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22 de maio de 2018

História De Israel – Teologia 31.173 (Livro 13 Cap 24) O REI ALEXANDRE DEIXA DOIS FILHOS: HIRCANO, QUE FOI SUMO SACERDOTE, E ARISTÓBULO. A RAINHA ALEXANDRA, SUA MÃE, CONQUISTA O POVO POR MEIO DOS FARISEUS, DANDO-LHES GRANDE AUTORIDADE. FAZ MORRER, A CONSELHO DELES, OS MAIS FIÉIS SERVIDORES DO REI SEU MARIDO E DÁ AOS OUTROS, PARA ACALMÁ-LOS, A GUARDA DAS PRAÇAS MAIS FORTES. INCURSÃO DE TIGRANO, REI DA ARMÊNIA, NA SÍRIA. ARISTÓBULO QUER FAZER-SE REI. MORTE DA RAINHA ALEXANDRA.

História De Israel – Teologia 31.173

 
CAPÍTULO 24

O REI ALEXANDRE DEIXA DOIS FILHOS: HIRCANO, QUE FOI SUMO SACERDOTE,
E ARISTÓBULO. A RAINHA ALEXANDRA, SUA MÃE, CONQUISTA O POVO POR
MEIO DOS FARISEUS, DANDO-LHES GRANDE AUTORIDADE. FAZ MORRER, A
CONSELHO DELES, OS MAIS FIÉIS SERVIDORES DO REI SEU MARIDO E DÁ AOS
OUTROS, PARA ACALMÁ-LOS, A GUARDA DAS PRAÇAS MAIS FORTES. INCURSÃO
DE TIGRANO, REI DA ARMÊNIA, NA SÍRIA. ARISTÓBULO QUER FAZER-SE REI.
MORTE DA RAINHA ALEXANDRA.

566.  A rainha Alexandra, depois de se apoderar da fortaleza de Ragaba e de voltar a Jerusalém, falou aos fariseus como lhe dissera o rei seu marido, declaran-do-lhes que nada queria fazer sem a opinião deles, com relação ao seu corpo e ao governo do reino. Assim, eles mudaram em afeto por ela o ódio que concebiam por ambos e falaram ao povo dos grandes feitos do soberano, dizendo que haviam perdido um ótimo rei. Instigaram em seu Espírito tal tristeza pela sua morte que lhe fizeram funerais como a nenhum outro soberano.
567.  Esse príncipe deixou dois filhos, Hircano e Aristóbulo, e determinou em seu testamento que a rainha sua esposa seria a regente. Hircano, o mais velho, era pouco capaz de governar e só cuidava em viver na ociosidade. Aristóbulo, ao contrário, tinha muita inteligência, era ousado e empreendedor. A rainha, que havia conquistado o coração do povo, pois sempre demonstrara tristeza pelas faltas do rei seu marido, criou Hircano para sumo sacerdote, não tanto por ele ser o mais velho quanto por sua incapacidade. Ela deixava os fariseus disporem de tudo e até ordenava ao povo que lhes obedecesse, porque, se Hircano, seu sogro, abolira algo de suas tradições, ela queria que fossem restauradas. Assim, tinha ela de rainha apenas o nome, e os fariseus desfrutavam todo o poder que lhes dava a realeza: faziam voltar os exilados, libertavam prisioneiros e em nada se diferenciavam dos soberanos.
Havia somente algumas coisas de que a princesa dispunha. Mantinha ela um grande número de tropas estrangeiras e parecia muito poderosa, para causar temor aos príncipes vizinhos. Obrigou-os até mesmo a lhe mandarem reféns. Assim, reinava pacificamente, mas os fariseus perturbavam a tranqüilidade, insistindo em que ela mandasse matar os que haviam aconselhado o rei seu marido a crucificar aqueles oitocentos homens de que falamos há pouco. Começaram por Diógenes e continuaram pelos outros, fazendo-os morrer, até que alguns dentre os mais ilustres vieram procurar a rainha em seu palácio, tendo à frente Aristóbulo, que demonstrava, pela sua atitude, não aprovar o que estava acontecendo e que se tivesse oportunidade diria à rainha sua mãe que ela não devia abusar assim do poder.
Apresentaram-se à princesa falando dos assinalados benefícios que haviam prestado ao falecido rei seu marido e dos favores com que ele os honrara, como recompensa pelo seu valor e por sua fidelidade. Pediam-lhe que não permitisse, depois de correrem tantos riscos na guerra, que os seus inimigos os fizessem morrer em plena paz, como vítimas, sem receber por isso o devido castigo. Acrescentaram que, se aqueles injustos perseguidores se contentassem com o sangue que já haviam derramado, o respeito deles pela autoridade real, sob cujo nome se acobertavam, os faria suportar com paciência o que haviam sofrido até então. Mas se eles quisessem continuar a exercer tão horrível crueldade, suplicavam então, se ela julgasse bem, que eles pudessem procurar segurança fora de seus estados, porque não o queriam fazer sem licença dela. Ou, se ela lhes recusasse tão justo pedido, eles preferiam que ela os massacrasse ali no palácio, pois nada poderia ser mais vergonhoso que permitir serem eles tratados daquele modo por inimigos jurados do rei seu marido, dando a Aretas, rei dos árabes, e aos outros príncipes o prazer de verem como ela se privava de tantos homens valorosos, cujo nome somente fazia tremer. Por fim, eles concluíram, se ela lhes recusasse essa graça e resolvesse abandoná-los à paixão dos fariseus, que ao menos os espalhasse pelas fortalezas, para lá terminarem miseravelmente a vida, pois a sorte perseguia cruelmente os servidores de Alexandre.
Depois dessas palavras e de outras semelhantes, eles invocaram os manes do rei seu senhor, como para induzi-los a ter compaixão daqueles que já haviam sido mortos e dos que corriam ainda o mesmo risco. Os presentes ficaram todos comovidos e não puderam reter as lágrimas. Aristóbulo manifestou mais que todos os outros os seus sentimentos, pelas censuras que fez à rainha sua mãe. Mas disse também que eles deviam recriminar a si mesmos pela sua infelicidade, pois eles próprios a causaram ao escolher uma mulher tão ambiciosa para entregar o reino, como se o falecido rei não tivesse deixado filhos varões para substituí-lo.
568.  A princesa ficou bastante embaraçada nessa circunstância e julgou que nada melhor poderia fazer além de confiar aos descontentes a guarda das fortalezas e das praças-fortes, exceto Hircânia, Alexandriom e Macherom, onde havia colocado tudo o que possuía de mais precioso. Pouco tempo depois, ela mandou Aristóbulo, seu sobrinho, com um exército a Damasco contra Ptolomeu Meneu, que oprimia esses vizinhos, mas ele voltou sem nada ter feito de memorável.
Por esse mesmo tempo, soube-se que Tigrano, rei da Armênia, entrara na Síria com um exército de quinhentos mil homens e vinha rapidamente para a Judéia. Tão grande e tão imprevisto perigo assustou a rainha Alexandra e todo o reino. Ela então mandou a esse príncipe ricos presentes, por meio de embaixadores, que o encontraram ocupado no cerco de Ptolemaida. A rainha Selene, outrora chamada Cleopatra, que então reinava na Síria, exortou todos os seus súditos a se defenderem generosamente contra o usurpador. Os embaixadores de Alexandre tudo fizeram para induzir Tigrano a sentimentos favoráveis para com a sua rainha e a sua nação. Ele os recebeu muito bem e despediu-os com muitas esperanças. Tendo tomado Ptolemaida, soube que Lúculo, que perseguira o rei Mitrídates sem poder alcançá-lo, porque este já se havia posto a salvo na Libéria, entrara na Armênia e saqueava e devastava todo o país. Tal notícia o fez regressar.
569. A rainha Alexandra ficou então gravemente enferma, e Aristóbulo julgou ter encontrado o momento mais propício para os seus desígnios. Saiu à noite, acompanhado de um único servo, para ir às praças-fortes, que eram guardadas, como acabamos de dizer, pelos servidores de maior confiança do falecido rei seu pai. Estando havia muito tempo insatisfeito com o proceder de sua mãe e temendo mais do que nunca que a sua família viesse a cair sob o domínio poderoso dos fariseus, caso ela morresse, via, por outro lado, que seu irmão Hircano era inteiramente incapaz de governar. Ele confiou o seu segredo somente à esposa, que deixou em Jerusalém com os filhos.
Foi primeiro a Ágaba, onde Galesto, que era um de seus fiéis servidores e do falecido rei, o recebeu com grande alegria. No dia seguinte, a rainha percebeu que Aristóbulo estava ausente, mas não suspeitou de que ele se havia afastado para organizar uma rebelião. Quando soube, porém, que ele se apoderara de uma fortaleza e depois de mais outra, compreendeu que assim, uma após outra, todas ficariam em seu poder. Ela e os seus caíram em grande consternação, pois concluíram que já bem pouco faltava para que Aristóbulo usurpasse o poder. Eles temiam que ele se vingasse terrivelmente pela maneira como haviam tratado os seus mais afeiçoados servidores.
Em tão grande aflição, não tiveram outra deliberação a tomar senão prender na fortaleza próxima do Templo a mulher e os filhos de Aristóbulo. Enquanto isso os judeus acorriam de todas as partes para junto desse príncipe, e em quinze dias ele conseguiu apoderar-se de vinte e duas praças. Tomou então as insígnias da realeza e da dignidade real e não perdeu tempo em reunir tropas. Recrutou-as no monte Líbano e na Traconítida e com os príncipes vizinhos, que o ajudaram de boa vontade, na esperança de que ele reconhecesse o benefício que lhe prestavam, ajudando-o a subir ao trono quando até então ele não ousara fazê-lo, por mais desejo que tivesse de ocupá-lo.
Hircano, acompanhado pelo judeus mais ilustres, foi procurar a rainha para que ela se dignasse dizer-lhes o que julgava conveniente fazer em tal contingência, pois Aristóbulo já era senhor de quase todo o território, pela rendição de tantas praças, e, ainda que ela se encontrasse tão enferma, era dever dele nada empreender, estando ela ainda viva, sem consultá-la, visto que o perigo estava muito próximo. Ela respondeu que deixava a eles a escolha e que fizessem o que pensassem ser mais vantajoso para o reino, pois eles tinham soldados, homens competentes e grande soma de dinheiro no tesouro público. Quanto a ela, não estava mais em condições de cuidar de assuntos do governo, porque se sentia inteiramente esgotada e no fim da vida. E, dizendo essas palavras, morreu, após reinar nove anos e viver setenta e três.
Essa rainha nada tinha da fraqueza de seu sexo, pois mostrou, pelas suas ações, que era capaz de governar e de envergonhar os príncipes que se mostram indignos da posição que ocupam no mundo. Cuidou unicamente da utilidade do reino, sem se afastar de uma ocupação tão importante por causa de vãos pensamentos ou preocupações com o futuro. Ela afirmava que a moderação no governo é preferível a tudo, e que jamais se deve fazer algo que não seja justo e honesto. Mas todas essas boas qualidades não impediram que os seus descendentes perdessem, depois de sua morte, o poder que a sua ambição lhes havia conquistado por meio de inúmeras dificuldades e perigos, tão grande a falta que ela cometeu: seguir o pernicioso conselho dos inimigos de sua família, privando o Estado da cooperação daqueles que muito poderiam ter feito. Assim, a sua morte foi seguida de perturbações e de infelicidade, mas todo o seu reinado passou-se em paz.


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