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2 de maio de 2018

História De Israel – Teologia 31.134 (Livro 12 Cap 4) JOSÉ, SOBRINHO DO SUMO SACERDOTE ONIAS, OBTÉM DE PTOLOMEU, REI DO EGITO, O PERDÃO PARA O TIO, CONQUISTA AS BOAS GRAÇAS DO PRÍNCIPE E FAZ GRANDE FORTUNA. HIRCANO, FILHO DE JOSÉ, COLOCA-SE TAMBÉM OTIMAMENTE NO ESPÍRITO DE PTOLOMEU. MORTE DE JOSÉ.

História De Israel – Teologia 31.134

 
CAPÍTULO 4

JOSÉ, SOBRINHO DO SUMO SACERDOTE ONIAS, OBTÉM DE PTOLOMEU, REI
DO EGITO, O PERDÃO PARA O TIO, CONQUISTA AS BOAS GRAÇAS DO PRÍNCIPE
E FAZ GRANDE FORTUNA. HIRCANO, FILHO DE JOSÉ, COLOCA-SE TAMBÉM
OTIMAMENTE NO ESPÍRITO DE PTOLOMEU. MORTE DE JOSÉ.

459.  José, filho de Tobias e de uma irmã de Onias, o qual, embora muito jovem, era tão sensato e virtuoso que todos o honravam em Jerusalém, tendo sabido de sua mãe, no seu país natal, de nome Ficola, que chegara um homem da parte do rei para o fim de que falamos, foi imediatamente ter com Onias, seu tio, e disse-lhe que era estranho que, tendo sido escolhido pelo povo para a honra do sumo sacerdócio, tivesse tão pouco interesse pelo bem público, a ponto de não temer colocar todos os seus concidadãos em perigo por não pagar o que devia. Se a sua paixão pelo dinheiro era tão grande que o fazia desprezar os interesses do país, ele devia pelo menos ir ter com o rei e pedir-lhe que perdoasse toda ou parte da soma a pagar.
Onias respondeu-lhe que pouco se importava com o sumo sacerdócio e preferia renunciá-lo a procurar o rei. José, então, rogou que lhe permitisse falar ao rei em nome dos habitantes de Jerusalém. Tendo obtido com facilidade a permissão, mandou reunir todo o povo no Templo e disse-lhes que a negligência de seu tio não os devia atemorizar e que se oferecia para ir falar com o rei, da parte deles, a fim de provar-lhe que nada haviam feito que pudesse desagradá-lo. O povo agradeceu-lhe muito, e José foi imediatamente procurar o deputado do rei, levou-o à sua casa, tratou-o bem durante alguns dias, deu-lhe muitos presentes e disse que o seguiria até o Egito. Tanta delicadeza, unida à franqueza e às excelentes qualidades de José, ganharam de tal modo o coração de Ateniom que ele mesmo o exortou a fazer aquela viagem e prometeu-lhe uma boa ajuda, a fim de que ele sem dificuldade conseguisse do rei tudo o que desejava.
Quando o deputado regressou para junto do rei, censurou muito a ingratidão de Onias, mas não poupou elogios a José e garantiu-lhe as razões do povo, cuja defesa fora obrigado a empreender por causa da negligência do tio. O mesmo deputado continuou a prestar tão bons serviços a José que o rei e a rainha Cleópatra, sua mulher, conceberam grande afeto por ele, mesmo antes de tê-lo visto. José arranjou dinheiro com amigos que tinha em Samaria. Empregou vinte mil dracmas nos pre-parativos e partiu para Alexandria. Encontrou no caminho os mais ilustres das cidades da Síria e da Fenícia, que iam tratar com o rei sobre o tributo que deviam pagar, o qual o príncipe impunha todos os anos aos mais ricos. Eles zombaram da pobreza de José, e aconteceu que, quando chegaram, o rei voltava de Mênfis.
José foi à sua presença e encontrou-o ainda no carro com a rainha sua esposa. Ateniom lá estava também e, logo que viu José, disse ao rei que era aquele o judeu de quem havia falado. O rei saudou-o, pediu que subisse ao carro e fez-lhe amargas queixas de Onias. José respondeu que o rei devia perdoar a velhice do tio, pois os velhos em nada diferem das crianças, e que ele e todos os outros, que eram jovens, nada fariam que pudesse desagradá-lo. Essa resposta tão sensata aumentou ainda a afeição que o rei já concebera por ele. Ordenou que o alojassem no palácio e convidou-o à sua mesa. Isso causou não pouco desprazer aos sírios que José havia encontrado no caminho.
No dia da adjudicação dos tributos, os da Síria, da Fenícia, da judéia e de Samaria, todos juntos, chegaram à soma de oito mil talentos. José, então, censurou-os por se reunirem para contribuir com tão pouco e ofereceu-se para dar duas vezes aquela importância e deixar ainda, em favor do rei, o confisco dos condenados, do qual pretendiam aproveitar-se. O rei viu com prazer que José aumentava as suas rendas, mas perguntou que cauções oferecia. José respondeu, com gentileza, que eram muito boas, as quais o rei não poderia recusar. O rei pediu-lhe que as apresentasse, e ele disse: "Minhas cauções, majestade, serão vossa majestade e a rainha, pois ambos respondereis por mim". O príncipe sorriu e adjudicou-lhe os tributos sem exigir caução. Assim, os homens ilustres das outras cidades, que também estavam ali, voltaram confusos para os seus países.
José tomou depois dois mil homens das tropas do rei, a fim de forçar os recusantes a pagar os tributos, e, depois de entregar a Alexandre quinhentos talentos da parte dos que estavam em melhor condição na corte, foi para a Síria. Os habitantes de Asquelom foram os primeiros a desprezar as suas ordens. E, não se contentando em não querer pagar, ultrajaram-no com palavras. Mas ele soube castigá-los. Ordenou imediatamente a prisão de vinte dos principais do povo e os mandou matar. Depois escreveu ao rei, para prestar contas do que havia feito, e enviou-lhe mil talentos, provenientes do confisco. O príncipe ficou tão satisfeito com o seu proceder que o elogiou magnificamente e permitiu que, dali por diante, fizesse do confisco o uso que desejasse.
O castigo dos ascalonitas encheu de temor as outras cidades da Síria, que lhe abriram as portas e pagaram o tributo sem dificuldade alguma. Os habitantes de Citópolis, contudo, também recusaram pagar e igualmente ultrajaram José. Ele os tratou como aos ascalonitas e enviou também ao rei o que obteve do confisco. Aumentando as rendas do rei, fez a si mesmo um grande benefício. E, como era muito sensato, julgou dever servir-se disso para aumentar o próprio prestígio. Por isso, não se contentou em dar inteira satisfação ao príncipe, mas fez grandes pre-sentes aos que desfrutavam o favor do soberano e aos mais ilustres da corte.
460. José passou vinte e dois anos desse modo, sempre em franca prosperidade. Teve sete filhos de uma esposa e um oitavo, de nome Hircano, de outra, que era filha de Solim, seu irmão, e que desposara como vou narrar. Partiu ele para Alexandria com Solim, que para lá levara a filha a fim de casá-la com alguma personalidade importante de sua nação. José ceava com o rei, e uma jovem muito bela dançou com tanta graça diante do príncipe que conquistou o coração de José. Ele falou com o irmão e rogou-lhe que, como a sua lei não lhe permitia desposá-la, providenciasse um meio para que pudesse tê-la como senhora. Solim o prometeu, mas à noite, em vez disso, mandou colocar na cama de José a própria filha, muito bem trajada. José, que naquele dia estava muito contente, não percebeu a fraude.
O amor de José aumentou ainda mais, e ele disse ao irmão que, não podendo vencer aquela paixão, temia que o rei não lhe quisesse mais dar aquela jovem. Solim disse-lhe para não ficar apreensivo, pois poderia, sem temor, satisfazer o seu desejo e desposá-la. Disse-lhe depois quem ela era e de como preferira permitir que a própria filha sofresse aquela vergonha a deixar que ele se submetesse a outra ainda maior. José agradeceu-lhe o afeto demonstrado e desposou a filha dele, da qual teve Hircano, de quem acabamos de falar. Este demonstrou, desde a idade de treze anos, tanta inteligência e sabedoria que sobrepujava todos os outros irmãos. Mas as suas excelentes qualidades, em vez de fazê-lo amado, despertaram neles ódio e inveja.
José, querendo saber qual dos filhos do primeiro matrimônio era o melhor, mandou educá-los e instruí-los com grande cuidado por excelentes mestres. Eram, porém, tão preguiçosos que voltaram dos estudos tão ignorantes como quando partiram. Mandou depois Hircano, que era o mais jovem de todos, com trezentos pares de bois para o deserto, a sete dias dali, a fim de fazê-lo trabalhar a terra e semeá-la, mas deu ordem para que, secretamente, se tirassem os arreios necessários para os atrelar. Assim, quando Hircano chegou ao lugar determinado, aconselharam-no a voltar ao seu pai para obter os arreios. Como, no entanto, ele não queria perder tempo, serviu-se de um expediente que superava a sua idade. Mandou matar uns vinte daqueles bois, deu a car-ne para os servos comerem e usou o couro para fazer os arreios. Assim, arou e semeou a terra. O pai, ao regresso dele, abraçou-o e o louvou muito por aquela atitude. Essa demonstração de juízo e inteligência aumentou ainda mais o afeto que o pai sentia por ele, e José sempre o amou como se fosse o único filho. Entretanto crescia cada vez mais entre os irmãos de Hircano o despeito e a inveja.
A notícia de que o rei Ptolomeu tivera mais um filho causou muita alegria e regozijo em toda a Síria. Os mais ilustres do país foram, por esse motivo, com grande aparato a Alexandria. José foi obrigado a ficar, por causa da idade avançada, mas pediu aos filhos do primeiro matrimônio que fizessem aquela viagem. Eles não quiseram ir porque, diziam, não conheciam os costumes da corte nem sabiam tratar com os reis, mas que ele poderia enviar Hircano, o irmão mais moço. José ficou muito satisfeito com essa proposta e perguntou a Hircano se estava disposto a ir. Ele respondeu que sim e que dez mil dracmas lhe seriam suficientes, porque não queria fazer muitas despesas. Quanto aos presentes que devia oferecer ao rei, julgava que não seria preciso enviá-los por ele, mas poderia mandar que lhe fosse entregue em Alexandria o dinheiro necessário para comprar algo raro e de grande valor e oferecê-lo, de sua parte, ao príncipe.
O pai, que era bom administrador, ficou tão satisfeito com a moderação e sabedoria do filho que julgou que dez talentos bastariam para os presentes e escreveu a Ariom que os entregasse. Ariom era o encarregado de manusear todo o dinheiro que se mandava da Síria para Alexandria para pagar ao rei os tributos quando o prazo expirasse. Passavam-lhe todos os anos pelas mãos mais ou menos três mil talentos. Hircano partiu com as cartas e, chegando a Alexandria, entregou-as a Ariom. Este perguntou a Hircano quanto iria querer, julgando que ele pediria dez talentos ou um pouco mais. Mas ele exigiu mil talentos.
O homem ficou tão encolerizado que o repreendeu, dizendo-lhe que, em vez de seguir o exemplo do pai, que economizara e ajuntara riquezas com trabalho e moderação, ele queria gastá-las em superfluidades e em coisas desnecessárias e que só lhe daria dez talentos, conforme a ordem recebida e ainda com a condição de serem empregados unicamente na compra de presentes para o rei. Hircano, irritado com essa resposta, mandou prender Ariom, mas como esse homem tinha grande prestígio perante a rainha Cleópatra, mandou a esposa procurá-la para informar o que se passava e suplicar que mandasse castigar tão grande insolência.
A princesa falou com o rei, que logo mandou perguntar a Hircano por que, tendo sido enviado a ele por seu pai, não viera ainda cumprimentá-lo e por que mandara colocar Ariom na prisão. Ele respondeu que a lei de seu país proibia aos filhos de família provar carnes imoladas antes que entrassem no Templo para oferecer sacrifícios a Deus, e ele julgara que não devia comparecer diante de sua majestade até poder oferecer os presentes de que seu pai o havia encarregado, nara demonstrar o seu reconhecimento pelos favores que devia ao soberano.
Quanto a Ariom, ele o havia castigado com justiça por não ter querido obedecer-lhe, pois os senhores, quer grandes, quer pequenos, têm igual poder sobre os seus servidores, e, se os particulares não fossem obedecidos pelos seus senhores, os próprios reis poderiam ser desprezados pelos seus súditos. O rei sorriu e admirou a resolução do moço. Assim, Ariom não fez mais oposição a ele e, para sair da prisão, entregou os mil talentos que ele pedia.
Três dias depois, Hircano foi prestar a sua homenagem ao rei e à rainha, que o receberam muito favoravelmente, concedendo-lhe a grande honra de comer à sua mesa, pelo afeto que nutriam por seu pai. Ele comprou depois secretamente cem moços belos e apresentáveis e instruídos nas letras, que lhe custaram um talento cada um, e também cem moças, pelo mesmo preço. O rei, em seguida, deu um banquete aos mais ilustres de suas províncias e mandou convidá-lo, porém o colocaram no lugar mais afastado. Os outros convidados desprezavam-no por sua pouca idade e por isso puseram diante dele os ossos das iguarias que haviam comido, sem que Hircano se mostrasse ofendido.
Então, um certo Trifom, que fazia alarde ao zombar de todos e divertia o rei com os seus chistes, disse, para fazer rir os convidados: "Majestade! Veja a quantidade de ossos que está diante de Hircano e poderá assim imaginar de que maneira o seu pai rói toda a Síria". Essas palavras provocaram gargalhadas, e o rei perguntou a Hircano como é que ele tinha diante de si tantos ossos. Respondeu ele: "Vossa majestade não se deve admirar, pois os cães comem os ossos com a carne, como vossa majestade pode ver que fizeram os que estão à mesa" — e indicou os convidados —, "pois nada mais resta diante deles. Mas os homens se contentam em comer a carne e deixar os ossos, como eu fiz, pois sou homem". O rei ficou tão satisfeito com essa resposta que proibiu aos convidados se ofenderem.
No dia seguinte, Hircano foi à casa dos mais estimados pelo rei e perguntou aos servidores que presentes os seus amos haviam preparado para dar ao rei pelo nascimento do príncipe seu filho. Disseram-lhe que uns dariam doze talentos, outros, um pouco mais ou um pouco menos, cada qual segundo as suas posses. Ele fingiu-se aborrecido porque, dizia, não tinha meios para dar o mesmo e apenas poderia oferecer-lhe cinco. Os servidores contaram tudo aos seus senhores, que se alegraram, convencidos de que o rei ficaria insatisfeito ao receber de Hircano um presente tão mesquinho.
Chegou o dia, e os que maior presente deram ao rei ofereceram-lhe vinte talentos. Hircano ofereceu ao príncipe os cem moços que havia comprado, cada qual apresentando-lhe um talento, e à rainha, as cem moças de que falamos, cada uma delas entregando também o mesmo presente à soberana. O rei, a rainha e toda a corte ficaram extraordinariamente admirados com tão grande e surpreendente magnificência. Mas Hircano não se limitou a isso. Deu também presentes de grande valor aos que desfrutavam maior prestígio perante o rei e aos seus oficiais, a fim de que lhe fossem favoráveis e o salvassem do perigo em que o colocaram algumas cartas de seus irmãos, que pediam para a qualquer custo a sua morte.
O rei ficou tão comovido com a sua generosidade que lhe disse para pedir o que quisesse. Ele respondeu que desejava apenas que sua majestade escrevesse em seu favor ao seu pai e a seus irmãos. O príncipe o fez e escreveu também aos governadores de suas províncias, recomendando-o. E, depois de lhe dar provas de muito particular afeição, despediu-o com grandes presentes.
Os irmãos de Hircano souberam, com grande desprazer, da grande honra que o rei lhe prestara, e partiram ao seu encontro com a deliberação de matá-lo, sem que o pai se atrevesse a impedi-los, embora o soubesse, mas estava encole-rizado por haver ele gastado nos presentes tão grande soma de dinheiro. Só não ousava manifestar-se por temer o rei. Assim, os irmãos atacaram Hircano no caminho. Ele, porém, defendeu-se tão valentemente que matou dois deles e vários dos que os acompanhavam. O resto fugiu para Jerusalém, e Hircano ficou muito surpreso, quando lá chegou, por ver que ninguém o vinha receber. Então retirou-se para além do Jordão e ocupou-se em receber os tributos que os bárbaros deviam pagar.
Seleuco, cognominado Sóter, filho de Antíoco, o Grande, reinava então na Ásia. José, pai de Hircano, morreu nessa época, depois de recolher os tributos da Síria, da Fenícia e da Samaria durante vinte e dois anos. Era um homem de bem, de grande inteligência e tão hábil nos negócios que tirou os judeus da pobreza em que jaziam e os pôs em condições de viver comodamente. Onias, seu tio, morreu também pouco depois e deixou Simão, seu filho, como sucessor no sumo sacerdócio, o qual teve também um filho, de nome Onias, que o substituiu no cargo. Ario, rei da Lacedemônia,* escreveu-lhe a seguinte carta.

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* Ou Esparta.


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