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24 de agosto de 2013

Didática - Teologia 11.02 - Teologia Didática - A Didática

Didática - Teologia 11.02


A Didática é um dos principais ramos da Pedagogia. Ela investiga os fundamentos e as condições para a realização do ensino que contém a instrução. A Pedagogia codifica o conhecimento amplo sobre a educação e a Didática o decodifica para a realização do ensino. Concluímos que o objeto da
Pedagogia é a Educação e a Didática, disciplina da própria Pedagogia, é a teoria do ensino. 

O vocábulo didática deriva da expressão grega techné didaktiké, que se traduz por arte ou técnica de ensinar. Enquanto adjetivo derivado de um verbo, o vocábulo referido origina-se do termo didásko cuja formação lingüística – note-se a presença do grupo sk dos verbos incoativos – indica a característica de realização lenta através do tempo, própria do processo de instruir. 

Como o Mestre Jesus, observemos cuidadosamente uma criança para aprender dela o que vem a ser a educação. Sim, porque a educação no seu sentido mais largo abarca todos os passos e processos pelos quais o Infante gradativamente é transformado num adulto inteligente e bem desenvolvido.

Consideremos a criança. Tem ela um corpo humano completo, com olhos, mãos e pés – todos os órgãos do sentido, da ação e da locomoção – e, não obstante, está ali inerme – sem meios de defesa – desajudada no seu berço. Ri, chora, sente. Tem os atributos dum adulto, mas não os poderes dele. 

Em que o bebê difere do adulto? Só no fato de ser um bebê. Tem corpo e membros pequenos, frágeis e sem uso voluntário. Seus pés não podem andar; as mãos, sem habilidade; seus lábios não falam. Seus olhos vêem, mas não percebem; e seus ouvidos não entendem. O universo no qual acaba de entrar e que o rodeia é para ele coisa misteriosa e desconhecida.

Maior consideração e estudo nos aclaram que a criança é apenas um germe – não tendo ainda o crescimento que lhe é destinado – e é Ignorante – sem idéias adquiridas. 

Sobre esses dois fatos descansam os dois conceitos da educação. Primeiro o desenvolvimento das capacidades; segundo, a aquisição da experiência. Aquele é a maturação do corpo e da mente. E este, o processo de fornecer à criança a herança da raça. 

Cada um desses fatos – a imaturidade da criança e a sua ignorância – devem servir de base à ciência da educação. O primeiro enfatizará as capacidades do ser humano, bem como a ordem em que se desenvolvem e as suas leis de crescimento e ação. O segundo abarcará o estudo dos vários ramos do conhecimento humano, e como são descobertos, desenvolvidos e aperfeiçoados. Cada uma dessas ciências necessariamente inclui a outra, assim como o estudo dos poderes inclui o conhecimento dos seus produtos, assim como o estudo dos efeitos abarca uma revisão das causas. 

Baseando-se nessas duas formas da ciência educacional podemos ver que a arte da educação é dupla: a arte de exercitar e a arte de ensinar.

Uma vez que a criança mostra-se imatura no uso de todas as suas capacidades, vê-se que o primeiro passo na educação é exercitá-la no sentido de desenvolver inteiramente essas capacidades. Tal preparo deve ser físico, mental e moral. 

Visto que a criança é ignorante, a educação deve comunicar-lhe a experiência da raça. Esta é propriamente a obra ou a função do ensino. Vista a esta luz, a escola é uma das agências de educação, uma vez que continuamos por toda a vida a adquirir experiência. Então, o primeiro objetivo do ensino é estimular ou criar no aluno o amor ou a vontade de aprender, e formar nele hábitos e ideais de estudo independente. 

Estas duas coisas juntas – o cultivo das capacidades e a transmissão de experiência – é que constituem a obra do professor. Toda organização e toda direção são subsidiárias a esse alvo duplo. O resultado que se deve procurar é justamente este: uma personalidade bem desenvolvida física, intelectual e moralmente, com recursos tais que lhe tornem a vida útil e feliz, e habilitem o indivíduo a continuar aprendendo através de todas as atividades da vida. 

Estes dois grandes ramos da arte educacional – treinamento e ensino – conquanto separados em nosso pensamento, não estão separados na prática. Só podemos treinar ensinando, e ensinamos melhor quando melhor treinamos ou praticamos. O próprio treinamento das capacidades intelectuais é encontrado na aquisição, elaboração e aplicação do conhecimento e das artes que representam a herança da raça. 

Todavia, há uma vantagem prática em se ter sempre em mente esses dois processos da educação. O mestre, tendo-os claramente diante de si, mais facilmente observará, e estimulará mais inteligentemente o progresso real dos alunos. Não se contentará com um seco exercício diário que conserve os alunos em ação como se estivessem num moinho, e nem se contentará também com encher e abarrotar a mente dos estudantes de fatos e nomes sem uso prático. Ele anotará cuidadosamente os dois lados da educação de seus alunos, e norteará seus trabalhos e adaptará suas lições sábia e escrupulosamente para conseguir as duas finalidades que tem em vista.

Portanto, o objetivo deste conteúdo é apresentar, de modo sistemático, os princípios da arte de ensinar. Tratar das capacidades mentais somente no que urge serem consideradas numa discussão clara sobre o esforço de se adquirir experiência no processo da educação. Conquanto, não se pretende expor toda a ciência da educação, e nem também toda a arte de ensinar. Mas, agrupar ao
redor os fatores que estão presentes em cada atividade do verdadeiro ensino, os capitais princípios e regras da arte de ensinar, de modo que sejam vistos em sua ordem e relações naturais e possam ser metodicamente aprendidos e usados.


Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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