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9 de agosto de 2013

Apologética - Teologia 04.53 - Argumentos Lingüísticos

Apologética - Teologia 04.53

2.6.2. Argumentos Lingüísticos 

As pessoas que apóiam uma data pós-exílica para Jonas, apelam normalmente para um sortimento de alegados aramaísmos que ocorrem em vários pontos no texto. 

1) Em 1.5 ocorre a palavra sephinah, “navio”, ao invés da palavra hebraica mais comum ’oniyyah. 
Sephinah é comum em aramaico, mas na Bíblia hebraica, só ocorre aqui. 
Mesmo assim, é obviamente uma derivação da raiz hebraica sãphan, “cobrir”, que ocorre freqüentemente no Antigo Testamento, e também nas inscrições fenícias (sem, porém, ocorrer como verbo nas inscrições e outros documentos em aramaico). Podemos concluir que esta expressão originalmente significava um navio coberto, ou equipado com um convés, e que a língua aramaica pode ter emprestado a palavra da língua cananita. 

2) Em Jonas 1.6 surge o verbo ’ãshat (na forma do hitpael) que significa “lembrar-se”. Na língua aramaica, este verbo ocorre em textos tão antigos como os Papiros de Elefantina. 
Um substantivo relacionado com este verbo ocorre em Cantares 5.14 com o significado de “artefato”; ’ãshtõt (ou talvez o singular, ’ashtut) ocorre em Jó 12.5 como “pensamento, opinião”. O verbo, portanto, não ocorre nem em siríaco ou em aramaico cujo sentido se emprega em Jonas, isto é: “lembrar-se”. 

3) A partícula relativa she (“quem, qual”) aparece na sua forma simples em Jonas 4.10, e aparece em duas palavras compostas, em 1.7 beshellemi (“por causa de quem”) e beshelli (“por causa de mim”) em 1.12. Estritamente falando, isto dificilmente pode ser considerado como aramaísmo, visto que she não é uma palavra aramaica; apesar disto, no hebraico de épocas posteriores, veio a ser empregado de maneira semelhante à partícula aramaica di. 
Porém, segundo o que este autor sabe, a partícula di nunca ocorre no aramaico da era pré-cristã depois da preposição be, significando “por causa de”. De outro lado, she ocorre já no tempo dos juízes no cântico de Débora (Jz 5.7), o qual de modo interessante foi composto por um nativo da Galiléia do norte (como Jonas era). Deve-se notar também que she ocorre freqüentemente nas inscrições fenícias (juntamente com a forma mais comum ’-sh) e há uma boa possibilidade de que os marinheiros do navio que levou Jonas fossem de origem fenícia; há, portanto, toda probabilidade que esta partícula tivesse ocorrido na sua conversação. 

Há outros alegados aramaísmos que dependem de provas ainda mais tênues. 
Por exemplo, o verbo hetil, “jogar” (Jonas 1.5, 12), ocorre em Jó, Salmos, Provérbios, Jeremias e Ezequiel, não podendo, portanto, ser considerado uma prova de autoria de data avançada. 
Quanto a qerí’ah (“pregação”), este substantivo é formado duma raiz que pertence tanto ao hebraico como ao aramaico, apesar do substantivo ocorrer só na Bíblia hebraica. 
Mais uma palavra merece comentário especial: ta’am, que significa “edito, decreto”. A palavra é comum no hebraico, com o significado de “gosto” ou “compreensão”, mas só ocorre aqui no sentido governamental (Jonas 3.7). Relaciona-se, portanto, de maneira óbvia, à palavra assíria temu, que tem o mesmo significado, e Jonas talvez a tenha empregado como uma reminiscência da mesmíssima palavra empregada no texto do decreto do rei de Nínive. (Assim também se emprega em Esdras 6.14, uma passagem aramaica que cita um decreto do rei da Pérsia). 

Tendo em vista as vigorosas objeções dos racionalistas à historicidade de Jonas, seria apropriado fazer aqui alguma. 
Referência às declarações do Senhor Jesus, registradas no Evangelho. 
Segundo Mateus 12.40, 41, Cristo Se referiu a dois eventos mais abertamente rejeitados pela critica moderna como sendo fábulas: a preservação de Jonas no estômago do grande peixe, e a eficácia da sua pregação ao levar os ninivitas ao arrependimento. 
Em Mateus 12.40, Cristo diz: “Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do homem estará três dias e três noites no coração da terra”. Se a história de Jonas tivesse sido mera ficção, então, o sepultamento de Cristo na Sexta-Feira Santa, até a Ressurreição no Domingo de Páscoa, também seria ficção; não havendo portanto qualquer base para a comparação: (“assim como ... assim”). Este é especialmente o caso quando se trata de tipo e antítipo. 
Em todas as outras instâncias, ao referir-se nas Escrituras sobre algum acontecimento típico do Antigo Testamento (por exemplo, João 3.14; 1 Coríntios 10.1-11), trata-se sempre dum episódio histórico. 
Não há qualquer evidência objetiva que Jesus de Nazaré tivesse considerado esta experiência de Jonas como não sendo um fato histórico. 

Lemos, em seguida, em Mateus 12.41: “Ninivitas se levantarão no juízo com esta geração, e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. 
E eis aqui está quem é maior do que Jonas”. Nada poderia ser mais claro do que o fato de que Cristo estava repreendendo Seus contemporâneos pela sua falta de fé, ao demonstrar que nem sequer estavam à altura dos pagãos na antiga cidade de Nínive, que nem tinham Bíblia. 
Mas se, como fato histórico, nunca houve aquele arrependimento dos ninivitas ao aceitarem a pregação de Jonas, então, a declaração de Cristo é falsa, e Sua repreensão sem fundamento.

Chegamos ao Fim de mais um bom estudo ,assim como eu vocês leitores tbm devem ter descobrido coisas que ja mais imaginavam ter acontecido.Obrigado por ser um leitor Fiel .



Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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