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29 de abril de 2017

Hermenêutica - Teologia 29.20 - A Hermenêutica Alegórica

Hermenêutica - Teologia 29.20
 
1. A Hermenêutica Alegórica

Trata-se de um dos métodos de interpretação mais antigos. Fortemente influenciados pelo platonismo e pelo alegorismo judaico, os defensores desse método de interpretação atribuíam diversos sentidos ao texto das Escrituras, enfatizando o sentido chamado de alegórico.

Clemente de Alexandria (†215) e Orígenes (†254) são os dois principais nomes da escola alegórica de Alexandria, no Egito.

Clemente identificava cinco sentidos para um dado texto das Escrituras:
1) histórico,
2) doutrinário,
3) profético,
4) filosófico e
5) místico.

Orígenes distinguia três níveis de sentidos:
1) o literal, ao nível do corpo,
2) o moral, ao nível da alma, e
3) o alegórico, ao nível do espírito.

A hermenêutica alegórica prevaleceu durante toda a Idade Média, especialmente em sua forma quádrupla. Sua origem é provavelmente o sistema hermenêutico de Agostinho. Segundo este método, as passagens das Escrituras teriam quatro sentidos: um sentido literal, e três sentidos espirituais: moral, alegórico e anagógico. O sentido literal seria o registro do que aconteceu (o fato); o sentido moral conteria uma exortação quanto à conduta (o que fazer); o sentido alegórico ensinaria uma doutrina a ser crida (o que crer); e o sentido anagógico apontaria para uma promessa a ser cumprida (o que esperar). Assim, uma referência bíblica sobre a água, teria um sentido literal (a água), um sentido moral (exortação a uma vida pura), um sentido alegórico (o sacramento do batismo), e um sentido anagógico (a água da vida na Nova Jerusalém). (Nota 4)

Este método pode fornecer esplêndidas interpretações, mas rouba o real significado do texto, desviando a atenção do leitor do seu verdadeiro sentido, que o Espírito Santo intentou transmitir.

O caráter deste método de interpretação fica manifesto na conhecida interpretação alegórica de Orígenes (Nota 5) da parábola do bom samaritano (Lc 10.30-37). Segundo ele, o homem atacado pelos ladrões simbolizava Adão (a humanidade);

Jerusalém, os céus; Jericó, o mundo; os ladrões, o diabo e suas hostes; o sacerdote, a lei; o levita, os profetas; o bom samaritano, Cristo: o animal sobre o qual foi colocado o homem ferido, o corpo de Cristo (que suporta o Adão caído); a estalagem, a igreja; as duas moedas, o Pai e o Filho; e a promessa do bom samaritano de voltar, a segunda vinda de Cristo. (Nota 6)

Outro exemplo do caráter desse método de interpretação pode ser percebido nas diferentes interpretações alegóricas atribuídas às duas moedas mencionadas nessa
parábola: o Pai e o Filho, o Antigo e o Novo Testamento, os dois mandamentos do amor (a Deus e ao próximo), fé e obras, virtude e conhecimento, o corpo e o sangue de Cristo, etc.

Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine o nosso entendimento
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