História De Israel – Teologia 31.154
CAPÍTULO 5
O REI ALEXANDRE BALAS PROCURA JÔNATAS AMIGAVELMENTE E DÁ-LHE
O
CARGO DE SUMO SACERDOTE, VACANTE PELA MORTE DE JUDAS MACABEU,
SEU IRMÃO. O REI DEMÉTRIO FAZ-LHE AINDA MAIORES PROMESSAS.
OS
DOIS REIS TRAVAM UMA BATALHA, E DEMÉTRIO É MORTO.
502. Como o rei Alexandre Balas conhecia os grandes feitos
de Jônatas na guerra contra os macedônios e sabia, além disso, o quanto ele
fora afligido por Demétrio e por Bacida, general do exército, disse aos seus
servidores, logo que soube do oferecimento que esse príncipe lhe fizera, que
julgava não poder, em tal conjuntura, contrair uma aliança cujo auxílio lhe
fosse mais vantajoso do que com jônatas, porque este, além de seu grande valor
e experiência na guerra, tinha motivos particulares para odiar Demétrio, pelo
mal que dele havia recebido e pelas angústias suportadas. Se eles julgassem
conveniente, faria aliança com ele, contra Demétrio, pois nada haveria de mais
útil para eles. Todos aprovaram esse projeto.
Ele escreveu imediatamente a Jônatas a seguinte carta:
"O rei Alexandre a Jônatas, seu irmão, saudação. A estima que temos há
muito pelo vosso valor e fidelidade nas promessas nos leva a desejar unirmo-nos
a vós com uma aliança de amizade, e estamos vos enviando emissários para esse
fim. Para dar provas disso, vos constituímos, com a presente, sumo sacerdote,
vos recebemos no número de nossos amigos e vos fazemos presente de um traje de
púrpura e de uma coroa de ouro, porque não duvidamos que tantos sinais de honra
recebidos de nós e unidos ao pedido que fazemos não vos obriguem a desejar
reconhecê-los".
Jônatas, depois de receber essa carta, revestiu-se de
ornamentos de sumo sacerdote, no dia da festa dos Tabernáculos, quatro anos
depois da morte de Judas Macabeu, seu irmão. Durante esse tempo, o cargo esteve
vago. Ele então reuniu um grande número de pessoas e mandou forjar uma grande
quantidade de armas.
503. Demétrio soube
disso com sensível desprazer, mas culpou a sua própria demora, que dera ocasião
a Alexandre de atrair ao seu partido com tantas demonstrações de estima um
homem de tanto mérito. Não deixou, porém, de escrever a Jônatas e ao povo,
nestes termos: "O rei Demétrio a Jônatas e à nação dos judeus, saudação.
Sabendo de que modo resististes às solicitações que os nossos inimigos vos
fizeram de violar a nossa aliança, não podemos louvar o bastante a vossa
fidelidade nem exortar-vos em demasia a agir sempre desse modo. Podeis contar
com a nossa palavra: não há favores que não possais esperar de nós, como
recompensa. E, para vos provar o que dissemos, dispensamo-vos da maior parte
dos tributos e vos desobrigamos, desde já, do que estáveis acostumados a pagar
a nós e aos nossos predecessores, como também do sal, das coroas de ouro de que
nos fazeis presentes e do terço das sementes, da metade das frutas das árvores
e do imposto por cabeça devido pelos que moram na Judéia e nas três províncias
vizinhas, isto é, Samaria, Galiléia e Peréia, e isso para sempre. Queremos
ainda que a cidade de Jerusalém, sendo sagrada, desfrute o direito de asilo e
seja isenta, com o seu território, das décimas e de toda espécie de imposto.
Permitimos a jônatas, vosso sumo sacerdote, que constitua para a guarda da
fortaleza de Jerusalém os que mais merecerem a sua confiança, a fim de vô-la
conservar. Colocamos em liberdade os judeus aprisionados na guerra e ainda
escravizados entre nós. Isentamo-vos de fornecer cavalos para os correios. E
nosso desejo que todos os sábados, as festas solenes e os três dias que as
precedem sejam dias de liberdade e de franquia, e que os judeus que moram em
nossos territórios sejam livres e possam usar armas a nosso serviço, até trinta
mil, recebendo o mesmo soldo que os nossos soldados. Eles podem ser postos nas
guarnições de nossas praças e recebidos em nossas guardas pessoais, e os seus
chefes serão tratados favoravelmente em nossa corte. Permitimos a todos os das
três províncias vizinhas de que acabamos de falar que vivam segundo as leis de
vossos antepassados e encarregamos o vosso sumo sacerdote de cuidar para que
nenhum judeu vá adorar a Deus em outro templo que não o de Jerusalém. Ordenamos
que seja tomada de nossas rendas, todos os anos, a soma de cento e cinqüenta
mil dracmas de prata, para as despesas dos sacrifícios, e que o que sobrar seja
empregado em vosso proveito. Quanto às dez mil dracmas que os reis estavam
acostumados a receber do Templo cada ano, nós as deixamos aos sacerdotes e aos
outros ministros desse lugar sagrado, porque sabemos que elas lhes pertencem.
Proibimos que se atente contra qualquer pessoa que se retirar ao Templo em
Jerusalém ou ao oratório que lhe está próximo, ou contra os seus bens, seja
pelo que nos deve, seja por qualquer outro motivo. E permitimos que, à nossa
custa, repareis o Templo e as muralhas da cidade e que eleveis altas torres. E
ainda, se houver na Judéia lugar próprio para se construírem cidadelas,
queremos que tal se faça também à nossa custa".
O rei Alexandre, após reunir grandes forças, tanto as tropas
tomadas sob pagamento quanto as que na Síria se haviam revoltado contra
Demétrio, marchou contra este, e travou-se a batalha. A ala esquerda do
exército de Demétrio rompeu a ala direita do de Alexandre, obrigando-o a fugir.
Perseguiu-o por muito tempo, com grande mortandade, e saqueou o seu
acampamento. Porém, a ala direita de Demétrio, na qual ele combatia, não pôde
resistir à ala esquerda de Alexandre, que a atacava. O príncipe fez, nessa
ocasião, atos extraordinários de valor. Matou com as próprias mãos muitos
inimigos e, enquanto perseguia outros, o seu cavalo caiu num pântano, do qual
não pôde mais sair. Assim, a pé, abandonado, rodeado por inimigos e acossado
pelas flechas, caiu crivado de feridas, depois de se defender com invencível
coragem. Ele reinou onze anos, como já dissemos.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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