3. O Homem é um ser recaido e debaixo do justo juizo de DeusPart 4
Perdermos de vista o ensino bíblico acerca da responsabilidade pessoal de cada indivíduo pelos atos que comete. Num artigo sobre como os cristãos podem se libertar de comportamentos compulsivos — outra maneira de se referir a prática costumeira de determinados pecados —, o autor Lester Sumrall
corretamente
menciona que o diabo ilude as pessoas com conceitos errados acerca do pecado e
de Deus, para mantê-las escravizadas a determinados hábitos pecaminosos; mas
responsabiliza tais indivíduos por não serem capazes de romper com tais
hábitos:
(1)
muitos não desejam realmente renunciar ao prazer que o pecado lhes traz;
(2) outros são orgulhosos demais para buscar ajuda;
(2) outros são orgulhosos demais para buscar ajuda;
(3)
outros se concentram em assuntos secundários em vez de irem à raiz do problema;
(4)
ainda outros são inconstantes: desejam mudar, mas não ao ponto de renunciar
àqueles hábitos e sentimentos familiares.
Ele
conclui dizendo que é somente através de um esforço espiritual constante que
poderemos nos libertar de padrões rotineiros de pecado. O que desejo
destacar nesse artigo de Sumrall é a combinação equilibrada entre o
reconhecimento de que Satanás pode iludir as pessoas ao pecado e a
responsabilidade última que cada pessoa tem diante de Deus por se deixar iludir
e praticar a iniquidade. Infelizmente, essa última ênfase tem faltado em muitas
das publicações defendendo a "batalha espiritual". A tendência
geralmente é resolver o problema da escravidão ao pecado em termos de expulsão
de demônios supostamente responsáveis pelos mesmos, em vez do emprego dos meios
bíblicos como a disciplina espiritual,, como mencionado no artigo de Sumrall.
Perdermos
de vista o ensino bíblico de que devemos resistir ao pecado.É importante
observar que nem sempre é fácil distinguir entre os problemas comuns da vida e
ataques de espíritos malignos. A dificuldade aumenta quando descobrimos que a
Bíblia menciona que, além de Satanás, somos ainda tentados pela carne, pelo
mundo e pelas circunstâncias adversas dessa vida. O que muitos defensores da
"batalha espiritual" parecem não perceber é que a maioria dos nossos
problemas, dificuldades e sofrimentos diários se originam da combinação entre
nossa "bagagem de miséria humana básica" (predisposições genéticas,
ambiente familiar, deficiências pessoais) e nossas tendências pecaminosas
(amargura, ira, raiva, egoísmo). O mundo e o diabo completam o quadro,
interagindo entre si para criar situações de conflito, que são por vezes tão
complexas, que não conseguimos classificá-las claramente. O que é mais
interessante em tudo isso, é que as Escrituras oferecem aos crentes uma maneira
padrão de agir nessas circunstâncias, seja qual for a origem — ou origens — do
conflito: submeter-se a Deus, arrepender-se dos pecados, e resistir ao diabo —
e ele fugirá (Tg 4.7-10). Entendendo a batalha espiritual somente em termos
de ataques de espíritos malignos, muitos hoje têm negligenciado o ensino
bíblico acerca da necessidade de santificação, disciplina espiritual e
resistência moral contra as tentações — sejam elas da carne, do mundo ou do
diabo.
Portanto,
é extremamente importante que mantenhamos firmes em nossas mentes o ensino
bíblico de que o homem é um ser decaído e que está debaixo do justo juízo de
Deus. É importante, não por que desejamos enfatizar morbidamente essas tristes
verdades. Mas, porque precisamos compreender claramente a natureza das misérias
e dos males que acometem as pessoas, a responsabilidade que têm nelas, e de que
forma devem reagir.
Veja Tambem:
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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