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19 de maio de 2018

História De Israel – Teologia 31.167 (Livro 13 Cap 18) HIRCANO TOMA SAMARIA E A DESTRÓI INTEIRAMENTE. COMO ESSE SUMO SACERDOTE ERA FAVORECIDO POR DEUS. ELE DEIXA A SEITA DOS FARISEUS E ABRAÇA A DOS SADUCEUS. SUA MORTE.

História De Israel – Teologia 31.167

 
CAPÍTULO 18

HIRCANO TOMA SAMARIA E A DESTRÓI INTEIRAMENTE. COMO ESSE SUMO
SACERDOTE ERA FAVORECIDO POR DEUS. ELE DEIXA A SEITA DOS FARISEUS E
ABRAÇA A DOS SADUCEUS. SUA MORTE.

542. Quando Hircano se viu tão poderoso, resolveu sitiar Samaria, então chamada Sebaste. Diremos a seu tempo de que modo ela foi depois reconstruída por Herodes. Nada se poderia acrescentar ao vigor com que ele apertava o cerco, tanto estava irritado contra os samaritanos por causa dos maus-tratos que haviam infligido aos mariceenses, os quais, embora súditos do rei da Síria, moravam na Judéia e eram aliados dos judeus. Depois de rodear a cidade como uma dupla circunvalação, cuja extensão era de oitenta estádios, entregou a direção dos trabalhos a Aristóbulo e a Antígono, seus filhos.
Eles de tal modo assediaram a praça que os samaritanos ficaram reduzidos a uma grande carestia, de forma que, para sustentar a vida, tinham de recorrer a coisas que os homens não estão acostumados a comer. Em tal aperto, imploraram o socorro de Antíoco Cizicênio, e ele veio imediatamente, porém as tropas de Aristóbulo o venceram. Ele e o irmão perseguiram-no até Citópolis. Voltaram depois ao assédio e de tal modo oprimiram os samaritanos que eles se viram obrigados a pedir uma segunda vez o auxílio de Antíoco.
Antíoco obteve de Ptolomeu, cognominado Latur, mais ou menos seis mil soldados e, contra a opinião e ordem de sua mãe, que o queria dissuadir desse intento, foi com esses egípcios devastar a região sujeita a Hircano sem, porém, ousar combater, pois se sentia muito fraco, mas se iludia com a esperança de que Hircano, para impedir o saque, abandonaria o assédio. No entanto, depois de perder vários dos seus, devido às emboscadas que os judeus lhe armaram, retirou-se para Trípoli e deixou o encargo da guerra a Calimandro e a Epícrates. O primeiro travou temerari-amente um combate e foi derrotado e morto. Epícrates deixou-se corromper pelo dinheiro e entregou Citópolis e outras praças aos judeus, sem prestar auxílio algum aos samaritanos. Assim, Hircano, após um ano de sítio, tomou a cidade e, não se contentando em se tornar senhor dela, destruiu-a completamente, fazendo passar por ela várias torrentes, de modo que ela perdeu todo e qualquer aspecto de cidade.
Dizem-se coisas incríveis desse sumo sacerdote. Afirma-se que o próprio Deus lhe falava e que, estando sozinho no Templo, onde oferecia incenso, no mesmo dia em que os filhos se empenhavam numa batalha contra Antíoco Cizicênio, ele ouviu uma voz dizer-lhe que seria vitorioso. Saiu imediatamente para dar essa grande notícia ao povo, e os fatos provaram que aquela revelação era verdadeira.
543.  Todavia, não era somente em Jerusalém, na Judéia, que os judeus estavam em franco progresso. Eles também eram poderosos em Alexandria, no Egito, e na ilha de Chipre. A rainha Cleopatra, estando incompatibilizada com Ptoiomeu Latur, deu o comando de seu exército a Chelcias e a Ananias, filho de Onias que, como vimos, construiu no território de Heliópolis um templo semelhante ao de Jerusalém. A princesa nada fazia sem o conselho deles, como refere Estrabão da Capadócia, com estas palavras: "Vários daqueles que tinham vindo conosco a Chipre e dos que para lá foram enviados depois pela rainha Cleopatra abandonaram o seu partido para seguir o de Ptoiomeu. Somente os judeus, que conservam o afeto a Onias, mantiveram-se fiéis à princesa, por causa da confiança que ela depositava em Chelcias e em Ananias, seus compatriotas".
544. A felicidade de Hircano despertou a inveja dos judeus, particularmente entre os que pertenciam à seita dos fariseus, de que falamos há pouco, os quais desfrutam tal prestígio perante o povo, que este acolhe os seus sentimentos, ainda que contrários aos dos reis e dos sumo sacerdotes. Hircano, que fora um discípulo muito amado por eles, deu-lhes um grande banquete. Quando viu que todos estavam bem alegres, disse-lhes que, conhecendo os sentimentos dele, sabiam que não tinha maior desejo que não fosse trilhar sempre o caminho da justiça e nada fazer que fosse desagradável a Deus, e por isso estavam obrigados a avisá-lo quando julgassem que ele falhava em alguma coisa, a fim de corrigi-lo.
Os convidados, por esse motivo, elogiaram-no muito, e ele com isso mostrou-se bastante satisfeito. Porém um deles, de nome Eleazar, homem muito mau, tomou a palavra e disse: "Se desejais, como dizeis, que vos falemos com franqueza e segundo a verdade, dai-nos uma prova de vossa virtude, renunciando o sumo sacerdócio e contentando-vos em ser apenas príncipe do povo". Hircano perguntou-lhe o que o levava a fazer tal proposta, e ele respondeu: "É porque soubemos de nossos antepassados que a vossa mãe foi escrava durante o reinado do rei Antíoco Epifânio". Como esse boato era falso, Hircano ficou muito ofendido com tais palavras, e os outros fariseus mostraram-se também tão ultrajados quanto ele.
Então Jônatas, o mais íntimo dos amigos de Hircano, que era da seita dos saduceus, inteiramente contrária à dos fariseus, disse-lhe saber que fora com o consentimento deles que Eleazar lhe fizera tão grande ultraje e que era fácil descobri-lo: perguntando-lhes como ele devia ser castigado. Hircano perguntou em seguida qual era a opinião deles, e, como não são muito severos no castigo dos crimes, responderam que ele merecia apenas a prisão e o azorrague, pois achavam que só a maledicência torna um homem réu de morte. Essa resposta deu a enten-der a Hircano que eles mesmos haviam induzido Eleazar àquela grande injúria. Ele ficou muito irritado, e Jônatas aumentou-lhe a irritação, de modo que ele não somente renunciou à seita dos fariseus, para abraçar a dos saduceus, como aboliu todos os seus estatutos e mandou castigar os que continuavam a observá-los. Isso tornou ele e os filhos odiosos a todo o povo, como veremos a seu tempo.
Contentar-me-ei agora em dizer que os fariseus, que receberam essas constituições pela tradição de seus antepassados, as ensinaram ao povo. Os saduceus, porém, as rejeitavam, porque elas não estão compreendidas entre as leis dadas por Moisés, que estes afirmam serem as únicas que são obrigados a observar. Isso fez surgir entre eles uma grande divergência, que deu origem a diversos partidos. As pessoas de classe mais elevada abraçaram o dos saduceus, e o povo alinhou-se com os fariseus. Mas já falamos amplamente, no segundo livro da Guerra dos Judeus, sobre essas duas seitas e sobre uma terceira, que é a dos essênios.
545. Hircano, depois de pacificar todas as divergências e conservar o poder e o principado entre os judeus durante trinta e um anos, bem como o sumo sacerdócio, terminou honrosamente a sua vida. Ele deixou cinco filhos. Deus julgou-o digno de desfrutar três maravilhosas honras, a saber: o principado de sua nação, o sumo sacerdócio e o dom da profecia. Pois Deus mesmo se dignava falar-lhe e dava-lhe tal conhecimento das coisas futuras que ele predisse que seus filhos mais velhos não usufruiriam por muito tempo a autoridade que lhes deixava. Isso nos obriga a relatar o seu fim, para melhor conhecermos a graça que Deus lhe havia concedido de penetrar as coisas futuras.


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