História Do Cristianismo -
Teologia 32.44
PERSEGUIÇÃO NO REINADO DE
DIOCLECIANO
No meio deste triste estado de
coisas, começou a perseguição no reinado de Diocleciano. Este tirano, soberbo
e selvagem, ocupava o trono havia já dezenove anos, e durante esse tempo tinha
associado ao seu governo três outros opressores como ele: Maximiliano, Galério,
e Constantino Cloro, pai de Constantino, o Grande.
Galério, que odiava os
cristãos, era genro do imperador, e exercia uma influência fatal sobre ele.
Persuadiu-o de que o cristianismo se opunha aos melhores interesses do povo, e
que o meio de fazer reviver as antigas glórias do império era arrancar pela
raiz aquela odiosa religião e destruí-la completamente.
Para melhor atingir o seu fim,
procurou o auxílio dos sacerdotes pagãos e dos mestres de filosofia que, pelas
suas palavras e influências, bem depressa levaram o imperador a partilhar das
idéias deles.
Publicaram-se então quatro editos
ao todo; o primeiro, ordenando a destruição de todas as igrejas e dos escritos
sagrados - edito este sem dúvida instigado pelos filósofos; o ! segundo,
determinando que todos os que pertencessem às ordens, clericais fossem presos;
o terceiro, declarando que nenhum seria solto a não ser que consentisse em
oferecer sacrifício; e o quarto mandando que todos os cristãos em qualquer
condição em toda parte do império, oferecessem sacrifício e voltassem a adorar
os deuses, sob pena de morte em caso de recusa.
Logo que o primeiro edito
apareceu em Nicomédia (a nova capital do império) foi rasgado por um cristão
indignado. No lugar dele deixou estas palavras de desprezo: "São estas as
vitórias dos imperadores sobre os godos". Este ato de zelo custou-lhe
bastante caro, pois sofreu as torturas que lhe infligiram: Foi queimado vivo
num fogo lento.
Tendo rebentado uma
conflagração no palácio do imperador, acusaram os cristãos do ato, e por isso
aumentou a violência da perseguição. Em menos de quatorze dias, o palácio
estava outra vez em chamas, e a cólera de Diocleciano que já então estava muito
inquieto, tornou-se terrível. Os oficiais da casa imperial, e todos quantos
moravam no palácio, foram expostos às mais cruéis torturas. Diz-se que por
ordem, e em presença de Diocleciano, Prisca e Valéria, (mulher e filha do
imperador) foram obrigadas a oferecer sacrifícios; os poderosos eunucos
Doroteo, Jorgino e
Andrias sofreram a morte;
Antino, bispo de Nicomédia, foi decapitado. Muitos foram executados, outros
queimados, outros amarrados e com pedras atadas ao pescoço levados em botes
para o meio do lago, e ali lançados à água.
Ao oriente e ocidente de
Nicomédia as perseguições tornaram-se violentas e furiosas, e a única
província romana que escapou a esta medonha tempestade foi a Gália. Era ali que
residia Constantino, o único governador que protegia os cristãos; os outros
eram implacáveis e não tinham remorsos. Mas Diocleciano sentiu-se por fim
cansado de tão medonho trabalho, e no ano seguinte entregou as rédeas do
governo. O seu colega Maximiano seguiu-lhe o exemplo imediatamente, e Galério
reinou como único senhor do Oriente até que seu sobrinho, um monstro igual a
ele, obteve o governo da Síria e do Egito sob o título de Maximiano II.
Ser-nos-á impossível falar de
todos os mártires cujos nomes estão ligados a esta perseguição, pois devem ter
sido contados por milhares durante estes tristes dez anos.
No Egito, os cristãos sofreram
o martírio aos grupos, tendo havido dia de sessenta a oitenta mortes. Romano, o
diácono de Antioquia, quando foi ameaçado com a tortura, exclamou: "Oh!
imperador, recebo gostosamente a tua sentença; não me recuso a ser torturado a
favor dos meus irmãos, ainda que seja pelos meios mais cruéis que possas
inventar".
Quando o executor hesitava em
continuar o seu terrível trabalho, em conseqüência de a vítima pertencer à
nobreza, Romano disse: "Não é o sangue dos meus antepassados que faz com
que eu seja nobre, mas sim a minha profissão cristã". Depois de ter
recebido muitas feridas no rosto, exclamou: "Agradeço-te capitão, por me
teres aberto tantas bocas pelas quais eu possa pregar o meu Senhor e Salvador
Jesus Cristo".
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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