Eclesiologia - Teologia 25.02
PROBLEMAS EM TRATAR ECLESIOLOGIA :
Definição
do Termo: Do grego vem o termo igreja que se usa em vários contextos e
com vários sentidos
no português. O
termo pode vir
a designar uma
congregação local, uma
denominação, uma causa,
a igreja de
caráter universal ou “invisível” ou até um prédio onde se
reúne um grupo de adoradores. Em cada
contexto deve-se assegurar qual o uso que se faz do termo. Usaremos aqui
como definição prática
de igreja, “um
agrupamento de crentes
que vivenciam um
relacionamento de dependência (fé) em Jesus Cristo ,
unindo-se para cumprirem a missão
entregue por Deus”.
Institucionalismo: Na
Bíblia, a igreja
não é uma
instituição, mas um
organismo vivo que
se vai transformando
em termos organizacionais. De
certa forma a
igreja é, conforme
implicação de Romanos
9.25 e 1a
Pedro 2.9-10, o
povo de Deus em desenvolvimento. Logo ,
ao tratar da igreja, é necessário tratar de dois aspectos
da mesma: o
organismo e a
estrutura organizacional que
se vem desenvolvendo naturalmente. Esta é
necessária, mesmo que não deva ser vista
como o aspecto principal.
Origem
Bíblica do Termo para Igreja: O texto bíblico no português usa o termo igreja, mas
as conotações originais
do termo muitas
vezes estão perdidas
na tradução. O
conceito básico do
termo hebraico qahal
e também do
grego ekklesia é de uma
assembléia, tratados por muitos no sentido de “comunidade”. Geralmente se pensa em termos de haver uma
convocação de caráter político, sendo
uma reunião do povo para decidir ou ouvir decisões de importância geral para
o mesmo. Não
existe no Antigo
Testamento o que
propriamente se chamaria de igreja, já que o conceito é do
povo como um todo pertencendo a
Deus como nação.
Nesse contexto, emprega-se
o termo hebraico
edhah que designa o povo de Deus, seja reunido ou não.
Na época do exílio, o termo qahal vem a
ser empregado com
esse mesmo uso
também, mas nunca
como uma instituição. No caso do Novo Testamento,
quando se trata da igreja em sentido
universal ou mesmo local o termo usado é normalmente algo como “santos”
ou “eleitos”, em lugar de “igreja”
(ekklesía), aproveitando também expressões como “noiva”
ou “povo de
Deus” especialmente ao
tratar da igreja
em sentido universal.
Portanto, é necessário
ter cuidado ao
procurar sistematizar ensino
bíblico a partir
de um estudo
do emprego do
termo bíblico “igreja”,
já que o
conceito
igreja é comumente tratado com outros vocábulos e o uso que se faz do termo igreja nem sempre é o que se espera a
partir do português.
Linguagem Figurada:
A Bíblia está
repleta de figuras
para ajudar o leitor a
compreender conceitos espirituais. A exemplo deste fato, João capítulo 3
registra o diálogo entre Jesus e
Nicodemos, o qual não compreendia as palavras de Jesus. Este
explicou-lhe o conceito
de três formas
diferentes para que
pudesse compreender uma verdade
espiritual que fugia de sua experiência. Tratou de ser necessário nascer de novo, especificou uma
distinção entre a existência física e
espiritual e logo tratou um exemplo de confiança em Deus como a única
saída para a vida.
Assim também
o ensino bíblico
referente à eclesiologia
é expresso na
Bíbila utilizando várias figuras
que ajudam a transmitir o ensino, mas que não devem ser
forçadas a obedecer
uma interpretação de
caráter rígido, por
questão dos limites
da linguagem figurada.
Quando Jesus aproveita
o termo “reino”,
obviamente não pretende
tratar do exercício
teocrático de uma
estrutura governamental sobre a
terra. Quando o texto bíblico trata dos portões do inferno não
prevalecerem contra a
ofensiva da igreja,
também não se
deve preocupar em
definir um local
geográfico com muros
e portões em
volta do inferno.
São
figuras que
servem para ilustrar
o conceito especificado, caráter
literal. Em qualquer
estudo bíblico e,
portanto respeitar estas
formas de expressão,
não forçando cada
somente um sentido descritivo literal.
não descrições
de teológico, deve-se
palavra a exprimir
Formas e
Propósitos: Em certos
casos do estudo
da disciplina, encontrar-se-á certas
formas de organização
ou estrutura na
Bíblia que divergem
da prática comum atual. Deve-se fazer em tais casos uma
avaliação do propósito da forma, estrutura, cargo
ou atividade descrita.
Tal propósito pode
estar sendo desenvolvido
com outra metodologia,
estrutura ou forma
na igreja atual,
sem que haja qualquer
incompatibilidade com o ensino bíblico. Em tais casos, não há necessidade de alterar a prática atual,
desde que esta esteja cumprindo com o
seu propósito devido, sempre em conformidade com o encaminhamento
bíblico. Em alguns
casos, pode ser
que os cargos
e formas organizacionais usem
de estratégias bem
parecidas à forma
original. Deve-se novamente
olhar para a
questão do propósito
a cumprir. Uma
forma ou estrutura
pode capturar a
essência de seu propósito como também pode ser um desvio do mesmo.
Deve-se procurar definir
a razão da
prática para averiguar
se a continuidade
é o mais
devido, pois é sempre possível que até uma estrutura aparentemente igual
à do
Novo Testamento
perca sua eficácia
se apenas for
reassentada no contexto
atual. Em outros casos uma estrutura pode não ser prejudicial em si, mas
pode tampouco estar contribuindo para o
crescimento do reino de Deus. Se assim for,
deve-se analisar bem para acertar que a estrutura tem um propósito a
cumprir e que este seja coerente com a
missão da igreja, não sendo um desvio de energias, mesmo que gostoso.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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