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15 de junho de 2018

História De Israel – Teologia 31.221 (Livro 16 Cap 6) SALOMÉ, IRMÃ DE HERODES, PROCURA INDISPÔ-LO CONTRA ALEXANDRE E ARISTÓBULO, OS FILHOS QUE ELE TIVERA DE MARIANA. ELE MANDA ANTÍPATRO, QUE TIVERA DO PRIMEIRO MATRIMÔNIO, A ROMA.

História De Israel – Teologia 31.221

 
CAPÍTULO 6

SALOMÉ, IRMÃ DE HERODES, PROCURA INDISPÔ-LO CONTRA ALEXANDRE E
ARISTÓBULO, OS FILHOS QUE ELE TIVERA DE MARIANA. ELE MANDA
ANTÍPATRO, QUE TIVERA DO PRIMEIRO MATRIMÔNIO, A ROMA.

687.  Enquanto isso, a divisão na família de Herodes aumentava, pelo ódio irre-conciliável de Salomé contra Alexandre e Aristóbulo, porque eles se referiam a ela e a Feroras, seu irmão, de maneira muito ofensiva e porque temia que eles vingassem a morte de Mariana. Como já havia cumprido o detestável intento de eliminar a mãe, queria também agora fazer perecer os irmãos, filhos desta. Não lhe faltavam pretextos, porque os dois príncipes demonstravam pouco afeto pelo rei seu pai, quer pela lembrança da morte tão injusta de sua mãe, quer pelo desejo de reinar.
Assim, o ódio era igual de parte a parte, mas eles agiam diferentemente. Os dois irmãos não dissimulavam o seu, tanto pela ousadia que dá a grandeza da origem quanto pela pouca experiência. Salomé e Feroras, ao contrário, para preparar o caminho às suas calúnias, irritavam a altivez dos dois pnncipes, a fim de levar o pai a crer que, estando eles persuadidos de que ele lhes matara a mãe injustamente e convictos da honra de terem nascido de tão grande princesa, poderiam vingar-lhe a morte com as próprias mãos.
Já não se falava de outra coisa em toda a cidade, e, como acontece com os espectadores dos combates, quando as partes não são iguais, todos sentiam compaixão pelo perigo em que a imprudência dos jovens príncipes os lançaria. Salomé não perdia ocasião para daí tirar proveito, encobrindo com alguma aparência de verdade as falsas acusações de que se servia para arruiná-los. Estavam eles tão sentidos pela morte da mãe que não se contentavam em lamentá-la ou em manifestar o seu sofrimento: diziam também que se consideravam infelizes por serem obrigados a viver com aqueles que tinham as mãos manchadas com o sangue dela.
688. A confusão aumentava grandemente, e a ausência de Herodes contribuía para agravar a situação. Depois que ele regressou e falou ao povo da maneira que há pouco referimos, Feroras e Salomé falaram-lhe como se ele estivesse em grande perigo, dizendo que os jovens declaravam que haveriam de vingar a morte da mãe, acrescentando maliciosamente que eles esperavam, por meio de Arquelau, rei da Capadócia, comunicar-se com o imperador, para acusá-lo perante este. Herodes ficou impressionado com essas palavras porque outros também lhe davam o mesmo aviso. Ele repassava em sua memória as aflições passadas, que lhe haviam arrebatado os melhores amigos e uma mulher a quem amara com verdadeira paixão.
O infeliz soberano, julgando do futuro pelo passado e temendo males ainda maiores que os que já lhe haviam acontecido, viu-se em aflitivo tormento. Podia-se dizer que ele era tão feliz fora da pátria, onde tudo lhe saía melhor do que ele esperava, quanto era infeliz em casa, além do que se poderia imaginar, devido às aflições domésticas. De sorte que, em tal excesso de bem e de mal, era difícil saber qual dos dois sobrepujava o outro, e se não lhe teria sido mais vantajoso passar a vida em descanso, privadamente, que usar uma coroa cuja grandeza e cujo brilho eram acompanhados de tantas dores e tormentos.
689. Por fim, após haver refletido, resolveu chamar o mais velho de seus filhos, de nome Antípatro, que ele havia feito educar privadamente, e iniciá-lo no governo. Não que tencionasse dar-lhe inteira autoridade, como o fez depois, mas para fazer oposição aos irmãos, a fim de lhes reprimir a insolência e para que se tornassem mais sensatos quando vissem que a sucessão ao trono não pertencia a eles somente. Então mandou vir Antípatro como para torná-lo participante de sua confiança e encarregá-lo de várias incumbências, mas na realidade com o propósito de rechaçar o orgulho dos outros dois, certo de que esse era o meio apropriado para isso.
Aconteceu, porém, exatamente o contrário. Os dois príncipes sentiram-se muito ofendidos, e Antípatro, quando se viu revestido de uma autoridade que nunca imaginara merecer e à qual jamais havia aspirado, pensou em ocupar o primeiro lugar no afeto do rei seu pai. Como sabia que Herodes estava descontente com os dois irmãos e facilmente daria ouvidos a calúnias, tudo fez para aumentar ainda mais a sua aversão por eles e para torná-los odiosos a ele. Agiu com tanta habilidade que nenhuma suspeita o atingiu, pois, para prejudicá-los, valia-se de pessoas que eram amadas pelo rei e das quais este não podia desconfiar. Algumas delas já cultivavam a amizade de Antípatro, na esperança de obter por meio deste alguma vantagem. Assim, ele podia ter toda a confiança de que elas convenceriam Herodes de que lhe falavam daquele modo unicamente pelo interesse em seu bem-estar.
Muitos agiam mesmo de comum acordo para destruir os jovens príncipes. Não perdiam oportunidade para acusá-los, e os dois irmãos davam eles próprios motivo para isso. Não podendo tolerar a maneira tão injuriosa como aqueles os tratavam, muitas vezes eram vistos banhados em lágrimas. Às vezes invocavam o nome de sua mãe e queixavam-se abertamente da injustiça de seu pai aos amigos. Os partidários de Antípatro observavam com grande cuidado todas essas coisas e não se contentavam em referi-las a Herodes, mas inventavam ainda outras, aumentando, por sua malícia, essa tão grande divisão.
Esses artifícios e calúnias irritavam Herodes cada vez mais, e ele resolveu impor ainda maiores humilhações a Aristóbulo e Alexandre. Para esse fim, elevou Antípatro a novas honras e consentiu, em face dos instantes pedidos que ele lhe fazia, receber a sua mãe no palácio. Escreveu também diversas vezes a Augusto, recomendando-o com muito afeto. Quando ele embarcou para se encontrar com Agripa, que voltava para Roma após governar a Ásia por dez anos, Antípatro foi o único de seus filhos que o acompanhou. Herodes rogou a Agripa que admitisse o filho na viagem e o apresentasse a Augusto — ao qual mandava, por meio dele, valiosos presentes —, introduzindo-o em suas boas graças. Desse modo, ninguém mais duvidava de que Antípatro sucederia a Herodes no trono e que os seus irmãos estavam definitivamente rejeitados.


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