De
início, Herbart baseou-se no trabalho de Pestalozzi, mas posteriormente ele
elaborou seus próprios princípios educacionais, fundamentados na idéia da
unidade do desenvolvimento e da vida mental.
Na
concepção de Herbart, o ser humano não é compartimentalizado em faculdades, mas
é uma unidade. Desde o nascimento, o ser humano tem a capacidade de entrar em
contato com o meio ambiente, reagindo a este de forma global, através do
sistema nervoso. Por meio da percepção sensorial se estabelece, portanto, a
relação com o ambiente, o que dá origem às representações primárias, que são a
base da vida mental. A generalização das representações primárias forma os
conceitos, e a interação dos conceitos conduz aos atos de julgamento e
raciocínio.
Ao
nascer, o ser humano não é bom nem mau, mas desenvolve-se num sentido ou no
outro, a partir das influências externas, das representações formadas e de suas
combinações. Portanto, a característica fundamental do ser humano é o seu poder
de assimilação. A teoria educacional de Herbart gravita assim em torno da noção
de função assimiladora, que ele denominou de apercepção. A apercepção é a
assimilação de novas idéias através da experiência e sua relação com as idéias
ou conceitos já anteriormente formados.
Em
decorrência desse pensamento, Herbart atribuía grande importância à educação,
pois considerava-a o fator determinante no desenvolvimento do intelecto e do
caráter. A educação é, segundo ele, a responsável pela formação das
representações e pela forma como estas representações são combinadas nos mais
elevados processos mentais. A função da escola era ajudar o aluno a desenvolver
e integrar essas representações mentais, que provinham de duas fontes
principais:
a)
do contato com a natureza, através da experiência;
b)
do contato com a sociedade, através do convívio social.
Para
Herbart, a educação moral é decorrente da educação intelectual, pois as idéias
formam o caráter. O conhecimento produz idéias que moldam a vontade, isto é, o
caráter. A este ciclo, conhecimento-idéias-caráter, Herbart chamou de
"instrução educativa". Para que o trabalho escolar possa promover uma
instrução verdadeiramente educativa, deve começar por despertar no aluno o
interesse pelas matérias de estudo. Dessa forma, Herbart foi o primeiro
educador a formular, de modo claro e explícito, uma teoria do interesse. Ele
afirmava que o interesse não era apenas um meio para garantir a atenção do
aluno durante a aula, mas uma forma de assegurar que as novas idéias ou
representações fossem assimiladas e integradas organicamente àquelas já
existentes, formando uma nova base de conduta. Como podemos ver, a concepção de
educação de Herbart deriva de sua filosofia.
O
professor deve assim fazer uma seleção dos materiais de instrução baseando-se
na progressão dos interesses infantis. Deve apresentá-los também de tal forma
organizados, que conservem a unidade necessária para desenvolver no indivíduo
uma consciência plena e una. Herbart afirmava que o conhecimento constitui um
todo inter-relacionado, e só é compartimentalizado em matérias escolares para
fins didáticos, tendo em vista facilitar o seu estudo e assimilação. Por isso,
o professor deve organizar e apresentar os materiais de instrução de forma que o
aluno perceba a relação existente entre as várias matérias de estudo e a
unidade do conhecimento.
Para
alcançar esse objetivo, Herbart elaborou e aplicou um método instrucional que
consistia numa série de passos baseados na ordem psicológica de aquisição do
conhecimento. Esses passos deveriam ser seguidos em cada unidade de instrução e
apresentavam a seguinte seqüência: preparação, apresentação, associação,
sistematização e aplicação.
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