História De Israel – Teologia 31.178
CAPÍTULO 5
POMPEU VEM À BAIXA SÍRIA. ARISTOBULO MANDA-LHE UM RICO
PRESENTE.
ANTÍPATRO VEM PROCURÁ-LO DA PARTE DE HIRCANO. POMPEU ESCUTA
OS DOIS
IRMÃOS E DEIXA A QUESTÃO DELES PARA RESOLVER DEPOIS QUE
SUBJUGAR OS
NABATEENSES. ARISTOBULO, SEM ESPERÁ-LO, RETIRA-SE PARA A
JUDÉIA.
57A. Pouco tempo depois, Pompeu veio a Damasco e visitou a
Baixa Síria, onde os embaixadores de toda a Síria, do Egito e da Judéia vieram
encontrá-lo. Aristobulo mandou-lhe uma vinha de ouro no valor de quinhentos
talentos. Estrabão de Capadócia faz menção desse magnífico presente nestes
termos: "Vieram embaixadores do Egito que apresentaram a Pompeu uma coroa
pesando quatro mil peças de ouro. Outros trouxeram-lhe da Judéia uma vinha ou
jardim de ouro, a que chamavam Térpolis, isto é, 'delicioso'. Vi esse rico
presente em Roma, no Templo de Júpiter Capitolino, a quem ele foi consagrado,
com esta inscrição: ALEXANDRE, REI DOS JUDEUS, e o avaliavam em quinhentos
talentos. Diz-se que fora mandado por Aristobulo, príncipe dos judeus".
Antípatro veio procurar Pompeu logo depois, da parte de
Hircano, e Nicodemos, enviado por Aristobulo, tornou Gabinio e Escauro seus
inimigos, acusando a um de ter se apoderado de trezentos talentos e a outro de
quatrocentos. Pompeu ordenou que Hircano e Aristobulo viessem procurá-lo, a fim
de se resolver a questão.
Quando chegou a primavera, suas tropas deixaram os quartéis
de inverno, puseram-se em campo e devastaram de passagem a fortaleza de
Apaméia, que Antíoco Cizicênio construíra. Pompeu observou o país que Ptolomeu
Meneu ocupava, o qual não perdia em maldade para Dionísio Tripolitano, seu
parente, que tivera a cabeça truncada, sendo que Meneu resgatou a sua por mil
talentos. Pompeu os distribuiu às suas tropas, arrasou o castelo de Lusíada, do
qual um judeu chamado Silas se havia apoderado, passou por Heliópolis e pela
Cálcida, atravessou o monte para descer à Baixa Síria e veio de Pela a Damasco.
Ouviu Hircano e Aristobulo com relação ao litígio entre eles e também os judeus
que se queixavam de um e de outro, dizendo que não queriam estar sujeitos à
dominação dos reis, pois Deus lhes havia ordenado que obedecessem apenas aos
sacerdotes, e que reconheciam que os dois irmãos eram da casta sacerdotal, mas
estes queriam mudar a forma de governo para usurpar a suprema autoridade e
reduzir assim o seu país à escravidão.
Hircano queixava-se de que, sendo o mais velho, Aristobulo
queria privá-lo do que lhe pertencia por direito de nascimento e obrigá-lo a se
contentar com uma pequena parte, usurpando todo o resto; que ele fazia
incursões pelas terras contra os povos vizinhos e praticava a pirataria nos
mares; que não se precisava de outra prova de seu mau caráter, de sua violência
e de seu partidarismo senão o fato de haver levado o povo a se revoltar; e que
mais de mil dentre os ilustres judeus que Antípatro tinha ganho apoiavam com o
próprio testemunho essas queixas.
Aristobulo afirmava, ao contrário, que o irmão era indigno
da realeza pela sua covardia e incapacidade, que o tornavam inapto para o
governo e o faziam desprezado por todo o povo, e que por essa razão fora
obrigado a tomar a suprema autoridade, para que ela não passasse a outra
família. Quanto à qualidade de rei, não a assumira senão pelo fato de que o seu
pai sempre a tivera também. Com relação às testemunhas, eram uns moços que
ninguém tolerava que viessem ali tão bem vestidos e enfeitados, mais parecendo
ter vindo para ostentar a própria vaidade que para ouvir o pronunciamento de
uma sentença.
Pompeu, depois de ouvir os dois irmãos, não teve dificuldade
em constatar que Aristobulo era violento. Disse-lhes que voltassem mais tarde,
que procuraria dar remédio a tudo depois que dominasse os nabateenses e os
reduzisse à obediência. Por enquanto, ordenava-lhes que vivessem em paz. Ele
tratou Aristobulo com urbanidade e gentileza, temendo que este lhe cortasse a
passagem, mas no entanto não lhe conquistou a confiança, pois Aristobulo, sem
esperar a realização de suas promessas, partiu para a cidade de Délio e de lá
retirou-se para a judéia.
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