História De Israel – Teologia 31.230
CAPÍTULO 15
SILEU INDISPÕE DE TAL MODO AUGUSTO COM HERODES QUE O
IMPERADOR
SE RECUSA A RECEBER OS SEUS EMBAIXADORES. NEGA-SE TAMBÉM A
ESCUTAR OS EMBAIXADORES DEARETAS, REI DOS ÁRABES, QUE
SUCEDERA A
OBODAS, O QUAL SILEU MANDARA ENVENENAR PARA SE APODERAR DO
REINO. HERODES ENVIA UMA TERCEIRA EMBAIXADA A AUGUSTO.
708. Os árabes enviaram com urgência emissários a Roma para
contar a Sileu, de forma distorcida, o que acontecera. Quando lhe deram a
notícia, ele passeava diante do palácio de Augusto, que já o conhecia. Tomou
então uma veste de luto e foi procurar o imperador. Unindo lágrimas às queixas,
contou-lhe que Herodes havia entrado com armas na Arábia e a destruíra
completamente, matando dois mil e quinhentos dos principais dentre os árabes e
Nacebe, seu parente, amigo e general do exército. Disse também que ele havia
roubado grandes riquezas no castelo de Repta e que o desprezo de Herodes por
Obodas — cuja negligência fora tão grande que nem se havia preparado para a
guerra, faltando-lhe ainda um bom chefe —, na sua ausência, o havia levado a
empreender uma guerra injusta. Acrescentou que, se não confiasse nos cuidados
do imperador em manter todas as províncias em paz, não teria deixado o seu país
para vir a Roma e, se lá tivesse ficado, jamais permitiria que Herodes saísse
vencedor naquela guerra.
Augusto, impressionado com essas palavras, limitou-se a
indagar de alguns amigos de Herodes e uns romanos recém-chegados da Síria se
era verdade que aquele príncipe havia entrado com armas na Arábia. E, como não
podiam negá-lo, não se informou o motivo que a isso o havia obrigado. César
ficou muito encolerizado e escreveu a Herodes uma carta cheia de ameaças, que
dizia, entre outras coisas, que até então ele o considerara um amigo, mas que
dali em diante o trataria como súdito.
Sileu, por sua vez, escreveu à Arábia, do modo como bem se
pode imaginar, e as suas cartas levantaram tanto o ânimo daquela nação que,
vendo eles o imperador irritado contra Herodes, não restituíram os fugitivos e
não pagaram o que deviam nem o que era de direito pelas pastagens que haviam
arrendado. Os habitantes de Traconites também se aproveitaram da ocasião:
rebelaram-se contra as guarnições iduméias enviadas por Herodes, uniram-se a
outros ladrões árabes e saquearam o país, causando muitos outros males, não
tanto para se aproveitar deles quanto pelo desejo de vingança. Herodes foi
obrigado a suportá-los, porque nada ousava empreender, ao ver que Augusto, de
tão enfurecido contra ele, nem se dignara escutar os primeiros embaixadores que
lhe enviara, tampouco dar uma resposta aos que foram em seguida.
A presença de Sileu em Roma aumentava ainda mais a angústia
de Herodes, pois sabia que estavam dando crédito às palavras daquele impostor e
que ele aspirava à coroa da Arábia. O rei Obodas morrera por aquele tempo, e
Enéias, cognominado Aretas, o substituiu. Sileu valia-se de todas as calúnias
que podia para forçar a sua destituição e usurpar o trono. Para isso, agradava
com valiosos presentes os que desfrutavam prestígio perante Augusto, prometendo
muitos mais ao imperador, esperando que ele os recebesse tão favoravelmente quanto
estava indignado com Aretas, que se atrevera a apoderar-se do reino sem lhe
pedir permissão.
Esse novo rei, por fim, escreveu a Augusto e enviou-lhe,
entre outros presentes, uma coroa de ouro de grande valor. Nas suas cartas, ele
acusava Sileu de ser um pérfido, que envenenara o rei Obodas, seu senhor, e lhe
usurpara o governo quando ele ainda vivia e que havia abusado insolentemente
das mulheres dos árabes e emprestado grandes somas para abrir caminho à
tirania. Mas Augusto não quis receber os presentes nem ouvir os embaixadores, e
os despediu sem resposta.
Assim, as coisas se indispunham cada vez mais entre os
judeus e os árabes, e não havia ninguém capaz de apaziguar tamanha divergência.
Aretas ainda não se havia consolidado no novo reino para poder reprimir as
insolências de seus súditos, e Herodes, temeroso de irritar ainda mais o
imperador, caso repelisse as injúrias que lhe faziam, era obrigado a
suportá-los. Nessa aflição em se encontrava, resolveu enviar uma terceira
embaixada para tentar, por intermédio de amigos, apaziguar os ânimos de César,
e para isso escolheu Nicolau de Damasco.
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