História De Israel – Teologia 31.169
CAPÍTULO 20
SALOMÉ, ANTES CHAMADA ALEXANDRA, VIÚVA DO REI ARISTÓBULO,
TIRA JANEU, COGNOMINADO ALEXANDRE E IRMÃO DESSE PRÍNCIPE, DA PRISÃO E O
CONSTITUI REI. ELE MANDA MATAR UM DE SEUS IRMÃOS E CERCA PTOLEMAIDA.
O REI PTOLOMEU LATUR, QUE HAVIA SIDO EXPULSO DO EGITO PELA
RAINHA
CLEÓPATRA, SUA MÃE, VEM DE CHIPRE PARA SOCORRER PTOLEMAIDA,
QUE SE
RECUSA A RECEBÊ-LO. ALEXANDRE LEVANTA O CERCO E TRATA
PUBLICAMENTE
COM PTOLOMEU E SECRETAMENTE COM A RAINHA CLEÓPATRA.
548. Depois da morte
do rei Aristóbulo, a rainha Salomé, sua esposa, que os gregos chamam Alexandra,
pôs em liberdade os irmãos desse príncipe, que ele mantinha na prisão, como
vimos, e fez rei Janeu, antes chamado Alexandre, que era o mais velho e o mais
moderado de todos. Ele havia sido tão infeliz que Hircano, seu pai, sentiu
aversão por ele já logo após o nascimento. Esse sentimento era tão forte que
até morrer Hircano jamais consentiu que ele comparecesse à sua presença. Penso
dever dizer a causa disso.
Hircano, que amava muito Aristóbulo e Antígono, os dois mais
velhos de seus filhos, perguntou a Deus, que lhe havia aparecido em sonhos,
qual deles deveria sucedê-lo no trono, e Deus revelou-lhe, mostrando Alexandre,
que este deveria reinar. O desprazer que ele então concebeu levou-o a mandar
educá-lo na Galiléia. Mas o que Deus havia predito não deixou de acontecer,
pois ele foi elevado ao trono depois da morte de Aristóbulo. Mandou em seguida
matar um de seus irmãos, que quis fazer-se rei, e tratou muito bem ao outro,
que se contentou em levar vida privada.
549. Depois de
colocar em ordem os negócios do Estado, Alexandre marchou com um exército
contra os de Ptolemaida e, depois de vencê-los num grande combate, obrigou-os a
se encerrar na sua cidade, onde os sitiou. De todas as cidades marítimas, Gaza
era a única que ele ainda não havia tomado, e para isso era necessário subjugar
Zoilo, que se apoderara de Adora e da torre de Estratão. Os habitantes de
Ptolemaida não podiam esperar auxílio do rei Antíoco nem de Antíoco Cízico, seu
irmão, pois eles tinham empenhadas todas as suas forças em outra guerra.
Zoilo, porém, que esperava aproveitar-se da divisão entre
esses príncipes para ocupar Ptolemaida, para lá enviou algum auxílio enquanto
os dois reis tão pouco se importavam em ajudá-la, pois estavam tão irritados um
contra o outro que não se incomodavam com mais nada, semelhante aos atletas
que, embora cansados de combater, têm vergonha de se confessar vencidos e não
cedem ao competidor, mas depois de recobrarem um pouco de alento recomeçam o
combate. Assim, o único recurso que restava aos sitiados era pedir socorro ao
Egito, principalmente a Ptolomeu Latur, que havia sido expulso do reino pela
rainha Cleopatra, sua mãe, e se retirado para a ilha de Chipre. Mandaram então
pedir-lhe que os livrasse do perigo em que se encontravam, dando-lhe a entender
que logo que viesse para a Síria, os de Gaza, Zoilo, os sidônios e vários
outros passariam imediatamente para o seu lado.
O príncipe, com essa esperança, cuidou em equipar
imediatamente uma grande frota. Mas nesse ínterim, Demeneto, que desfrutava
grande prestígio em Ptolemaida, persuadiu os habitantes a mudar de opinião,
mostrando-lhes que era muito mais vantajoso permanecer na incerteza do êxito na
guerra em que estavam empenhados contra os judeus que cair na servidão, a qual
lhes seria inevitável se, chamando o rei Ptolomeu, o recebessem por senhor. E
assim, não teriam somente de sustentar aquela guerra, mas também uma outra,
maior ainda e mais perigosa, com o Egito, porque a rainha Cleopatra, mão de
Ptolomeu, que tinha a intenção de expulsá-lo da ilha de Chipre, vendo que ele
procurava fortalecer-se à custa das províncias vizinhas, viria contra eles com
um poderoso exército. E se então Ptolomeu, enganado em suas esperanças, os
abandonasse a fim de fugir para a ilha de Chipre, eles ficariam expostos a um
perigo maior do que poderiam imaginar.
550. Ptolomeu soube a caminho que os de Ptolemaida haviam
mudado de idéia, mas continuou a viagem. Desembarcou em Sicamim com o seu
exército, que era de trinta mil homens, tanto de infantaria quanto de
cavalaria, e avançou para Ptolemaida. Viu-se, porém, em graves dificuldades
quando os embaixadores não puderam falar aos habitantes da cidade, que se
recusaram a recebê-los e nem quiseram ouvir as suas propostas. Então Zoilo e os
de Gaza foram ter com ele para pedir-lhe socorro contra os judeus e contra o
seu rei, que lhes devastava o país.
Assim, Alexandre foi obrigado a levantar o cerco de
Ptolemaida. Retirou o exército e, querendo agir com astúcia, enviou
secretamente emissários à rainha Cleopatra para fazer aliança com ela contra
Ptolomeu, enquanto tratava publicamente com ele e prometia dar-lhe quatrocentos
talentos de prata se este lhe entregasse o tirano Zoilo e cedesse aos judeus as
praças e as terras que ele possuía. Ptolomeu, de boa mente, fez aliança com
Alexandre e mandou prender Zoilo. Mas quando soube que o príncipe negociava
secretamente com a rainha sua mãe, rompeu com ele e sitiou Ptolemaida, que,
como vimos, se recusara a recebê-lo. Deixando alguns dos chefes com uma parte
das forças, para continuar o cerco, foi com o resto devastar a Judéia.
Alexandre, por sua vez, para resistir-lhe, reuniu um exército de cinqüenta mil
homens ou, segundo outros, de oitenta mil. Ptolomeu, tendo num sábado atacado
de improviso a cidade de Azoto, na Galiléia, tomou-a de assalto e levou dez mil
escravos e grande quantidade de despojos.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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