O
quarto tipo de confissão mencionada na Bíblia é a confissão de nossa fé na
Palavra, em Cristo, e em
Deus Pai.
Estas
são as quatro espécies de confissão que iremos discutir neste capítulo.
É
importante que diferenciemos a confissão dos pecados dos judeus sob a Antiga
Aliança, a respeito da qual João Batista e Jesus pregaram, da confissão do
pecador na Nova Aliança.
MATEUS 3.5,6
5 Então saíam a ter com ele Jerusalém, toda a Judéia e toda
a circunvizinhança do Jordão;
6 E eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os
seus pecados.
Este
trecho retrata a aliança de Deus com as pessoas que confessavam os seus pecados
e eram batizadas por João. Não se trata do batismo dos cristãos, pois Jesus
ainda não havia morrido nem ressuscitado.
João
não batizou em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ele somente batizou
em nome do Pai, pois tratava-se dos judeus no período da lei, na Antiga
Aliança, antes da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus.
Já
em At 19.18 lemos: Muitos dos que creram vieram confessando e denunciando
publicamente suas obras. Tratava-se de gentios ou cristãos não-judeus. Não
diz o que confessaram, mas evidentemente tratava-se de pessoas que se
converteram e imediatamente a seguir confessaram os seus pecados quanto à
prática da artes mágicas.
Quero
que entenda algo. Eles não confessaram seus pecados para serem salvos. Eles já
estavam salvos. Aqueles cristãos não confessavam seus pecados nem deixavam as
obras de magia para que fossem salvos. A Bíblia diz que já eram salvos. Mas
imediatamente depois que foram salvos ficou mais fácil para eles confessarem
seus pecados e práticas errôneas.
Muitas
vezes, as pessoas põem o carro na frente dos bois. Por exemplo, alguns falam
para os pecadores: "Você tem que deixar isso e aquilo para ser
salvo". Mas de fato, o pecador deve aceitar o senhorio de Jesus, e então
as demais coisas acontecerão naturalmente.
A
Salvação Não é Baseada em Obras
Um
missionário da Igreja Quadrangular me contou que por volta de 1950 sua
denominação conseguiu em poucos anos no Brasil que 268000 pessoas fossem salvas
e que quase 100000 fossem batizadas com o Espírito Santo, com a evidência do
falar em outras
línguas.
Em um ano aqueles missionários fundaram mais de cem igrejas. Trata-se de um
avivamento, principalmente quando constatamos que noventa e nove por cento das
pessoas para quem eles pregavam eram católicas romanas.
Aquele
missionário me disse: 'Passei sete anos no Brasil numa pequena igreja. O maior
número de pessoas que conseguimos em nossa escola dominical foi 37, e depois
de sete anos voltei para casa desanimado".
Quando
retornei ao Brasil, comecei a dedicar algum tempo à Palavra de Deus, ao jejum e
à oração. O jejum deu-me mais tempo para esperar em Deus através da oração.
Enquanto esperava em Deus não pregava contra nada; não dizia às pessoas o que
elas tinham que deixar para serem salvas. Simplesmente comecei a pregar o que
a Palavra de Deus diz".
O
missionário continuou: "Os católicos tinham um cântico sobre o sangue de
Jesus, então adotamos este cântico como música tema, e começamos nossas reuniões
numa tenda. Eles nos perguntavam se éramos católicos e nós respondíamos: 'Sim,
mas não católicos romanos'".
O
missionário explicou: "Pois somos católicos no sentido em que cremos que
há uma só igreja". A palavra "católico" significa geral, ou
igreja cristã universal. Há uma só igreja que é a igreja do Senhor Jesus
Cristo. Somente não disse que era católico romano\m
"Houve
conversões em massa pelo fato de havermos pregado a Palavra e não contra as
religiões ou a respeito daquilo que as pessoas tinham que deixar".
O
missionário disse: "Por exemplo, lembro-me de uma mulher que tinha por
volta de sessenta anos, que veio falar comigo logo depois de ter sido salva e
cheia do Espírito Santo. Ela disse: 'Desde que comecei a vir aqui, raramente
tenho ido à missa. Penso em não ir mais lá. O que você acha que devo
fazer?'"
O
missionário respondeu: "Não tenho nenhuma sugestão. Siga suas próprias
convicções e deixe o Senhor dirigir sua vida".
Ele
disse: "Alguns dias depois ela me disse que reuniu todas as suas imagens e
as jogou no lixo, e deixou de ir à missa. Ela disse: 'Pretendo passar a
congregar em sua igreja'".
"Respondi:
Você ó bem-vinda, se o Senhor a orienta a tomar essa decisão".
A
maneira pela qual aquele missionário lidou com aquela situação foi muito mais
do que tentar dizer à mulher o que ela deveria fazer; ele permitiu que ela
fosse dirigida pelo Espírito Santo, que era o seu Guia (Jo 16.13).
Creio
que teríamos resultados muito melhores se usássemos um pouco de sabedoria
nestas áreas. Não é necessário lutar com ninguém, nem dizer às pessoas o que
elas devem deixar. Precisamos somente pregar-lhes a Palavra e ensinar-lhes a
respeito do que devem crer e confessar: Que Jesus é Senhor!
Lembro-me
que, por volta de 1942, li um artigo no "Evangelho Pentecostar a
respeito de um ministro que ganhara muitos católicos romanos para Jesus nos
Estados Unidos. Muitos queriam saber como ele conseguia, e assim seu testemunho
foi impresso neste periódico.
Ele
disse: "Em primeiro lugar, nunca diga às pessoas que elas estão erradas a
respeito de qualquer coisa. Não é bom discutir sobre religião. Você
simplesmente estaria desperdiçando o seu tempo".
Encontrava
algum lugar que pudesse reunir as pessoas. Chamava a atenção delas dizendo que
cria em Maria mais do que eles criam. Eles não entendiam, e queriam que eu lhes
explicasse".
"Então
ia ao livro de Atos e mostrava-lhes que Maria estava no cenáculo e foi cheia do
Espírito Santo. Dizia-lhes: 'Segui os passos de Maria, e também fui cheio do
Espírito falando em línguas também'".
Ele
disse: "Assim que os católicos vêem que Maria foi batizada com o Espírito
Santo, também estão prontos para passarem por esta experiência também! Eu não
digo a eles que primeiro eles têm que ser salvos; simplesmente peço para eles
dobrarem os seus joelhos para orarmos. Então, primeiro oramos a oração do pecador
e depois ministramos o batismo com o Espírito Santo com a evidência do falar em
línguas!"
Este
missionário usou de sabedoria. A Bíblia diz que precisamos ser prudentes e
sábios como as serpentes e simples como as pombas (Mt 10.16).
Ele
não pregava para as pessoas deixarem algumas coisas a fim de serem salvas; ele
somente pregava Jesus para essas pessoas.
tòa
última igreja que pastoreei, visitei a casa de um casal. A esposa era salva,
mas o marido não. Assim, convidei-o para ir à igreja.
Ele
me disse: "Não, não irei", embora já tivesse ido à igreja antes. Ele
foi tão hostil que pensei ter feito algo que o tivesse desagradado. Assim, pedi
desculpas.
Ele
disse: "Não, irmão Hagin, não é com você. Direi a você porque não quero ir
à igreja. Quero ir lá somente debaixo de arrependimento".
Continuou:
"Minha esposa nessa manhã me perguntou porque não desisto disso e daquilo
para então ser salvo. Ela não o sabe, mas lá algumas semanas atrás desisti
dessas coisas, mas não consegui continuar e por isso tive que voltar atrás.
Tenho tentado e não tem sentido então de ir à igreja, pois não parece que conseguirei
deixar essas coisas".
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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