É
alta a freqüência com que os livros de Psicologia Educacional apresentam a
proposta a respeito de objetivos de aprendizagem, segundo a qual há três
categorias de aprendizagem com as quais o educador se preocupa.
Em
primeiro lugar, o aluno pode aprender de um modo cognitivo ou dentro de uma
área de conhecimentos; aqui se encontram as informações de que o aluno dispõe,
a generalização destas para outras situações diferentes, os conceitos e seus
inter-relacionamentos, as soluções para problemas em níveis cada vez mais
criativos: o que o aprendiz conhece e compreende.
Dentro
de uma segunda categoria, o aluno modifica suas atitudes, isto é, os valores
que dá ao que conhece, os sentimentos que experimenta diante de fatos e idéias.
Exemplificando: cognitivamente, o aluno A sabe como se deve fazer uma pesquisa
bibliográfica sobre um tema qualquer; o aluno B conhece as variáveis presentes
numa situação grupal e compreende seu funcionamento. Atitudinalmente, o aluno A
tem uma atitude negativa (desvaloriza, não vê significado, não gosta) em
relação a pesquisas bibliográficas; o aluno B tem uma atitude positiva (acha
que é bom, sente-se bem) em relação a sua própria participação em pequenos
grupos.
Há,
ainda uma terceira categoria, a das habilidades, quando o aluno aprende a
fazer, a lidar com alguma coisa. Nosso aluno A pode não ter desenvolvido a
habilidade de realizar pesquisas bibliográficas, a despeito de saber
“teoricamente” todos os passos necessários para isso, ou até nunca ter posto os
pés numa única biblioteca. Nosso aluno B pode ser capaz de se desempenhar
efetivamente dentro de um pequeno grupo ou não ser absolutamente capaz de
manejar aquelas variáveis que ele conhece, compreende e valoriza.
Deve
ter ficado claro que nós, professores, lidamos com o que o aluno aprende, não
só cognitivamente, mas também em termos de atitudes e habilidades.
O
esquema que se segue, reúne dentro de uma perspectiva educacional humanista,
quatro tendências de aprendizagem, cada uma incluindo uma resposta mais
abrangente ao “para quê”.
3.1.1.1.
Primeiro, aquela tendência que privilegia o desenvolvimento mental (o aspecto
cognitivo), com os seguintes objetivos: que o aluno aprenda a captar e
processar informações, organizar dados, apreender e relacionar conceitos,
perceber e resolver problemas, criar conceitos e soluções. Utiliza estratégias
específicas para desenvolver o pensamento e o raciocínio de seus alunos.
Esta
corrente responde as exigências do aluno que vem às nossas escolas em busca de
informação que o habilitem a exercer uma profissão na sociedade; responde a
solicitações de uma sociedade que exige profissionais cada vez mais
competentes, mais especializados e mais técnicos.
3.1.1.2.
Uma segunda tendência de aprendizagem privilegia o desenvolvimento da pessoa
com os seguintes objetivos: que o aluno realize o desenvolvimento de sua
sociabilidade, comunicabilidade, cultura, valores, competência profissional,
organização interna, relacionamento com o ambiente e com a sociedade. Procura
que se reorganizem os valores, que se crie um clima onde os sentimentos e os
problemas dos alunos venham à tona.
3.1.1.3.
Uma terceira linha de aprendizagem privilegia o desenvolvimento das relações
sociais. Entende como fundamental criar-se uma interação entre o mundo
individual e o mundo social, não apenas o sentido de a sociedade estar
subsidiando as necessidades do indivíduo e da sua família, mas também no
sentido de o indivíduo e da sua família estarem se comprometendo efetivamente
com o desenvolvimento da sociedade.
Entende
como exigência do desenvolvimento de qualquer ser humano que ele aprenda a
situar-se historicamente no tempo e no espaço: estar aberto para captar os
fatos, os acontecimentos que agitam a si mesmo, a sua família, ao seu trabalho,
à sua classe, à sua cidade, ao seu país, ao mundo, à sociedade da qual é
membro; estabelecer e compreender as relações entre esses mesmos fatos e
acontecimentos; relacioná-los com a nossa história; analisar criticamente os
encaminhamentos e soluções apresentadas por seus dirigentes; dentro de suas
condições de profissional e cidadão, participar da vida desta sociedade,
criando uma realidade co-participada.
3.1.1.4.
Uma quarta linha de aprendizagem privilegia o desenvolvimento da capacidade de
decidir, o desenvolvimento de habilidade para assumir responsabilidade social e
política. Lembramos que esta corrente também se preocupa com os aspectos
cognitivo, afetivo e social do aprendiz, como as demais. Apenas que toma este
último aspecto como a característica sob a qual procura desenvolver os
demais.
Entende
esta corrente que a aprendizagem deverá levar o aprendiz a uma nova postura
diante dos problemas de seu tempo e da sociedade, que se caracteriza por criar
disposições democráticas através das quais se substituam hábitos de passividade
por novos hábitos de participação e ingerência.
Conseqüentemente,
esta tendência privilegiará as atividades que permitam aos alunos desenvolver,
nos mais diversos níveis, as habilidades de participação em sua aprendizagem,
no seu curso, na sua escola e assim por diante, nas circunstâncias mais
diversas.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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