Geografia Bíblica - Teologia 25.154
I - A FAMÍLIA HEBRAICA
Para os hebreus, a família é de origem
divina. E, de fato, o é. Disse o Senhor ao criar os primeiros representantes
da raça humana: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre
o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.
E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os
criou. E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e
enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves
dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra" (Gn 2.26-28).
A importância da família para o judeu é
indiscutível. É considerada mais importante que o próprio indivíduo. Honoré de
Balzac, a propósito, escreveu: "Por isso considero a Família e não o
indivíduo o verdadeiro elemento social. Sob esse ponto de vista, arriscando
ser olhado como um espírito retrógrado, tomo lugar ao lado de Bossuet e de
Bonald, em vez de andar com os inovadores modernos."
Henri Daniel-Rops ressalta o valor da
unidade familiar em Israel: "Quando o jovem -Jacó foi procurar seu tio
Labão em Harã, a fim de encontrar trabalho e uma esposa; Labão, ao reconhecê-lo
como membro de sua família, exclamou: 'É meu osso e minha carne'. Este
símbolo, tão típico do estilo bíblico, era muito usado pelo povo do Livro, e
correspondia à realidade. A família era em Israel a base vital da sociedade, a
pedra fundamental de todo o edifício. Nos primeiros tempos ela formava até
mesmo uma entidade separada sob o ponto de vista da Lei, uma parte da tribo; na
época de Cristo era talvez mais frágil do que nos dias dos patriarcas, quando o
indivíduo não tinha
valor algum em comparação, mas era ainda
muitíssimo importante. Os membros da família sentiam-se realmente como sendo da
mesma carne e sangue; e ter o mesmo sangue significava ter a mesma alma. A
legislação tomara este princípio como base, desenvolvendo-se a partir dele. A
Lei multiplicara, também, suas ordens, a fim de manter a permanência, a pureza
e a autoridade da família. Enquanto os judeus desejassem permanecer fiéis à Lei
(e isto era quase universal) eles jamais deixariam de admitir o lugar predominante
da família na sociedade."
Prossegue Henri Daniel-Rops: "A
família não era apenas uma entidade social, mas também uma comunidade
religiosa, com suas festas particulares, em que o pai era o celebrante enquanto
os demais membros participavam. Algumas das importantes cerimônias exigidas na
Lei tinham um forte caráter familiar - a Páscoa, por exemplo, tinha de ser
celebrada em família. O
elo religioso familiar era tão vigoroso que nos evangelhos e no livro de Atos
vemos que os pais que aceitavam os ensinamentos de Cristo levavam com eles a
família inteira."
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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