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20 de maio de 2018

História De Israel – Teologia 31.170 (Livro 13 Cap 21) GRANDE VITÓRIA OBTIDA POR PTOLOMEU LATUR SOBRE ALEXANDRE, REI DOS JUDEUS, E SUA HORRÍVEL DESUMANIDADE. CLEOPATRA, MÃO DE PTOLOMEU, VEM EM AUXÍLIO DOS JUDEUS, E LATUR TENTA INUTILMENTE TORNAR-SE SENHOR DO EGITO. ALEXANDRE TOMA GAZA E PRATICA GRANDES ATOS DE CRUELDADE. DIVERSAS GUERRAS REFERENTES AO REINO DA SÍRIA. ESTRANHO ÓDIO DA MAIORIA DOS JUDEUS CONTRA ALEXANDRE, SEU REI, QUE CHAMAM DEMÉTRIO EUCERO EM SEU AUXÍLIO.

História De Israel – Teologia 31.170

 
CAPÍTULO 21

GRANDE VITÓRIA OBTIDA POR PTOLOMEU LATUR SOBRE ALEXANDRE, REI DOS
JUDEUS, E SUA HORRÍVEL DESUMANIDADE. CLEOPATRA, MÃO DE PTOLOMEU,
VEM EM AUXÍLIO DOS JUDEUS, E LATUR TENTA INUTILMENTE TORNAR-SE
SENHOR DO EGITO. ALEXANDRE TOMA GAZA E PRATICA GRANDES ATOS DE
CRUELDADE. DIVERSAS GUERRAS REFERENTES AO REINO DA SÍRIA. ESTRANHO
ÓDIO DA MAIORIA DOS JUDEUS CONTRA ALEXANDRE, SEU REI,
QUE CHAMAM DEMÉTRIO EUCERO EM SEU AUXÍLIO.

551. Depois que Ptolomeu Latur tomou Azoto de assalto, foi a Séforis, que fica próxima, e atacou-a, mas foi repelido, com grandes perdas. Em vez de continuar esse assédio, ele marchou contra Alexandre, rei dos judeus. Encontrou-o em Azofe, muito perto do Jordão, e acampou em frente dele. A vanguarda de Alexandre era composta de oito mil homens, soldados veteranos, todos armados com escudos de bronze. Os da vanguarda de Ptolomeu também o eram, mas o resto de suas tropas não estava bem armado, o que os fazia recear o combate. Um certo Fílonstevão, muito experimentado na guerra, tranqüilizou-os e fê-los passar o rio que separava os dois acampamentos, sem que Alexandre se opusesse a isso, porque ele julgava vencer mais facilmente quando os inimigos, tendo o rio por trás, não pudessem mais fugir.
O combate foi deveras sangrento, e era difícil julgar para que lado pendia a vitória. Por fim, as tropas de Alexandre começaram a prevalecer, enquanto as de Ptolomeu estavam se esfacelando. Mas Fílonstevão as susteve com um corpo de tropas que ainda não havia combatido e as reanimou. Os judeus, espantados com tal mudança e sem receber nenhum reforço, fugiram, e todos os outros seguiram-lhes o exemplo. Os inimigos perseguiram-nos tão vivamente e fizeram tal morticínio que só cessaram a matança quando não agüentaram mais o cansaço e a ponta de suas espadas começava a se entortar. O número de mortos foi de trinta mil ou, segundo uma relação de Timagenes, cinqüenta mil. O resto do exército foi aprisionado ou salvou-se na fuga.
552.  Depois de tão assinalada vitória e de tão longa perseguição, Ptolomeu retirou-se, à tarde, para algumas aldeias da Judéia e, encontrando-as cheias de mulheres e de crianças, ordenou aos seus soldados que as estrangulassem, fizessem-nas em pedaços e as lançassem numa caldeira de água fervente, a fim de que os judeus que haviam escapado da batalha, ao chegar àquele lugar, pensassem que os inimigos comiam carne humana e tivessem ainda maior medo deles. Estrabão não é o único que faz menção dessa horrível desumanidade, pois Nicolau a refere também. Ptolomeu apoderou-se depois de Ptolemaida, à força, como já dissemos em outro lugar.
553.  Quando a rainha Cleópatra viu que o seu filho crescia daquele modo em poder e devastava, sem resistência, toda a Judéia, submetendo Gaza à sua obediência e estando já quase às portas do Egito, e que ele nada mais pretendia além de se apoderar do país, julgou não dever esperar mais para enfrentá-lo. Assim, sem perder tempo, reuniu grandes forças de terra e mar, cujo comando confiou a Chelcias e a Ananias, judeus de nascimento. Colocou em segurança, na ilha de Choos, a maior parte de suas riquezas, seus netos e seu testamento, mandou Alexandre, seu outro filho, para a Fenícia com uma grande esquadra, porque aquela província estava para se revoltar, e veio em pessoa a Ptolemaida. Os seus habitantes, porém, fecharam-lhe as portas, e ela sitiou-os. Quando Ptolomeu viu que ela havia deixado o Egito, para lá partiu, na esperança de que facilmente dele se poderia apoderar, mas viu-se enganado em seus intentos. Por aquele mesmo tempo, Chelcias, um dos generais do exército de Cleópatra, que perseguia Ptolomeu, morreu na Baixa Síria.
554.  Cleópatra, ao saber que as intenções do filho a respeito do Egito haviam sido frustradas, enviou para lá uma parte de suas forças, que o rechaçaram totalmente. Assim, ele foi obrigado a voltar e passou o inverno em Gaza. Então Cleópatra tomou Ptolemaida, onde Alexandre, rei dos judeus, veio encontrar-se com ela, trazendo-lhe muitos presentes. Ela o recebeu com prazer e como um príncipe que, tendo sido tão maltratado por Ptolomeu, somente a ela podia recorrer. Alguns servidores propuseram que ela se apoderasse do país, para não permitir que um número tão grande de judeus, homens de bem, estivesse sujeito a um único homem. Mas Ananias aconselhou o contrário, dizendo que ela não podia com justiça despojar um príncipe que fizera aliança com ela e era parente próximo dele. Também não podia evitar dizer-lhe que, se ela fizesse aquela injustiça, nenhum judeu deixaria de se tornar inimigo dela. Essas razões persuadiram-na, e assim, ela não somente evitou causar desprazer a Alexandre como renovou a aliança com ele em Citópolis, que é uma cidade da Baixa Síria.
555. Logo que o príncipe se viu livre dos receios quanto a Ptolomeu, entrou na Baixa Síria, tomou a cidade de Gadara depois de um cerco de dez meses e Hamate logo em seguida, que é a mais resistente de todas as fortalezas situadas sobre o Jordão e na qual Teodoro, filho de Zenão, havia posto tudo o que tinha de mais precioso. Teodoro, para vingar-se, atacou os judeus quando menos esperavam, matou cerca de dez mil e tomou toda a bagagem de Alexandre. Esse príncipe, sem se abater com tal perda, não deixou de sitiar e de tomar Rafa, que está à beira-mar, e Antedom, que Herodes depois chamou Agripíada. Vendo que Ptolomeu abandonara Gaza para voltar a Chipre e que a rainha Cleópatra, sua mãe, retomara também o caminho para o Egito, o seu ressentimento pelo fato de os moradores de Gaza haverem chamado Ptolomeu em seu auxílio, contra ele, levou-o a devastar-lhes o país e a sitiá-los.
Apolodoto, que os comandava, atacou o acampamento dos judeus com dois mil soldados estrangeiros e mil servidores que pôde reunir. Durante a noite, ele obteve vantagem, porque os judeus estavam certos de que Ptolomeu viera em socorro dos sitiados, mas quando raiou o dia eles viram que se haviam enganado, retomaram ânimo e atacaram Apolodoto com tanta coragem que mataram ali mesmo mil de seus soldados. Os sitiados, porém, não perderam a coragem, embora fossem ainda acossados pela fome. Preferiam sofrer até o fim a se entregar. Aretas, rei dos árabes, que lhes prometia auxílio, fortalecia-os em seu intento. Mas Apolodoto foi morto à traição antes que esse rei tivesse chegado, e a cidade foi tomada. Foi Lisímaco, seu próprio irmão, quem cometeu esse crime, por inveja do prestígio que os próprios e grandes méritos haviam granjeado a Apolodoto. Lisímaco então reuniu um grupo de soldados e entregou a praça a Alexandre.
Quando esse príncipe lá entrou, parecia ter Espírito de paz, mas depois enviou tropas às quais permitiu castigar o povo com toda espécie de crueldade. Eles não pouparam um sequer de todos os que puderam matar, porém isso custou também a vida a vários judeus, pois uma parte dos habitantes morreu com armas na mão, defendendo-se valentemente, outros incendiaram as próprias casas, para impedir que fossem presa do inimigo, e outros mataram as próprias mulheres e filhos, para evitar-lhes uma vergonhosa escravidão. Sabendo que o senado estava reunido quando essas tropas sanguinárias entravam na cidade, eles fugiram para o templo de Apoio, a fim de ali buscar asilo seguro, mas não o encon-traram. Alexandre mandou matá-los e, depois de destruir a cidade, que conservava sitiada durante um ano, voltou a Jerusalém.
556. Por esse mesmo tempo, o rei Antioco Gripo foi morto à traição por Heracleu, na idade de quarenta e cinco anos, após reinar vinte e nove. Seleuco, seu filho, sucedeu-o e fez guerra a Antioco Cizicenio, seu tio, aprisionou-o numa batalha e mandou matá-lo. Pouco tempo depois, Antioco, filho de Cizicenio, e Antonino, cognominado Eusébio, vieram a Arade, onde foram coroados reis. Eles fizeram guerra a Seleuco, venceram-no numa batalha e o expulsaram da Síria. Ele fugiu para a Cilícia, onde foi recebido pelos mopseatas, mas, em vez de reconhecer a obrigação que lhes devia, quis ainda exigir deles tributo. Então eles, não o podendo suportar, puseram fogo ao seu palácio, onde morreu queimado com os seus amigos.
557.  Enquanto esse Antioco reinava na Síria, um outro Antioco, irmão de Seleuco, fez-lhe guerra. Mas foi derrotado com todo o seu exército. Filipe, seu irmão, fez-se coroar rei e reinou numa parte da Síria. No entanto, Ptolomeu Latur mandou chamar Demétrio Eucero, seu quarto irmão, em Gnida, o constituiu rei em Damasco. Antioco resistiu valentemente a esses dois irmãos, mas não viveu por muito tempo. Tendo partido para Laodicéia em auxílio da rainha dos galadenianos, que faziam guerra aos partos, foi morto numa batalha, lutando corajosamente. Filipe e Demétrio, que eram irmãos, com a morte dele ficaram de posse pacífica do reino da Síria, como já dissemos em outro lugar.
558.  Ao mesmo tempo, Alexandre, rei dos judeus, viu turbar-se o seu reino, pelo ódio que o povo tinha contra ele. No dia da festa dos Tabernáculos, quando se levam ramos de palmas e de limoeiros, ele preparava-se para oferecer sacrifício. O povo não se contentou de lhe lançar limões à cabeça, mas o ofendeu com palavras, dizendo que, tendo sido escravo, ele não merecia honra alguma e era indigno de oferecer sacrifícios a Deus. Ele ficou de tal modo enfurecido que mandou matar uns seis mil deles e em seguida reprimiu o esforço da multidão irritada com uma cerca de madeira que mandou fazer ao redor do Templo e do altar, e que se estendia até o lugar onde somente os sacerdotes têm direito de entrar.
Ele assalariou soldados pisídios e cilícios porque, sendo inimigo dos sírios, não se servia deles. Venceu depois os árabes, impôs tributos aos moabitas e aos galaditas e destruiu Hamate sem que Teodoro se atrevesse a dar-lhe combate. Fez também guerra a Obede, rei dos árabes, mas, tendo caído numa emboscada perto de Gadara, na Galiléia, impelido por um grande número de camelos a um estreito muito apertado e difícil de transpor, chegou a salvo com muita dificuldade em Jerusalém. Esse mau resultado foi seguido de uma guerra que seus súditos lhe moveram durante seis anos. Ele matou mais ou menos uns cinqüenta mil deles e, embora tudo fizesse para estar bem com eles, o ódio que lhe tinham era tão violento que, quanto mais queria acalmá-lo, tanto mais ele aumentava. Assim, perguntando-lhes um dia o que queriam que fizesse para contentá-los, todos exclamaram que ele devia se matar. Mandaram então imediatamente chamar Demétrio Eucero, para pedir-lhe auxílio.


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