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27 de agosto de 2013

Didática - Teologia 11.52 - Pontos que permitem uma visão de conjunto do processo de avaliação

Didática - Teologia 11.52


5.1. Pontos que permitem uma visão de conjunto do processo de avaliação

5.1.1. O processo de avaliação está relacionado com o processo de aprendizagem. Quando professor e aluno estão empenhados em conseguir uma aprendizagem, é fundamental e imprescindível que ambos possam contar com um conjunto de dados e informações que lhes digam se a aprendizagem está sendo conseguida ou não, se estão caminhando em direção ao conjunto terminal pretendido, ultrapassando os pontos intermediários de forma sucessiva e cumulativa, ou se desviando dele. E, como conseqüência dessa constatação, professor e aluno tomam a decisão de se manterem na reta e progredirem ou de redirecioná-la, para que a aprendizagem seja completamente estabelecida.

 5.1.2. O processo de avaliação deve ser pensado, planejado e realizado de forma coerente e conseqüente com os objetivos propostos para a aprendizagem. Os objetivos a alcançar são os critérios definidores do processo de avaliação: quer dizer, são os objetivos que dizem “o que avaliar”, “de que forma avaliar”, “qual técnica ou instrumento utilizar para avaliar”, “o que registrar e de que forma”, “como discutir o aproveitamento da atividade” e “qual o encaminhamento” a ser combinado com o aluno, tendo em vista o reiniciar do processo de aprendizagem. Este momento de avaliação permite ao professor perceber se têm claros os seus objetivos de aprendizagem ou não. Estará preocupado em avaliá-los ou o que faz é expor um certo conteúdo durante algumas aulas e depois realizar provas para poder dar uma nota?

5.1.3. O processo de avaliação, para acompanhar o processo de aprendizagem, é contínuo. Sabemos que a aprendizagem, comumente, se faz de forma contínua, cumulativa e evolutiva ou em ritmo ascendente em direção ao objetivo proposto. E, justamente para que possa se concretizar, ela tem necessidade de contar com um instrumento de retroalimentação (feedback), um processo de avaliação, que seja contínuo, realizado durante o processo de aprendizagem. Esta colocação distancia-se diametralmente daquela que entende a avaliação como uma atividade que se realiza ao final do semestre ou do ano para se verificar se o aluno aprendeu ou não ao término daquele espaço de tempo, quando o professor realiza um julgamento do aluno, para dar seu veredicto: foi aprovado ou reprovado. 

5.1.4. A avaliação, como um processo contínuo, permite um contínuo reiniciar do processo de aprendizagem, até atingir os objetivos finais. Para que a avaliação se constitua num processo contínuo, é condição básica que, em todas e cada uma das atividades previstas e realizadas, aluno e professor se informem sobre sua aproximação ou não dos objetivos propostos. Esta informação dirá se a atividade foi realizada adequadamente, e então se pode passar para a atividade seguinte; ou se foi realizada inadequadamente ou não foi realizada simplesmente e,então, algo precisa ser feito antes da atividade seguinte, ou até conjuntamente com ela para que os objetivos possam ser atingidos. Um plano de aprendizagem adequadamente elaborado, incluindo, portanto um processo contínuo de avaliação, levará o aluno à consecução dos objetivos e, por conseguinte, à aprovação final. Esta conseqüência contradiz aquela crença de que “o professor é bom porque reprova grande número de alunos de sua classe” ou de que “o ensino ministrado em tal disciplina é de tão alto nível que grande parte da turma não consegue aprender e é reprovada”.

5.1.5. O processo de avaliação deverá estar voltado para o desempenho do aluno. Isto é, para a atividade do aluno enquanto realiza ou não que foi planejado, e se o realiza adequada ou inadequadamente. Esta afirmação questiona o modo de ser de muitos professores que, a partir de sua experiência, se dizem capazes de identificar logo ao início do curso, decorridas as primeiras semanas, os que “não querem nada com nada”. E a partir destas primeiras impressões rotulam seus alunos e os classificam definitivamente numa ou noutra categoria, permitindo que esta classificação condicione daí para frente seu relacionamento com eles. E as conseqüências desses julgamentos à priori são bem conhecidas: os alunos “julgados
bons” ou “sérios” têm praticamente garantida sua aprovação, porque até mesmo seus erros ou suas faltas serão relevados, e os “julgados malandros” ou “que não querem nada com nada” terão que lutar e muito contra uma quase certa reprovação. Quando falamos que o processo de avaliação deverá estar voltado para o desempenho do aluno, queremos dizer que é importante acompanhamos seu desenvolvimento, a partir do desempenho concreto em cada uma das atividades e procurarmos o máximo de objetividade para colaborarmos com a revolução do próprio aluno em direção aos objetivos.

5.1.6. O processo de avaliação deverá incidir também sobre o desempenho do professor e a adequação do plano. Um processo de aprendizagem resulta da inter-relação de, pelo menos, três elementos: um aprendiz - que procura adquirir o aprendizado de alguma coisa; um orientador ou preceptor, cuja função é a de colaborar para que o aprendiz consiga seu intento; e um plano de atividades, que apresente condições básicas e suficientes que, sendo realizadas, permitam ao aprendiz atingir seu objetivo. Assim sendo, o processo de avaliação que procura oferecer elementos para avaliar se a aprendizagem está se realizando ou não, deve conter em seu bojo uma análise não só do desempenho do aluno, mas também do desempenho do professor e da adequação do plano aos objetivos propostos. Com efeito, muitos casos de não aprendizagem se explicaram e se explicam não por um desempenho inadequado do aluno, mas por uma falta de preparação do professor, sua improvisação, falta de planejamento, falta de flexibilidade na aplicação de um plano, desconhecimento ou não aplicação de técnicas pedagógicas adequadas aos objetivos propostos, por comportamentos preconceituosos do professor. Outras vezes, a falha se encontra no próprio plano: este por vezes inexiste, por vezes existe, mas não está adequado às condições físicas daquela classe ou às condições culturais e intelectuais daquela turma, ou às condições de tempo e calendário, ou aos imprevistos que sempre surgem. O que vale dizer: a avaliação da consecução ou não de uma aprendizagem deve recair sobre estes três aspectos: o desempenho do aluno, o desempenho do professor e a adequação do plano. 

5.1.7. Em todo processo de avaliação requer-se uma capacidade de observação e de registro por parte do professor e, se possível, por parte do aluno também. Como já dissemos anteriormente, o processo de aprendizagem é dinâmico e, em geral, ascendente em direção aos objetivos propostos. Não se trata, porém, de um movimento ascendente linear. Ele se compõe também de desvios e retrocessos. Todavia, sempre exige, por parte do professor, uma cuidadosa observação (e sabemos que esta é uma habilidade que precisa ser treinada), sobretudo do que se relaciona com a aprendizagem, bem como uma troca de idéias entre professor e aluno para encaminhamento posterior, que tanto poderá servir para que o aluno se desenvolva mais e mais rapidamente, como para que ele ou o professor corrijam determinadas falhas em seus desempenhos, ou o plano seja melhor adaptado.

5.1.8. Dependendo de seus participantes, podemos ter apenas uma hetero-avaliação ou contar também com a auto-avaliação. Além do já exposto, pensamos também que, para a consecução eficiente de uma aprendizagem, é de fundamental importância que, além da hetero-avaliação (avaliação realizada pelo professor), o aluno possa desenvolver sua capacidade de auto-avaliação. Capacidade esta que requer todo um trabalho do professor e aluno para que seja adquirida e desenvolvida: ou seja, exige o desenvolvimento de habilidades como a de observar-se a si mesmo, comparar e relacionar seu desempenho com os objetivos propostos, honestidade pessoal para reconhecer tanto seus sucessos como suas falhas evitando aquelas “celebérrimas desculpas” para seus erros e mais ainda aquela voz corrente: “auto-avaliação é a oportunidade que o aluno tem para se defender dos ataques que o professor vai fazer”. Trata-se de uma atividade que precisa ser aprendida, treinada e realizada. Trata-se de uma atividade que para ser realizada com eficácia supõe a existência de um clima de cooperação e confiança entre professor e aluno; mas que, acontecendo, se constitui num dos instrumentos mais preciosos para que o aprendiz tome consciência do processo de aprendizagem e assuma sua participação no mesmo. 

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