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18 de setembro de 2013

Eclesiologia - Teologia 25.05 - “O Reinar de Deus”: Part 2/2

Eclesiologia - Teologia 25.05

“O Reinar de Deus”:  Part 2/2

Jesus pregava muito referente ao reinar de Deus. Em conseqüência, esse reinar é   uma temática especial dos evangelhos sinópticos, porém principalmente do livro   de Mateus, onde encontra-se a terceira parte das referências neotestamentárias   ao  Reinar  de  Deus/dos  céus.  Os  discípulos  continuaram  a  temática  do  reinar   divino, como vemos na preservação sinóptica do ensino. Para Jesus, a temática   era  urgente.  Ele  queria  preparar  os  discípulos  para  esta  vida.  “O  reino  estava
vindo,  e  o  único  aspecto  especialmente  ressaltado  foi  o  arrependimento….  Em   comparação com o reino [de Deus], nada realmente tem valor”.  

A  ênfase  de  Jesus  sobre  o  reinar  visava  a  clarificar  e  oferecer  resposta  a  dois   erros essenciais    a preocupação em termos judiciais com o mundo por vir que se   desvinculava da interiorização dos princípios do reinar de Deus e a expectativa   messiânica  politizada  dos  judeus  da  época.  A  ênfase  de  Jesus  não  recai  sobre   rituais  de  ingresso  ao  reinar,  mas  no  viver  esta  qualidade  de  vida  expressa  na   frase “vida das eternidades”. O elemento essencial desta vida é a sua declarada   dependência de Deus para suprir todas as necessidades daquele que se entrega a   serviço do reino. O ingresso no reinar era muito importante no seu ensino, mas   em sentido de alerta para que o indivíduo verificasse que ingressaria no reinar. O   judeu que procurava pela politização do reinar de Deus não encontrava consolo   nas palavras de Jesus, pois as características do viver sob o reinar de Deus eram   contrárias às expectativas de libertação política e da dominância dos opressores.   Viver esta condição de vida entregue a Deus é a salvação que Jesus oferece. O   reinar de Deus já começou, mas não acaba neste lado do túmulo. A salvação não   é apenas futura    ela oferece o meio de viver no presente sob o senhorio divino,   já  desfrutando  de  comunhão  íntima  com  Deus.  A  vida  das  eternidades  já  começou a ser vista e vivenciada na vida do povo que ingressa neste reinar de   Deus. No outro lado da morte é apenas mais vívida e direta.  

Em outras partes do Novo Testamento, o ensino direto sobre o reinar não vem a   ser tão notório, mas é o ensino referente à vida no reino que gera a moral e a   ética na prática da vida cristã tão visível nas epístolas paulinas e joaninas, bem   como a carta de Tiago. Em Apocalipse, encontra-se uma mensagem referente ao   reino semi-invisível de Cristo, colocado como sendo a realidade maior do que o   reino  visível  do  governo  imperial.  A  mensagem  do  Apocalipse  é  um  chamado   para respeitar o reinar de Cristo com toda sinceridade, mesmo que não se possa   enxergar o Seu reino tão claramente.  

Deve-se ter sempre presente que o ensino de Jesus referente ao reinar de Deus   vinha  responder  as  preocupações  messiânicas  judaicas  referente  a  um  reino   político terrestre. O anelo dos discípulos registrados em Atos 1.6 é o clamor do   judeu  que  esperava  a  independência  da  nação  da  opressão  política  romana:   “Senhor,  é  neste  o  tempo  que  restauras  o  reinar  a  Israel?”  Mesmo  depois  da   ressurreição era difícil para que compreendessem o caráter desse reinar do qual   Jesus  tanto  falara.  Jesus  havia  dito  a  Pilatos  que  o  seu  reinar  não  era  deste   mundo, mas era uma mensagem difícil para os discípulos compreenderem.  
Criticar os discípulos é fácil, pois já vivenciamos que não houve a inauguração de   um  país  teocrático  com  Jesus  atuando  politicamente.  Mesmo  assim,  é  difícil   compreendermos  o  reinar  de  Deus,  pois  insistimos  em  designar  o  reinar  em   termos  da  história  política  humana.  O  reinar  que  Jesus  pregou  é  de  caráter   interior, uma vida entregue aos cuidados de Deus. Ingressa-se no reinar divino ao   aceitar  o  pacto  ou  aliança  oferecido  por  Jesus.  As  exigências  desse  reinar  são   contrárias aos valores da sociedade à nossa volta, pois são valores espirituais e   relacionais, não matérias e físicos.  

O reinar de Deus depende de uma entrega relacional a Deus como Pai amoroso.   Depende de uma obediência e disposição de desprender-se do ego, procurando   dar  primeira  importância  aos  demais,  mantendo-se  em  último  lugar.  É  um   relacionamento   de   confiança   e   desprendimento,   um   desprendimento   que   concede a oportunidade para servir ao próximo em amor e sinceridade.  

O discípulo fiel pode servir e doar-se ao próximo, pois a sua vida não pertence a   si,  pertence  a  Deus.  Este  pode  perdoar  a  ofensa  feita  a  si,  pois  não  defende   privilégios e direitos pessoais. Pode doar a sua capa, caminhar mais uma milha,   oferecer a outra face, e até amontoar brasas vivas para ajudar o inimigo preparar   o seu fogo, pois nada lhe pertence. O cidadão que tem Jesus como seu Rei pode
dispor sua vida a serviço do próximo, pois não é nada mais do que mordomo das   bênçãos de Deus. Como o reinar de Cristo não pertence a este mundo, também o   cidadão do reinar de Cristo aceita pertencer a outro mundo e outro padrão de   vida e valores.  

O  reinar  de  Deus  é  interno  e  difícil  de  definir,  pois  é  como  a  real  adoração  de   Elias,  um  de  sete  mil  que  não  haviam  dobrado  os  seus  joelhos  a  Baal,  mesmo   quando a nação se tornara idólatra. O rei de Israel não seguia em retidão, mas   Deus  ainda  reinava  na  vida  de  alguns.  Dois  reinados  existiam  em  Israel,  mas   apenas alguns desfrutavam da realidade do reinar de Deus. É essa qualidade de   reinar que Jesus inaugurou. Não o externo, mas a entrega interna para seguir a   Deus em fidelidade, confiança e dependência.  

O reinar de Deus já foi inaugurado. Já é hora de optar pela cidadania celestial. É

uma cidadania a ser prestigiada e vivida já e para todo sempre.  

Veja Também:

 “O Reinar de Deus”:  Part 1/2


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