Eclesiologia - Teologia 25.04
“O Reinar de Deus”: Part 1/2
A igreja
autêntica existe como a concretização
do reinar de
Deus e não
pode existir desvinculada
deste reino. É
na vida da
igreja o povo
de Deus que
o reinar de
Cristo tem forma
e exercício. O
conceito do Reinar
de Deus é
a categoria principal
no estudo da
escatologia, porém é
na igreja que
este reino tem o seu começo e a sua concretização
primária. “No Novo Testamento, o reino
de
Deus é principalmente o seu reinar nas vidas daqueles que se submetem à
sua autoridade”. Logo
o termo “reino
de Deus” pode
ser definido como
o Seu “governo em ação”, ou o “reinar de
Deus”.
Segundo as
declarações de Jesus,
o Seu reinar
já é “uma
realidade na história
humana”. Deus já
reina entre o
povo, mesmo que
não de forma
política ou teocrática
no sentido ideal
da aliança sinaítica.
O povo de
Israel dava muita
ênfase à questão de viverem diretamente sob o reinado de Deus, mas pode-se ver
que esta realidade
nunca teve uma
concretização plena. Quando
as multidões queriam fazer de
Jesus o seu rei, Ele não aceitou tal proposta por ser um
desvio completo do
propósito maior do
seu ministério. Perante
Pilatos, negou de novo que seu
reino fosse como os reinos deste mundo. O seu reinar era
uma questão do
interior, não da
relação nacional externa.
João, o Batista,
chamou o povo judeu a se tornarem filhos de Abraão e não confiarem em
sua herança nacional, mas Jesus leva o conceito
mais adiante, rejeitando a idéia da
identificação do Messias
com um rei
de força política,
enfatizando a aceitabilidade dos
rejeitados pela sociedade
e a transformação
interior do indivíduo.
De
modo igual, a igreja deve espelhar o compromisso interno de cada indivíduo para aceitar a sua participação e integração
no povo de Deus. Este compromisso é uma
questão da aplicação
do reino na
vida do indivíduo.
A igreja é
por conseqüência o agrupamento
ou reunião dos membros ou cidadãos do reino. A
igreja não é o reino, mas ela é criatura ou veículo para a extensão do
reino de Deus. O reinar de Deus na vida
humana cria a comunidade pertencente ao reino,
o qual chamamos de igreja.
A
fé bíblica não é institucional, porém é indiscutivelmente comunitária
enquanto individual, e
é nesse contexto
que o reinar
de Deus existe
no mundo. O
reino começa na vida do
indivíduo, mas é levado adiante no contexto comunitário do reinar de Deus. “A relação entre a igreja e
Cristo é de fato muito íntima; trata-se
de uma espécie de união orgânica, pela qual nos unimos a ele em nossa
vida e nosso ser”.
Pode-se falar desta
união em termos
individuais, mas a
Bíblia também trata
da união seriamente
em termos do
corpo inteiro da
ekklesia de Deus.
O
Reinar não é apenas uma realidade que se aproxima no contexto do
ministério terreno de Jesus, mas é
também algo que é concretizado. É um tanto impreciso marcar a data da inauguração do reino, mas
pode-se entender a inauguração no
evento
de pentecostes a festa dos primeiros
frutos. É de interesse notar que Lucas
nunca aplica o termo ekklesia no seu evangelho, mas emprega o termo em Atos.
É na descrição
do evento de
pentecostes que Lucas
aparentemente vê inaugurado o reino, agora empregando o
vocábulo ekklesia em relação àqueles
que aceitam o reinar de Deus em suas vidas através de Cristo. Aqui, o
reinar de Deus tem uma ferramenta ou
vivência concreta na igreja que surge. Esta igreja é ferramenta do reino para levar a mensagem do
reinar de Deus perante todas as nações
em conformidade com Atos 1.8.
É
comum haver certa confusão referente ao Reinar, especialmente em termos de seu
tempo. Nos evangelhos,
o reinar de
Deus é tratado
simultaneamente em tempo
presente e futuro,
mesmo que em
sua maior parte
seja tachado em
termos de uma expectativa futura:
[Mateus 12.28
e Lucas 11.20]
aparentemente indicam que
o reino não
apenas está perto, mas que há
realmente chegado. … O reino está perto no sentido de que
não há sido
consumado; está presente
no sentido de
que o poder
de Deus que o caracteriza havia começado a
manifestar-se nas palavras e ações de Jesus
e continua a fazer o mesmo na igreja.
Quando a
Bíblia trata de
épocas após o
ministério de Jesus,
visa menos futuricidade do que quando referencia o
reino em época do seu ministério. Ao
mesmo tempo, permanece
a expectativa de
um complemento à
realidade do reino já experimentada nas vidas dos
crentes. Tal expectativa, porém, encontra a
sua expressão na base daquilo que Jesus já havia realizado.
“A
confissão cristã não é apenas de que Cristo virá ao final da história, mas
que Cristo já veio; não apenas que a
salvação espera o crente no futuro escatológico, mas que a salvação já é experimentada, numa
forma antecipatória, porém real,
no aqui e
no presente, no
meio de problemas
e não apenas
ao seu fim. … O
presente é moldado
não apenas pelo
passado, mas também
pelo futuro de
Deus”.
Veja Também:
“O Reinar de Deus”: Part 2/2
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