos anos ou Séculos antes,
mas não temos informações diretas a respeito disso, pelas seguintes
razões:
1) O Pentateuco
Samaritano data do cisma realizado por ocasião da reconstrução da cidade de
Jerusalém, quando, ao que se acredita, foi levado para lá pelo renegado
Sambalate.
Logo, devia ser considerado como Escritura, muito tempo antes. Os
samaritanos sustentam datar de 722
a .C.; os críticos, porém, negam-lhe esta idade, por
considerações da natureza do manuscrito.
Todavia, mesmo que o manuscrito do
Pentateuco Samaritano seja de data posterior, nada impede que o texto seja
muito mais antigo.
2) A Lei foi lida
por Esdras, desde a alva ate. ao meio-dia; isto não deve ser entendido no
sentido de apenas um dia de sol (Neem. 8:3).
Esta leitura não importou na sua
canonização, como querem fazer entender alguns críticos, mas apenas levou o
povo a reafirmar a sua fidelidade a Lei dos seus pais.
Por causa de sua
infidelidade a esta mesma Lei e que eles tinham sido levados em cativeiro.
3) Os escritos
pós-exílicos, durante e depois de Esdras, todos se referem à Lei, com especial
reverência (Ml 4.4).
Concluímos que a Lei era há muitos anos considerada
canônica, e a sua inobservância tinha dado causa aos sofrimentos do povo.
Os Profetas deviam
ter sido o segundo grupo de livros a ser aceito como divinamente inspirado.
No
prólogo ao Eclesiástico, Jesus Ben Siraque (cerca de 132 a .C.) escreve que os
judeus tinham já três divisões na sua Bíblia Hebraica: a Lei, os Profetas e os
outros livros.
No mesmo livro de Eclesiástico, Jesus Ben Siraque, o avô (cerca
de 180 a .C.),
menciona Jeremias, Isaías, Ezequiel e os doze Profetas Menores, e dá evidências
de que o Cânon já estava fechado naquela época. Muito naturalmente os profetas
individualmente, desde há muito, tinham sido considerados inspirados, o mesmo
se podendo dizer dos demais livros que receberam a sua aceitação pelo povo,
como inspirados, em virtude da função dos seus autores.
Assim temos provas de
que, como Cânon, a Bíblia Hebraica estava completa no ano 180 a .C.
Quantos anos ou
séculos antes teria ela sido assim considerada, não sabemos.
A referência definida de Jesus Ben Siraque (avô) a “outros livros” indica isso perfeitamente.
A inclusão de qualquer livro nesta seção, nesta época ou mesmo posteriormente, não significa que ele fosse escrito depois, porque bem poderia até estar escrito há muito.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
Não perca tempo, Indique esta maravilhosa Leitura
Custo:O Leitor não paga Nada,
Você APENAS DIVULGA
E COMPARTILHA