História De Israel – Teologia 31.150
Livro Décimo Terceiro
CAPÍTULO 1
DEPOIS DA MORTE DE JUDAS MACABEU, JÔNATAS, SEU IRMÃO, É
ESCOLHIDO PELOS JUDEUS PARA GENERAL DE SUAS TROPAS. BACIDA,
GENERAL DO EXÉRCITO DE DEMÉTRIO, TENTA MATÁ-LO À TRAIÇÃO E,
NÃO
CONSEGUINDO, ATACA-O. GRANDE COMBATE E BELA RETIRADA DE
JÔNATAS.
OS FILHOS DE AMAR MATAM JOÃO, SEU IRMÃO. JÔNATAS SE VINGA.
BACIDA CERCA JÔNATAS E SIMÃO, SEU IRMÃO, EM BETALAGA.
ELES O OBRIGAM A LEVANTAR O CERCO.
495. 1 Macabeus 9. Vimos no livro precedente que os judeus
se libertaram da escravidão dos macedônios pela coragem e valor de Judas
Macabeu, que foi morto no último dos muitos combates nos quais se empenhara
para reconquistar a liberdade. Depois da perda desse generoso chefe, aqueles de
nossa nação que haviam abandonado as leis de seus pais fizeram mal, como nunca
antes, aos que permaneciam fiéis a Deus. E uma grande carestia afligiu de tal
modo a judéia que vários dentre aqueles passaram para os macedônios, a fim de
garantir a própria subsistência. Bacida entregou a esses desertores o encargo
dos negócios da província, e eles começaram por lhe entregar todos os que
puderam apanhar, tanto os amigos particulares de Judas Macabeu quanto os que
eram favoráveis ao seu partido. Não se contentando em mandá-los matar, o cruel
general valia-se de tormentos desconhecidos e inauditos.
Os judeus, vendo-se reduzidos à extrema miséria, qual nem
mesmo haviam sofrido após o cativeiro na Babilônia, e tendo motivo para temer a
completa ruína, pediram a Jônatas, irmão de judas, que imitasse o valor de seu
admirável irmão, o qual terminara a vida combatendo até o último suspiro pela
salvação de sua pátria, e não permitisse que toda a nação perecesse por falta
de um chefe tão competente quanto ele. Jônatas respondeu que estava pronto a
sacrificar a sua vida pelo bem público, e, como todos julgassem que não podiam
confiar o cargo a pessoa mais digna, escolheram-no para chefe com o
consentimento geral.
496. Bacida, apenas o soube, com medo de que jônatas
causasse tantas preocupações quanto o irmão ao rei e aos macedônios, resolveu
mandar matá-lo à traição. Mas Jônatas e Simão descobriram o seu intento e se
retiraram com vários dos de seu partido para o deserto próximo de Jerusalém,
detendo-se junto do lago de Asfar. Bacida, pensando que eles estavam com medo,
marchou imediatamente contra eles com todas as suas tropas e acampou além do
Jordão.
Quando Jônatas soube disso, enviou João, seu irmão,
cognominado Gadis, com a bagagem, aos árabes nabateenses, que eram seus amigos,
para lhes pedir que a guardassem até que tivessem terminado a luta com Bacida.
Porém os filhos de Amar saíram da cidade de Medeba e o atacaram, saquearam toda
a bagagem e o mataram, bem como a todos os que o acompanhavam. Tão negra ação
não ficou impune. Os irmãos de João tiraram vingança, como diremos em seguida.
Bacida, sabendo que Jônatas se retirara aos pantanais do
Jordão, escolheu o sábado para atacá-lo, na persuasão de que a observância da
Lei os impediria de combater. Jônatas fez ver aos seus que os inimigos que
tinham à frente e o rio, que estava por trás, tirando-lhes a passagem e os
meios de fuga, exigiriam deles toda a coragem e todo o empenho na luta, se
quisessem salvar-se de tão grande perigo. Em seguida, fez a Deus uma oração
para pedir-lhe a vitória e atacou os inimigos, matando vários deles. Bacida,
vendo-o aproximar-se de maneira tão ousada, reuniu todas as suas forças para
desferir-lhe um tremendo golpe. Jônatas, porém, o evitou e, percebendo que não
estava em condições de resistir por muito tempo a um inimigo tão numeroso,
lançou-se com o seu exército ao rio, passando-o a nado, o que os inimigos não
ousaram fazer.
Assim, Bacida, que perdeu no combate uns dois mil homens,
voltou para a fortaleza de Jerusalém e fortificou várias cidades que haviam
sido destruídas, isto é, Jerico, Emaús, Bete-Horom, Betei, Tamnata, Faraton,
Tefon e Gazara,* rodean-do-as com muralhas com torres grandes e fortes e
colocando nelas guarnições, a fim de poder usá-las como base nas incursões
contra os judeus. Fortificou de modo particular a fortaleza de Jerusalém, onde
mantinha prisioneiros os principais dos judeus, que lhe haviam sido entregues
como reféns.
________________
* Ou Cezer.
497. Por esse mesmo
tempo, Jônatas e Simão souberam que os filhos de Amar iriam levar, da cidade de
Gatala, com grande pompa e magnificência, a filha de um dos principais dos
árabes, que um deles recebera como noiva, para celebrar as bodas. Os dois
irmãos julgaram que não haveria ocasião melhor para vingar a morte de João, seu
irmão. Assim, marcharam com grandes forças para Medeba e puseram-se de
emboscada no monte que está à passagem. Logo que viram a noiva aproximar-se com
o noivo e seus amigos, atiraram-se sobre eles, mataram todos, levaram o que
eles tinham de mais precioso e voltaram, depois de se sentirem plenamente
vingados. Eles mataram cerca de qua-trocentos, entre homens, mulheres e
crianças, e sua moradia agora era nos pantanais do Jordão.
498. Bacida, depois
de colocar as guarnições na Judéia, voltou para visitar o rei Demétrio. Assim,
os judeus ficaram em paz durante dois anos. Mas os ímpios desertores, vendo que
Jônatas e os seus viviam tranqüilos, sem nada temer, foram pedir ao rei que
enviasse Bacida novamente, para os aprisionar, pois então nada seria mais fácil
que os surpreender durante a noite e matar todos eles. Bacida partiu, por ordem
do príncipe, e logo que chegou à Judéia escreveu aos seus amigos e aos judeus
que eram de seu partido, ordenando que prendessem Jônatas. Eles tudo fizeram
para consegui-lo, mas inutilmente, porque ele vivia de sobreaviso. Bacida ficou
de tal modo encolerizado contra aqueles falsos judeus, pensando que eles o
haviam enganado, bem como ao rei, que mandou matar uns cinqüenta dentre os
principais.
Jônatas e seu irmão, não se sentindo bastante fortes,
retiraram-se com os seus homens para uma aldeia do deserto, de nome Betalaga,*
e a rodearam com muralhas e fortificaram as torres, a fim de poderem ficar em
segurança. Bacida sitiou-os com todas as suas tropas e com os judeus de seu
partido, procurando atacá-los durante vários dias, mas eles se defendiam
corajosamente. Jônatas, deixando o irmão na cidade, para continuar resistindo
ao cerco, saiu secretamente e, com os soldados de que dispunha, atacou à noite
o acampamento dos inimigos, matando muitos deles. Depois mandou avisar o irmão,
que saiu também e incendiou as máquinas com que eram atacados, matando um
grande número de inimigos. Bacida, vendo-se acossado de todos os lados e não
tendo esperança de tomar a cidade, ficou de tal modo perturbado que parecia ter
perdido a razão. Então descarregou a sua cólera sobre os miseráveis trânsfugas,
que ele julgava terem enganado o rei ao persuadir o soberano a enviá-lo para a
Judéia. Depois disso, pensava apenas em como levantar o cerco sem desonra e retirar-se.
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* Ou Bete-Busi.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
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