Geografia Bíblica - Teologia 25.183
VI - O CISMA ISRAELITA
Aproveitando-se dessa situação caótica,
Jeroboão assume a liderança das tribos descontentes. E, assim, em 923 a .C, o Reino de Israel
divide-se. As tribos de Judá e Benjamim permanecem fiéis à dinastia davídica.
Entretanto, as do Norte, encabeçadas por Efraim, formam um novo reino.
As duas facções, a partir de então,
ficaram conhecidas, respectivamente, como Israel e Judá. Acerca do cisma
israelita, escreve Antônio Neves de Mesquita: "O império, que Salomão
tinha erigido com tanto gáudio, estava à beira do abismo. Não só o desprezo de
Roboão às aspirações do povo constituía motivo relevante para modificação na
política fiscal, mas também as sementes de discórdia interna deviam ser
contornadas. A união entre as tribos fora mais fictícia que real. Havia entre o
Norte e o Sul profundas desinteligências geradas pela situação favorável que
os sulistas gozavam por sua proximidade com a capital política e religiosa,
como também por motivo puramente geográfico. Os nortistas eram meio
internacionalistas, mais frios para a religião', menos patriotas e pouco
afeiçoados aos reis. Em contato direto com os fenícios, os sírios e outros
povos do norte, sentiam menos as influências centralistas. Enquanto ocupava o
trono um homem como Salomão, era natural que a união persistisse; depois seria
difícil manter esta união e solidariedade política. Seria preciso que um
grande e hábil político subisse ao poder, para manter unidos os elementos
desintegralizadores. Este homem não era Roboão."
Reino dividido entre as
tribos do Norte e as do Sul
Com grande precisão, Mesquita fala,
agora, sobre as pretensões dos efraimitas: "A tribo de Efraim era a tribo
líder do Norte, enquanto a de Judá era líder do Sul. Estas rivalidades, tanto
tribais como geográficas, foram sopitadas, enquanto o trono foi ocupado por
monarcas da envergadura de Davi e de Salomão. Depois tudo se definiu e as
diferenças apareceram. Às ambições destas tribos, acrescentem-se as
circunstâncias, tanto geográficas como culturais, que determinavam as
diferenças entre o povo, e teremos a explicação do panorama conhecido pelos
leitores da Bíblia. Dentro deste pequeno território encontravam-se quase todas
as variedades de clima, flora e fauna. A população variava na proporção das
diferenças climatéricas. A leste do Jordão ficava a terra dos pastores, onde
continuavam a dominar os beduínos. Nos vales, a oeste do mesmo Jordão, ficavam
os agricultores, enquanto que nas cidades das fronteiras do Oeste, junto às
grandes estradas, havia um princípio de comércio bem desenvolvido. Enquanto isso,
em volta do mar da Galiléia, alinhavam-se as vilas de pescadores. Havia, pois,
todos os tipos de civilização, desde o tipo pastoril nomádico, o agricultural
e o comercial, até o de pescadores. A população era uma mistura de interesses
variados, e somente a sua topografia, exposta a todos os perigos, podia
realizar o milagre de sua unidade, constituindo Israel um regime centralizado e
militar. Quando acontecia que uma dinastia se tornava fraca, um homem forte e
valente tomava o trono. Daí ter sido a história de Israel do Norte de sangue e
de rebeliões, com assassinatos, em que aventureiros, saídos tanto do exército
como de outras camadas, assaltavam o trono e estabeleciam precárias dinastias.
Com tal heterogeneidade, era de se esperar que uma oportunidade espreitasse a
ruptura dos laços que uniam o Norte ao Sul."
Mapa da divisão natural da
Palestina antiga
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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