História De Israel – Teologia 31.184
CAPÍTULO 11
ARISTÓBULO, PRISIONEIRO EM ROMA, SALVA-SE COM ANTÍGONO, UM
DE
SEUS FILHOS, E VEM ÀJUDÉIA. OS ROMANOS VENCEM-NO NUMA
BATALHA.
ELE SE RETIRA PARA ALEXANDRIOM, ONDE É SITIADO E PRESO.
GABÍNIO O
DEVOLVE PRISIONEIRO A ROMA, DERROTA ALEXANDRE, FILHO DE
ARISTÓBULO,
NUMA BATALHA E VOLTA A ROMA, DEIXANDO CRASSO EM SEU LUGAR.
581. Aristóbulo escapou de Roma e voltou para a Judéia, com
o propósito de restaurar o castelo de Alexandriom, destruído de novo, como
dissemos. Mas Gabínio enviou Cisena, Antônio e Servílio para impedi-lo de se
apoderar dessa praça e para prendê-lo. Vários judeus uniram-se a ele, quer pelo
respeito que tinham por um nome ilustre como o dele, quer por serem
naturalmente inclinados à rebelião e à revolta. Pitolau, governador de
Jerusalém, levou-lhes mil bons soldados. Vieram-lhe ainda outros, em grande
número, porém a maior parte não estava armada, e ele os despediu como inúteis.
Marchou depois para Macherom com o objetivo de tomá-la.
Os romanos seguiram-no, alcançaram-no e o atacaram. Ele e os
seus, embora se defendessem valentemente, foram derrotados, e cinco mil foram
mortos. O resto salvou-se como pôde. Aristóbulo, com uns mil somente,
refugiou-se em Macherom. O mau êxito de suas empresas, porém, não lhe abateu o
ânimo nem o fez perder a esperança. Ele pôs-se a trabalhar para fortificá-la.
Mas foi imediatamente sitiado e, após resistir por dois dias, ferido em várias
partes do corpo, foi aprisionado junto com Antígono, seu filho, que fugira com
ele de Roma, e levado a Gabínio. A má sorte desse príncipe levou-o segunda vez
a Roma como prisioneiro. Ele havia reinado e exercido durante três anos e meio
o sumo sacerdócio, com não menos brilho que coragem. O senado pôs os seus
filhos em liberdade, porque Gabínio escreveu que o prometera à mãe deles, em
consideração à entrega que ela fizera das praças, e eles foram encaminhados
para a Judéia.
582. Gabínio
preparava-se para marchar contra os partos. Já havia passado o Eufrates quando
mudou de idéia e foi para o Egito, a fim de restaurar Ptolomeu, como dissemos
em outro lugar. Antipatro, por ordem de Hircano, forneceu-lhe trigo para o
exército, armas e dinheiro e persuadiu os judeus que moravam em Pelusa, que
eram como os guardas da entrada no Egito, a fazer aliança com os romanos.
583. Gabínio, ao seu
regresso do Egito, encontrou toda a Síria perturbada. Alexandre, filho de
Aristóbulo, ocupara à força o governo e atraíra grande número de judeus para o
seu partido. Assim, havendo reunido tropas, ele percorria toda a província e
matava quantos romanos encontrava. Os outros retiraram-se para o monte Gerizim,
e ele os cercou. Gabínio, encontrando as coisas nesse estado, enviou Antipatro,
cuja prudência conhecia, para tentar persuadir os revoltosos a tomar melhor
deliberação. Ele conduziu-se com tanta habilidade que convenceu vários, porém,
não pôde persuadir Alexandre. Resolveu então, com os trinta mil judeus que o
seguiam, travar batalha. Esta aconteceu perto do monte de Itabírio. Os romanos
venceram, e os judeus perderam dez mil homens.
Gabínio, depois de colocar em ordem as questões principais
em Jerusalém, segundo o conselho de Antipatro, marchou contra os nabateenses e
venceu-os também numa batalha. Mandou de volta para o país de origem dois
senhores partos, de nome Mitridates e Orsano, que se haviam refugiado junto
dele, e fez ao mesmo tempo correr a notícia de que eles escaparam para voltar
ao seu país. Esse grande general, depois de tantos e tão belos feitos
militares, voltou para Roma, e Crasso sucedeu-o no governo das províncias.
Nicolau de Damasco e Estrabão da Capadócia escreveram os feitos de Pompeu e de
Gabínio contra os judeus, e eles estão perfeitamente de acordo.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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