Hermenêutica - Teologia 29.10
VALOR DOS EVANGELHOS
Os Evangelhos são livros históricos? Jesus
Cristo viveu realmente? Disse tudo
aquilo que foi escrito?
Em primeiro lugar, dizemos que os
Evangelhos, muito mais do que narrativas de fatos históricos, eles são baseados
em fatos históricos, fundamentados no fato histórico da vida e obra de Jesus
Cristo. Não se pode provar fato por fato, ou seja, com todas as minúcias. Mas
não se pode negar o valor histórico geral dos fatos, por exemplo, que Cristo
fez milagres. O modo como os autores escrevem, os costumes, a cultura, as
palavras, a mentalidade, corresponde às das pessoas que viviam naquela época.
Os impostos e as leis, as religiões (saduceus,
publicanos, fariseus, zelotes...), as cidades e aldeias da época, a
personalidade de Cristo (ás vezes contradizendo o que era comum na época), a
originalidade de Jesus, etc, tudo isso forma um conjunto de fatos que seriam
quase impossíveis de inventar mais tarde, organizados com tanta coerência e
perfeição. Outros fatos que não se concebe terem sido simplesmente inventados,
mesmo por pessoas que acreditassem neles: a paixão, a morte e a ressurreição.
Hoje a cruz é glória e símbolo, mas na época era a mais humilhante das
condenações. A história da paixão seria contraproducente, vergonhosa para quem
queria apregoar aquela doutrina. A covardia dos Apóstolos ao abandonarem o
Mestre... Estas coisas, decididamente não seriam perpetradas por quem aceitava
Cristo. Eles se esforçaram por justificar estes fatos associando com as profecias
do AT, muitas vezes apenas por acomodação, por coincidência.
Finalmente, podemos dizer: os Evangelhos não
são livros históricos no sentido que se entende esta palavra atualmente, mas
seguramente são baseados em acontecimentos históricos. Alguns autores, além dos
evangelistas, falaram de Jesus. Flávius Josephus, fariseu, historiador
contemporâneo de Jesus, conta detalhes daquele tempo, embora com aspecto
tendencioso para a ótica dos fariseus, mas isto era mesmo de se esperar, isto
é, que ele não falasse mais de Jesus e de outros movimentos messiânicos, é
preciso se notar que em vista da dominação dos romanos, ele foi cauteloso para
não assustá-los escrevendo sobre estes movimentos considerados por eles
'subversivos'. Assim, só trataram mais sobre Jesus os que se interessavam por
ele (os apóstolos, no caso). Também Tácito, historiador romano, escreveu os
"Anais" no tempo de Trajano (116/117) e fala na execução de Cristo e
no surgimento do Cristianismo. Portanto, mesmo outras pessoas que não eram cristãos
dão testemunho da vida, paixão e morte de Cristo.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
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