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3 de janeiro de 2017

Geografia Bíblica - Teologia 25.45 - Os gregos e os Judeus

 Geografia Bíblica - Teologia 25.45


IV - OS GREGOS E OS JUDEUS

De acordo com alguns historiadores, o contato de Ale­xandre Magno com os judeus foi rápido e emocionante. O cronista hebreu Flávio Josefo narra-nos este encontro: "Dario, tendo sabido da vitória obtida por Alexandre sobre seus generais, reuniu todas as forças, para marchar contra ele, antes que se tornasse Senhor de toda a Ásia; depois de ter passado o Eufrates e o monte Tauro, que está na Cilícia, resolveu dar-lhe combate. Quando Sanabaleth viu que ele se aproximava de Jerusalém, disse a Manasses que cumpriria sua promessa logo que Dario tivesse vencido Alexandre, pois ele, e todos os povos da Ásia estavam con­victos de que os macedônios, sendo em tão pequeno núme­ro, não ousariam combater contra o formidável exército dos persas. Mas os fatos mostraram o contrário. A batalha travou-se: Dario foi vencido com graves perdas; sua mãe, sua mulher e seus filhos ficaram prisioneiros e ele foi obri­gado a fugir para a Pérsia. Alexandre, depois da vitória, chegou à Síria, tomou Damasco, apoderou-se de Sidom e sitiou Tiro. Durante o tempo em que ele esteve empenhado nessa empresa, escreveu a Jaddo, Grão-Sacrificador dos judeus, pedindo-lhe três coisas: auxílio, comércio livre com seu exército e o mesmo auxílio, que ele dava a Dario, garantindo-lhe que se o fizesse, não teria de que se arrepen­der, por ter  preferido sua amizade à dele.  O Grão-Sacrificador respondeu-lhe que os judeus tinham prometi­do a Dario, com juramento, jamais tomar as armas contra ele e por isso não podiam fazê-lo, enquanto ele vivesse. Alexandre ficou tão irritado com esta resposta, que man­dou dizer-lhes que logo que tivesse tomado Tiro, marcha­ria contra ele, com todo o seu exército, para ensinar-lhe, e a todos, a quem é que se devia guardar um juramento. Ata­cou Tiro com tanta força, que dela logo se apoderou; de­pois de ter regularizado todas as coisas, foi sitiar Gaza onde Bahémes governava em nome do Rei da Pérsia.
"Voltemos, porém, a Sanabaleth. Enquanto Alexan­dre ainda estava ocupado do cerco de Tiro, ele julgou que o tempo era próprio para realizar seu intento. Assim, aban­donou o partido de Dario e levou oito mil homens a Ale­xandre. O grande príncipe recebeu-o muito bem; disse-lhe então ele que tinha um genro de nome Manasses, irmão do Grão-Sacrificador dos judeus, que vários daquela nação se tinham juntado a ele pelo afeto que ele lhes tinha e que ele desejava construir um templo perto de Samaria; que S. Majestade disso poderia tirar grande vantagem, porque as­sim dividiria as forças dos judeus e impediria que aquela nação pudesse se revoltar por inteiro e causar-lhe dificul­dades, como seus antepassados tinham dado aos reis da Síria. Alexandre consentiu no seu pedido; mandou que se trabalhasse com incrível diligência na construção do tem­plo e constituiu Manasses Grão-Sacrificador; Sanabaleth sentiu grande alegria por ter granjeado tão grande honra aos filhos que ele teria de sua filha. Morreu, depois de ter passado sete meses junto de Alexandre no cerco de Tiro e dois no de Gaza. Quando este ilustre conquistador tomou esta última cidade, avançou para Jerusalém e o Grão-Sacrificador Jaddo, que bem conhecia a sua cólera contra ele, vendo-se com todo o povo em tão grave perigo, recor­reu a Deus, ordenou orações públicas para implorar o seu auxílio e ofereceu-lhe sacrifícios. Deus apareceu-lhe em so­nhos na noite seguinte e disse-lhe para espalhar flores pela cidade, mandar abrir todas as portas e ir revestido de seus hábitos pontificais, com todos os sacrificadores, também assim revestidos e todos os demais, vestidos de branco, ao encontro de Alexandre, sem nada temer do soberano, por que ele os protegeria.
"Jaddo comunicou com grande alegria a todo o povo a revelação que tivera e todos se preparam para esperar a vinda do rei. Quando se soube que ele já estava perto, o Grão-Sacrificador, acompanhado pelos outros sacrificadores e por todo o povo, foi ao seu encontro, com essa pompa tão santa e tão diferente da das outras nações, até o lugar denominado Sapha, que, em grego, significa mirante, por­que de lá se podem ver a cidade de Jerusalém e o templo. Os fenícios e os caldeus, que estavam no exército de Ale­xandre, não duvidaram de que na cólera em que ele se achava contra os judeus ele lhes permitiria saquear Jerusa­lém e dai ia um castigo exemplar ao Grão-Sacrificador. Mas aconteceu justamente o contrário, pois o soberano apenas viu aquela grande multidão de homens vestidos de branco, os sacrificadores revestidos com seus paramentos de Unho e o Grão-Sacrificador, com seu éfode, de cor azul, adornado de ouro, e a tiara sobre a cabeça, com uma lâmi­na de ouro sobre a qual estava escrito o nome de Deus, aproximou-se sozinho dele, adorou aquele augusto nome e saudou o Grão-Sacrificador, ao qual ninguém ainda havia saudado. Então os judeus reuniram-se em redor de Ale­xandre e elevaram a voz, para desejar-lhe toda sorte de fe­licidade e de prosperidade. Mas os reis da Síria e os outros grandes, que o acompanhavam, ficaram surpresos, de tal espanto que julgaram que ele tinha perdido o juízo. Parmênio, que gozava de grande prestígio, perguntou-lhe como ele, que era adorado em todo o mundo, adorava o Grão-Sacrificador dos judeus. Não é a ele, respondeu Ale­xandre, ao Grão-Sacrificador, que eu adoro, mas é a Deus de quem ele é ministro. Pois quando eu ainda estava na Macedônia e imaginava como poderia conquistar a Ásia, ele me apareceu em sonhos com esses mesmos hábitos e me exortou a nada temer; disse-me que passasse corajosamen­te o estreito do Helesponto e garantiu-me que ele estaria à frente de meu exército e me faria conquistar o império dos persas. Eis por que, jamais tendo visto antes a ninguém re­vestido de trajes semelhantes aos com que ele me apareceu em sonho, não posso duvidar de que foi por ordem de Deus que empreendi esta guerra e assim vencerei a Dario, des­truirei o império dos persas e todas as coisas suceder-me-ão segundo meus desejos.
"Alexandre, depois de ter assim respondido a Parmênio, abraçou o Grão-Sacrificador e os outros sacrificadores, caminhou depois no meio deles até Jerusalém, subiu ao templo, ofereceu sacrifícios a Deus da maneira como o Grão-Sacrificador lhe dissera que devia fazer. O soberano Pontífice mostrou-lhe em seguida o livro de Daniel no qual estava escrito que um príncipe grego destruiria o império dos persas e disse-lhe que não duvidava de que era ele de quem a profecia fazia menção.
"Alexandre ficou muito contente; no dia seguinte, mandou reunir o povo e ordenou-lhe que dissesse que favo­res desejava receber dele. O Grão-Sacrificador respondeu-lhe que eles lhe suplicavam permitir-lhes viver segundo suas leis, e as leis de seus antepassados e isentá-los no séti­mo ano, do tributo que lhe pagariam durante os outros. Ele concedeu-lho. Tendo-lhe, porém, eles pedido que os judeus que moravam na Babilônia e na Média, gozassem dos mes­mos favores, ele o prometeu com grande bondade e disse que se alguém desejasse servir em seus exércitos ele o per­mitiria viver segundo sua religião e observar todos os seus costumes. Vários então alistaram-se."
Após a morte de Alexandre Magno, como já dissemos,
O Império Grego foi dividido entre quatro generais: Lísimaco, Cassandro, Ptolomeu e Seleuco. Ambiciosos, auto-coroaram-se e trataram de solidificar seus reinos. Seus inte­resses entrechocaram-se muitas vezes, ocasionando violen­tas escaramuças. Esses potentados subsistiram até a as­censão do Império Romano.
Deter-nos-emos, entretanto, apenas nas crônicas ptolomaicas e selêucidas, por causa de seu relacionamento com os filhos de Israel.

Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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