Também
o professor Luiz Alves de Mattos se pronuncia a esse respeito, dizendo que
"a incentivação da aprendizagem não é apenas um passo preliminar do ciclo
docente, mas uma constante que deve permear todo o processamento dos trabalhos
escolares, através de todo o ano. Incentivar os alunos na sua aprendizagem não
significa despertar apenas a curiosidade ou o interesse momentâneo dos alunos,
mantendo-os atentos, mas passivos e inertes. A conquista do interesse e da
atenção dos alunos é apenas a preliminar da motivação. Partindo desse interesse
e dessa atenção, é necessário levar os alunos a atividades intensivas e
proveitosas, induzindo-os ao estudo, à reflexão, ao esforço e à disciplina
espontânea do trabalho discente. Essas atividades trarão aos alunos o prazer do
sucesso obtido pelos seus esforços pessoais. Todo o esforço bem-sucedido e como
tal reconhecido pelo professor é altamente educativo e motivador".
Como
podemos concluir, a participação intensa e ativa do aluno na aula depende do
grau de motivação pelo assunto ou atividade focalizada. Por outro lado, a
incentivação da aprendizagem deve ocorrer durante todo o desenrolar da aula e
da unidade de ensino, dependendo, em parte, do ambiente da sala de aula e do
clima de relações humanas nela existente.
Em
geral, quando se pergunta a um aluno de 5ª a 6ª série do ensino fundamental, ou
a um aluno do curso médio, ou mesmo do curso superior, qual a matéria do
currículo que ele prefere e qual a razão dessa escolha, é comum ouvirmos, como
resposta, que a causa principal da preferência está nas qualidades pessoais ou
profissionais do professor. Ou ele explica bem o assunto que está expondo,
tornando o conteúdo acessível e compreensível para os alunos, ou tem um bom
relacionamento com a classe, ou contagia seus alunos com a empolgação e
vibração que revela pela matéria que leciona. Assim, na maior parte das vezes,
não é tanto o componente curricular em si que interessa aos alunos, mas a
pessoa que o ensina. Cabe ao professor refletir sobre este fato, extraindo dele
conclusões de ordem prática que o ajudem a aperfeiçoar sua atuação docente.
Na
verdade, um professor que manifesta apatia e indiferença pelo assunto que expõe
a seus alunos, dificilmente conseguirá que eles se interessem por esse
conteúdo. Por outro lado, um professor que gosta do que faz e demonstra seu
entusiasmo e interesse pelo que ensina, tende a ter mais facilidade para
incentivar seus alunos a aprender aquele conteúdo e a se interessar por ele.
A
seguir, apresentamos alguns procedimentos que podem ajudar no processo de
incentivação da aprendizagem.
a)
Faça a articulação e a correlação do que está sendo ensinado aprendido com o real.
Assim, ao introduzir um novo conteúdo ou iniciar uma unidade didática, comece
pelos fatos e situações reais relacionados ao ambiente imediato (físico ou
social) e próximos lida experiência e da realidade vivencial do aluno. A partir
da correlação com o real, chega-se à abstração, à generalização e à elaboração
teórica, por meio da mobilização dos esquemas operatórios do pensamento, que
geram a reflexão e o raciocínio. Em seguida, faça os alunos aplicarem novamente
aos fatos, o conhecimento já organizado e sistematizado a partir do real.
b)
Apresente os novos conteúdos partindo de uma questão problematizadora ou
situação-problema, para a qual os alunos devem encontrar, individualmente ou em
grupos, uma explicação ou solução. Através do processo da descoberta (que
envolve ensaio e erro) e de procedimentos, como a pesquisa, o diálogo e a
análise das informações expostas pelo professor, o aluno coleta dados que,
aplicados à situação-problema apresentada, ajudam a esclarecê-la, explicá-la ou
resolvê-la.
c)
Use procedimentos ativos de ensino-aprendizagem, condizentes com a faixa etária
e o nível de desenvolvimento dos alunos. Isto quer dizer que, para incentivar a
aprendizagem, convém propor aos alunos atividades desafiadoras, que estimulem
sua participação e acionem e mobilizem seus esquemas operativos de cognição
(sejam eles sensório-motores, simbólicos ou operatórios). Os alunos devem
vivenciar situações de ensino-aprendizagem ativas, onde possam observar,
comparar, classificar, ordenar, seriar, fazer estimativas, realizar operações
numéricas a partir da manipulação de material concreto, localizar no tempo e no
espaço, coletar e analisar dados, sintetizar, propor e comprovar hipóteses,
chegar a conclusões, elaborar conceitos, avaliar, julgar, enfim, onde possam
agilizar e praticar as operações cognitivas.
d)
Incentive o aluno a se auto-superar gradualmente, através de atividades
sucessivas de progressiva dificuldade. Proponha pequenas tarefas e prepare os
alunos para realizá-las, proporcionando-lhes as condições necessárias para
assegurar o seu êxito imediato. Elogie e reforce o sucesso por eles alcançado
no desempenho da atividade, pois, em geral, os alunos demonstram interesse por
aquilo que conseguem realizar bem.
e)
Planeje as atividades do dia ou da semana em conjunto com a classe. Explique
aos alunos os objetivos de cada atividade, e o que se espera deles ao término
de cada uma, para que saibam o que devem fazer e qual a expectativa em relação
ao seu desempenho.
f)
Esclareça o objetivo a ser atingido com a realização de certa atividade ou o
estudo de determinado conteúdo, relacionando esse objetivo à realidade imediata
do aluno. Quando o aluno conhece a finalidade da atividade, tende a realizar
esforço voluntário para alcançar o objetivo.
Mas
é praticamente inútil tentar incentivar os alunos informando-lhes,
simplesmente, sobre o valor e a importância do conteúdo ensinado e das
vantagens remotas de sua aprendizagem. O que ajuda a incentivar o aluno é o
fato de ele perceber e verificar que aquilo que aprende tem uma relação com a
sua realidade imediata e apresenta vantagens para sua vida real e presente. Os
projetos de ação que apresentam metas mais imediatas são mais significativos e
têm uma carga motivadora mais forte. É preciso aproveitar a predisposição que o
aluno possui para aprender aquilo que é significativo para ele.
g)
Mantenha um clima agradável na sala de aula, estimulando a cooperação entre os
membros da classe, pois as relações humanas que se estabelecem na sala de aula
influem na aprendizagem. Oriente e supervisione os trabalhos, acompanhando e
assistindo os alunos quando necessitarem. Elogie o esforço realizado por cada
um e o progresso alcançado, inspirando-lhes confiança e segurança na própria
capacidade de aprender e fazer progressos. Quando for o caso, mostre-lhes, com
compreensão, formas de melhorar o seu desempenho nos estudos. Convém lembrar
que
a expectativa que o professor tem em relação ao desempenho do aluno, isto é, o
que o professor espera dele, tem um papel decisivo em seu aproveitamento
escolar.
h)
Informe regularmente os alunos dos resultados que estão conseguindo, analisando
seus avanços e dificuldades no processo de construção do conhecimento.
Estimule-os a continuar progredindo e incentive-os a encarar os erros, de forma
onstrutiva, isto é, como uma maneira de aprender e de se aperfeiçoar. Aqui a
auto-avaliação será muito útil. Por isso, estimule os alunos a se
auto-avaliarem, verificando seus pontos fortes e fracos, seus avanços e
dificuldades, os aspectos em que apresentaram um bom desempenho, e aqueles em
que precisam melhorar ainda mais.
Veja
Antes:
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
Não perca tempo, Indique esta maravilhosa Leitura
Custo:O Leitor não paga Nada,
Você APENAS DIVULGA
E COMPARTILHA
0 Comentários :
Postar um comentário
Deus abençoe seu Comentario