Eclesiologia - Teologia 25.12
LIDERANÇA:
Muito
tem-se dialogado referente às qualificações para a liderança eclesiástica. Vale ressaltar que o exemplo supremo de
liderança em Jesus Cristo
ressalta em particular o caráter do
individuo, expresso em servir aos demais em detrimento pessoal. Visto que o contexto vivido no
primeiro século da igreja era distinto do
atual, certas informações
ajudam a situar
e compreender o
ensino bíblico. Olhando para o contexto perante o qual o
Novo Testamento trata assuntos de
liderança, enxerga-se os seguintes detalhes:
• Paulo
tinha a tática
de começar seu
trabalho com judeus,
aparentemente para ter líderes
já versados nas Escrituras e cumprindo com um estilo de vida já próximo ao ensino de Jesus, os quais
poderiam auxiliar rapidamente na pregação
e
ensino da Palavra de Deus (já tinham um conceito arraigado de monoteísmo, moralidade, etc.);
•
Paulo reúne um corpo de líderes
para atuar em conjunto consigo e para dar
seguimento ao trabalho que ele começa. Daí ele coloca em prática um
sistema de ministério compartilhado com
a inclusão de vários pregadores e professores.
Seu ministério é levado adiante em grupo, não a sós;
•
Os termos
bíblicos “profeta” e
conseqüentemente “profecia” chegam
mais perto do uso atual dos
termos pregador e sermão do que os conceitos atuais de profecia como sendo futurística;
•
Paulo quebra
com normas de
liderança judaica, mas
demonstra certo respeito às mesmas;
•
O
exemplo de Paulo
abnegar seus direitos
de cidadão romano
em Filipos, mesmo quando esses direitos o teriam
protegido dos açoites, deve ser levado em
consideração na qualificação do caráter do indivíduo;
•
Para Paulo, idade não tem a
importância que era dada entre os judeus, pois deixa Timóteo servir no ensino antes de
chegar à idade normativa de trinta anos;
•
No contexto do primeiro século
não havia opção para uma mulher estudar,
nem ser alfabetizada.
Quando Paulo abre
espaço para que
a mulher aprenda
(mesmo que em
casa) ele se
distancia em muito
das normas aceitáveis
na sociedade, colocando-a no
mesmo nível do
homem em termos
de responsabilidade;
•
Paulo aceita
e recomenda mulheres
para cargos visíveis
na igreja (Febe
é considerada diácono
da igreja e
recomendada por Paulo
nesta posição. Logo,
Prisca e Áquila são mencionados, com a proeminência sendo dada à mulher
na ordem alistada).
•
Atos 21.8 menciona quatro filhas
de Filipe como tendo o dom da profecia,
esta sendo em outras passagens descrita como o dom maior, também o
Antigo Testamento inclui mulheres na
lista de profetas;
•
Jesus e Paulo elevaram em muito o
status conferido à mulher em relação ao
contexto social;
•
Conotações de moral e ética em
referência a líderes descritas nas epístolas
devem ser lidas no contexto de outras passagens como Mateus 18 e João
21;
•
Em geral,
as igrejas no
Novo Testamento têm
mais do que
uma só pessoa
exercendo funções de liderança formal;
•
Paulo escreve cartas a igrejas
onde já não atua, tentando resolver problemas
na igreja sem medir a força de suas colocações, mesmo havendo outros
líderes no local aos quais ele pode
chamar de “verdadeiros companheiros”;
•
Na Bíblia o termo “pastor”
geralmente designa a função educadora na igreja, o
termo “bispo” refere-se
mais a funções
supervisionais, o termo
“diácono” refere-se a
funções administrativas e
o termo “profeta”
refere-se mais ao
ministério da pregação
da Palavra de
Deus no sentido
da aplicabilidade da
vontade divina ao contexto vivido;
•
Na conversa com Marta e Maria, Jesus
aceita e aprova que Maria se coloque
na posição de
discípulo, deixando de
lado as suas
obrigações sociais como
mulher. Sentar aos pés de um mestre era expressão de discípulo que se
sentava para aprender privilégio reservado apenas aos
homens.
Muito se
pode extrair para
tratar questões de
capacitação e qualificação
de líderes da igreja, mas um
elemento essencial a ser lembrado é o da existência de múltiplos
ministros exercendo funções
ministeriais na igreja
local, não um
individuo atuando sozinho. É salutar lembrar que os diáconos foram
escolhidos para cumprir com tarefas
administrativas expressamente para que os apóstolos se dedicassem ao estudo da Palavra de Deus e
ao seu ensino. A prática de muitas
igrejas, no entanto, é de forçar o seu pastor a cumprir primeiramente as
tarefas administrativas e
públicas, podendo estudar
e preparar-se para
o ensino somente no tempo que lhe sobrar. Esse modelo
comumente aplicado na prática não é
bíblico.
O testemunho
bíblico também dá
espaço para o
exercício do ministério
feminino. Mesmo que algumas passagens tenham aparência inicial de
eliminar a opção de
ministério de mulheres,
muitas passagens não
somente abrem oportunidade, mas
refletem de maneira
positiva a atuação
de mulheres em
posições ou cargos
de liderança nas
igrejas do Novo
Testamento. De fato,
a norma bíblica espera ver
homens na liderança da igreja, mas não nega a ocasião do
ministério da mulher,
mesmo como profeta,
pregando a Palavra
de Deus. Lembra-se que se for difícil para a
liderança de uma mulher ser aceita na igreja
atual, tal
era muito mais
difícil numa época
em que a maioria dos
homens pensavam na
mulher como mercadoria
para ser usada,
trocada, vendida e
descartada. Foi num
contexto desses que
Paulo escreveu “não
há macho nem
fêmea; pois todos somos um em Cristo Jesus ”.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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