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30 de agosto de 2013

Discípulado - Teologia 13.11 - Como Fazer Discípulos? Part 1/2 - O primeiro passo é ser Discípulo

Discípulado - Teologia 13.11


Como Fazer Discípulos? Part 1/2

            O primeiro passo é ser discípulo. Vem ao caso tudo que já se expôs a esse respeito. Tudo o mais está resumido em Mateus 28:20: "ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado". Discipular implica em ensinar. Ensinar o quê? Ensinar a guardar, isto é, obedecer. Obedecer o quê? Obedecer todas as coisas que Jesus ordenou. Como ninguém vai obedecer coisa que ignora, é necessário primeiro ensinar as próprias coisas que Jesus ordenou--nada melhor nesse sentido do que seguir o exemplo de Paulo, ensinando "todo o conselho de Deus" (Atos 20:27).

            Será que se faz assim na maioria das nossas igrejas? Não é mais mensagens evangelísticas que se ouvem? Mas pregação evangelística é praticamente inútil para crente. Ele vai fazer o quê, salvar-se de novo cada domingo?  Ali está um crente que tem freqüentado a igreja dominicalmente durante vinte anos; mais uma vez ele vai e escuta o quê--ele ouve pela milésima vez como é que se salva. Mas ele já está salvo! Essa pregação é sem valor para ele; entrou com fome e sai com fome do mesmo jeito. Que tragédia! Comida de bode não serve para ovelha! (Refiro-me a crente e incrédulo, assim como em Mateus 25:33.)  No entanto, se têm 300 ovelhas e três bodes num culto, já viu! A pregação vai em cima dos três bodes. E se têm 300 ovelhas e nenhum bode--a pregação vai em cima dos bodes que não estão! É ou não é? Meus amados irmãos, comida de bode não serve para ovelha.  Agora, comida de ovelha bode também pode comer. Se o pastor oferece uma refeição farta, bem preparada e temperada, pode dar vontade de comer em qualquer bode. Será que não? Mas o principal é que as ovelhas saiam bem alimentadas.  Afinal, o negócio é fazer discípulos, e é esse o enfoque que deveria dominar os nossos cultos.

            Até aqui eu vinha pressupondo a existência da Bíblia na língua do povo.  Para ensinar a Palavra ela tem que existir. Certo? Quando Jesus disse em João 8:31, "se permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos," fatalmente estava pressupondo a existência dessa Palavra, pois como permanecer numa coisa que não existe? Quer dizer, tem que existir para a pessoa; a pessoa tem que ter acesso efetivo à Palavra. Então, se Deus te mandar para uma das 4.000 etnias que nada têm da Bíblia ainda, como você vai fazer?

Mesmo que você ache que basta evangelizar, com que autoridade vai falar se não existe Palavra de Deus na língua? E não estaria esquecendo da verdade que encontramos em Romanos 10:17, "a fé é pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus"? E se você conseguir algum convertido mesmo assim, onde está o alimento para essa criança recém-nascida? Como poderá chegar a ser discípulo? Se alguém não providenciar a Palavra de Deus nessa língua, esse convertido fica condenado a ser sempre criança.  Está bom? Condenar um povo a ser sempre criança? Essa não!

Entre as ordens de Cristo não há nenhuma que mande traduzir a Bíblia. Só tem a Grande Comissão que manda fazer discípulos. Mas no momento que entendemos que é impossível ser discípulo sem acesso efetivo às Escrituras, o fornecer das mesmas torna-se logicamente necessário. Não há como cumprir a Grande Comissão junto às 4.000 etnias sem sequer um verso da Bíblia enquanto alguém não traduz a Palavra para suas línguas. É por isso, diga-se de passagem, que o grupo Wycliffe para tradução da Bíblia, a nível internacional, e a missão brasileira ALEM (Associação Lingüística Evangélica Missionária) fazem questão de ver a Palavra de Deus traduzida para cada língua que se fala no mundo (isso levando em consideração fatores como bilingüismo e extinção de língua).

Onde a Bíblia já existe mas há crentes analfabetos devemos montar cursos de alfabetização nas igrejas para que cada um possa se alimentar em casa. Creio existir uma analogia bastante estreita entre os âmbitos físico e espiritual no que diz respeito à alimentação. Já pensou, comer só aos domingos? Quem agüentaria fazer assim no âmbito físico? Mas multidões de crentes fazem exatamente assim no âmbito espiritual. Tem jeito? Crente que sabe ler e possui Bíblia passa fome porque quer--poderia ler e meditar na Palavra em casa. Já crente analfabeto está quase sem jeito, a não ser que alguém leia para ele em voz alta, ou a viva voz ou mediante uma gravação. Mas nesse caso como poderá estudar a Palavra, e meditar nela à vontade? Parece-me claro que a melhor opção é levar as pessoas a ler por conta própria, sempre que possível. Sei que existem missiólogos que vão discordar da ênfase que estou dando à alfabetização e à leitura, principalmente para povos cujos idiomas eram ágrafos até há pouco e que estão acostumados a fazerem tudo oralmente.  Respeito as opiniões contrárias, mas por todos os argumentos já apresentados mantenho a posição aqui esboçada. Vamos ver se levamos todo mundo a meditar na Palavra em casa, diariamente.

No que diz respeito a trabalho transcultural creio que só conseguiremos fazer discípulos se respeitarmos a língua e cultura do povo--assim como fez Jesus. Ele se encarnou na língua e cultura dos judeus da época (João 1:14).  No dia de Pentecostes o Espírito Santo respeitou a língua materna de cada qual ao ponto de fazer milagre para garantir que cada um ouvisse mediante ela (Atos 2:4-11). Enquanto um missionário não vestir a língua e cultura do povo, e (mais importante ainda) enquanto a Palavra de Deus não for vertida para essa língua, o Evangelho fica condenado a ser sempre uma coisa estrangeira, uma coisa de fora. Será que qualquer porta-voz de Cristo não deveria se interessar por tornar seu ministério o mais eficiente possível?

Não é difícil encontrar pessoas que andam ministrando através de intérprete. Mas eu gostaria que refletíssemos um pouco na seguinte pergunta: é possível fazer discípulos mediante intérprete? Quem falar através de intérprete não tem como fiscalizar as alterações que o intérprete fatalmente vai introduzir. Fatalmente. Quando o intérprete é servo de Cristo, está por dentro do assunto da mensagem e é tranqüilamente bilíngüe então o recado poderá ser entregue de forma adequada (embora quase nunca tão bem como se o preletor dominasse a língua dos ouvintes). Mesmo com um intérprete assim, no entanto, numa tentativa de discipular alguém, não seria o intérprete que discipula em vez do missionário? Agora, quando o intérprete nem é convertido, a mensagem será fatalmente deturpada, muitas vezes de forma irreconhecível. O intérprete vai filtrar a mensagem por sua própria cosmovisão, inescapavelmente, mesmo inconscientemente. Se o missionário pudesse entender o que o intérprete realmente está dizendo ficaria horrorizado e arrasado! Dificilmente se faz discípulo mediante intérprete.

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