4. Se alguem está em CRISTO é uma nova criação Part 3
O pecado é atribuído à natureza decaída do homem. Os demônios denominados pela "batalha espiritual" como sendo demônios da lascívia, do ódio, da ira, da vingança, da embriagues, da inveja, e assim por diante, não aparecem no Novo Testamento. Estas coisas são, na verdade, as obras da carne mencionadas por Paulo em Gálatas 5.19-
Falta
comprovação bíblica da demonização de crentes. Além disto, falta a necessária
comprovação bíblica de que podemos e devemos expulsar demônios da vida de
crentes verdadeiros. Jesus nunca expulsou demônios de quem era seu discípulo —
Maria Madalena, de quem Jesus expulsou sete espíritos malignos, certamente se
converteu naquela ocasião (Lc 8.2). Os apóstolos, igualmente, nunca expulsaram
demônios de crentes das igrejas locais. O Novo Testamento é absolutamente
silencioso a este respeito; silencia igualmente quanto às causas que levaram
determinadas pessoas a ficarem endemoninhadas. O Novo Testamento apenas
descreve o encontro de Jesus e dos apóstolos com pessoas endemoninhadas, mas em
nenhum caso revela como o endemoninhamento aconteceu, se foi por causa de
pecados pessoais, pelos pecados de outros, por maldições hereditárias, ou
qualquer outros dos motivos alegados pelos proponentes da "batalha
espiritual". Não devemos tentar satisfazer a nossa curiosidade baseados em
especulações e experiências pessoais.
Segundo,
a quebra de maldições. Esse ensinamento característico da "batalha
espiritual" tende igualmente a minimizar a perfeição e a eficácia da obra
de Cristo na vida do crente. Podemos resumir esse conceito em quatro pontos.
Os
filhos pagam pelos erros dos pais. Os pecados, vícios, e pactos demoníacos
feitos pelos antepassados de um crente afetam negativamente a sua existência
presente. Maldições hereditárias são aquelas que herdamos dos
nossos
pais e antepassados em decorrência desses erros que eles cometeram.
Este
conceito procura basear-se em Êxodo 20.5, onde Deus afirma que castiga a
maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração.
A
transmissão genética de demônios. Autores como Rodovalho chegam a sugerir que
os espíritos "familiares" passam dos pais para os filhos através dos
genes. Dessa forma, eles se perpetuam na família geração após geração. Isso
explicaria porque determinadas famílias sofrem de pecados ou tragédias
características em suas linhagens. Por exemplo, famílias que através dos
séculos são marcadas por casos e mais casos de suicídios são vítimas de um
"espírito familiar" de suicídio, que entrou na linhagem por algum
motivo e só sairá com a quebra da maldição e a reparação do pecado que lhe deu
a oportunidade.
O
poder abençoador e amaldiçoador das palavras. As pragas, maldições ou palavras
más proferidas diretamente contra nós no presente também têm o poder de nos
tornar infelizes, de perturbar nossas vidas. Maldições podem incluir frases dos
nossos pais como "menino, vai para o diabo que te carregue!". Através
delas, os demônios recebem autoridade para entrar em nossas vidas e torná-las
em miséria, dor e sofrimento.
A
necessidade de quebrar essas maldições. Mesmo um verdadeiro crente pode deixar
de alcançar a plena felicidade nesse mundo caso esteja "amaldiçoado",
isso é, debaixo de alguma maldição. Caso não as quebre, padecerá nas mãos dos
demônios, que recebem poder para atormentá-lo através delas. O processo
consiste em localizar e identificar estas maldições, e anulá-las "em nome
de Jesus". A "quebra" destas maldições o caminho para a
libertação. No caso de maldições hereditárias, alguns aconselham que se
trace a árvore genealógica da nossa família, procurando identificar as pragas,
maldições, pecados e pactos com demônios feitos por eles no passado, para
depois anulá-los, quebrando-os e rejeitando-os em nome de Jesus.
É
verdade que podemos experimentar as conseqüências dos erros da nossa família.
Também é verdade que as palavras podem ser usadas para destruir vidas. É
igualmente verdadeiro que devemos rejeitar todas as obras das trevas, cuidar
das nossas palavras e não sermos coniventes com os pecados de nossos
antepassados e parentes ao nosso redor. Contudo, o ensino de "quebra de
maldições" vai muito além disso. Existem quatro críticas que podemos fazer
a ele.
Uso
parcial da evidência bíblica. Geralmente o texto usado para defender o conceito
de que os filhos pagam pelos erros dos pais é Êxodo 20.5, onde Deus ameaça
visitar a maldade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração dos que
o aborrecem.
Entretanto,
ensinar que Deus faz cair sobre os filhos as conseqüências dos pecados dos
pais, é só metade da verdade. A Escritura nos diz igualmente que se um filho de
pai idólatra e adúltero vir as obras más de seu pai, temer a Deus, e andar em
Seus caminhos, nada do que o pai fez virá cair sobre ele. A conversão e o
arrependimento individuais "quebram", na existência das pessoas, a
"maldição hereditária" (um efeito somente possível por causa da obra
de Cristo). Este foi o ponto enfatizado pelo profeta Ezequiel em sua pregação
ao povo de Israel da época (leia cuidadosamente Ezequiel 18). A nação de Israel
havia sido levada em cativeiro para a Babilônia, e os judeus cativos se
queixavam de Deus dizendo "Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos
filhos é que se embotaram. . ." (Ez 18.2b) — ou seja, "nossos pais
pecaram, e nós é que sofremos as conseqüências". Eles estavam transferindo
para seus pais a responsabilidade pelo castigo divino que lhes sobreveio, que
foi o desterro para a terra dos caldeus. Achavam que era injusto que estivessem
pagando pelo pecado de idolatria dos seus pais. Usavam um provérbio da época,
que nos nossos dias seria mais ou menos assim: "Nossos pais comeram a
feijoada, mas nós é que tivemos a dor de barriga. . ."
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Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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