História De Israel – Teologia 31.261
CAPÍTULO 2
OS SOLDADOS DELIBERAM ELEVAR CLÁUDIO, TIO DE CAIO, AO TRONO
DO
IMPÉRIO. DISCURSO DE SATURNINO NO SENADO EM FAVOR DA
LIBERDADE.
CHEREAS MANDA MATAR A IMPERATRIZ CESÔNIA, MULHER DE CAIO, E
SUA FILHA. BOAS E MÁS QUALIDADES DE CAIO. OS SOLDADOS
RESOLVEM
CONSTITUIR CLÁUDIO IMPERADOR E LEVAM-NO AO CAMPO. O SENADO
ENVIA DEPUTADOS PARA ROGAR-LHE QUE DESISTA DESSA INTENÇÃO.
799. Enquanto o senado deliberava, os soldados, por seu
lado, também trocavam idéias. Consideradas todas as coisas, pareceu-lhes que,
se o governo popular fosse restabelecido, seria incapaz de sustentar o peso da
direção de tantos reinos e províncias. E, mesmo que fosse possível, eles não
teriam nenhuma vantagem. Além disso, se acontecesse de algum dos principais do
senado ser eleito imperador sem que eles tivessem contribuído para elevá-lo a
esse supremo grau de honra, seriam considerados inimigos.
Assim, julgando que nenhum outro era tão merecedor,
escolheram Cláudio, tanto pela nobreza da origem, pois era tio de Caio, quanto
pela maneira nobre como fora educado. E, convictos de que ele lhes demonstraria
a sua gratidão com benefícios proporcionais à obrigação de que lhes seria
devedor, resolveram ir buscá-lo em sua casa. Gneu Sentio Saturnino disso teve
ciência no senado e, julgando que não havia tempo a perder, para demonstrar
virtude e coragem, ergueu-se como se fora impelido por alguém — mas na verdade
era por iniciativa própria — e falou com uma ousadia digna dos grandes homens
que fizeram brilhar por toda a terra a glória da generosidade romana.
Ele disse: "Estamos vendo, por fim, senhores, após uma
servidão de tantos anos, despontar hoje, contra toda a esperança, a nossa
liberdade. É verdade que não sabemos o quanto há de durar, porque depende da
vontade de Deus a sua conservação, depois de Ele no-la conceder. Mas, ainda que
tão grande ventura logo desapareça, não devemos deixar de estimá-la, pois não
há homem de coragem que não sinta alegria em viver livre, num país livre, e
desfrutar pelo menos durante algumas horas a doçura que nossos antepassados
gozavam nos séculos em que a república florescia em todo o seu esplendor. Como
nasci após essa liberdade haver sido suprimida, não vi esse tempo feliz, quando
se estudavam as letras e se era treinado nos exercícios que podem formar o
espírito e erguer o ânimo. Assim, tudo o que posso fazer é manifestar o meu
amor por aquela que hoje se nos apresenta. Eis por que julgo que, abaixo dos
deuses imortais, não há honra que não devamos tributar àqueles cuja
generosidade e virtude nos fizeram rever a luz tão doce da liberdade. Pois,
mesmo que a desfrutássemos durante um só dia, não seria isso para cada um de
nós um grande bem? Para os velhos, porque morreriam sem tristeza, após uma
mudança tão inesperada. Para os jovens, porque é para eles um exemplo que não
poderiam deixar de imitar sem degenerar da virtude de seus antepassados, pois
somente por meio de ações virtuosas podemos conquistar a liberdade. Das coisas
passadas, posso falar apenas por referências de outros, mas as que vi não me
permitem ignorar os males causados pela tirania. Sei que ela faz guerra aberta
à virtude e não tolera os que possuem coragem e mérito, infunde o medo nos
espíritos e leva-os à covarde bajulação, pois é quando não se administra mais
pelas leis, e sim pelo humor do príncipe. Depois que Júlio César, calcando aos
pés a ordem tão religiosamente observada por nossos pais, estabeleceu a sua
injusta monarquia sobre as ruínas da República, não há calamidade que não tenha
afligido a cidade de Roma. Os que a ele sucederam no soberano poder
demonstraram também não ter outro propósito senão subverter a antiga
disciplina. E, como só acreditavam que encontrariam segurança entre homens
dispostos a cometer toda espécie de crimes para lhes obedecer, não há meios bárbaros
de que não se tenham servido para oprimir as pessoas mais ilustres e mesmo para
lhes tirar a vida. Entre esses intoleráveis senhores que nos fizeram gemer sob
tão tirânica dominação, Caio podia vangloriar-se de superar a todos, pois não
exercitava o seu furor apenas sobre os nossos cidadãos, mas também sobre os
parentes e amigos, e não era menos ímpio para com os deuses. Pois é próprio dos
tiranos não se contentarem em ser avaros, voluptuosos e soberbos. O seu maior
prazer é exterminar os inimigos, e eles consideram como tais todos os que têm
alma nobre. Nenhuma ponderação é capaz de os acalmar, pois, sabendo o quanto
são odiosos aos que lhes estão sujeitos, acham que não se conservarão em
segurança senão oprimin-do-os de tal modo que eles não possam livrar-se de
tantas misérias. Agora, então, que disso nos livramos, com a vantagem de só
dependermos de nós mesmos, a nossa união presente pode gerar segurança para o
futuro. Quem nos impede de reerguer a glória de Roma e dar à República o seu
antigo brilho e o primeiro esplendor? Podemos falar com liberdade contra as
desordens e propor sem perigo tudo o que julgamos mais vantajoso para o bem
público, pois sacudimos o jugo desses senhores prepotentes. Lembremo-nos de que
nada favoreceu tanto a tirania em seu início quanto a covardia daqueles que a
ela não se ousaram opor e que foram essa fraqueza e a mesquinhez de se
preferir, como escravos, uma vida vergonhosa a uma morte honrosa que lançaram
Roma neste abismo de infinitos males. Mas antes de todas as coisas, senhores,
prestemos a honra devida aos que nos libertaram da escravidão, particularmente
a Chereas, cujo proceder e cujo braço, com o auxílio dos deuses, nos deram a
liberdade. Que recompensa não merece receber daqueles pelos quais não receou se
expor a tal perigo? Ele tem mesmo vantagem sobre Bruto e Cássio, cuja virtude
imitou, pois, enquanto a ação daqueles foi seguida de uma guerra que perturbou
todo o império e o mundo inteiro, este, pela morte de um só homem, libertou-nos
de todos os males".
O discurso de Saturnino foi ouvido com grande prazer por
todos os senadores e cavaleiros presentes, e o ardor com que falou o fez
esquecer de que trazia no dedo um anel, onde havia uma pedra na qual estava
gravada a imagem de Caio. Trebélio Máximo arrancou-o então, e no mesmo instante
a pedra foi feita em pedaços.
800. A noite já ia adiantada, e Chereas pediu a senha aos
cônsules. E eles a deram: "Liberdade". E não se cansavam de se
rejubilar por haverem tornado a entrar no gozo daquele sinal de sua antiga autoridade.
Chereas em seguida deu a senha aos oficiais de quatro coortes, os quais,
preferindo a dominação legítima à tirania, haviam abraçado o partido do senado.
801. Pouco depois, o
povo, por efeito da inconstância que lhe é peculiar, externou muita alegria
pela esperança de reconquistar, com a liberdade, o poder que outrora havia
desfrutado, e Chereas tornou-se deles muito estimado.
802. Como chefe do
empreendimento que acabava de mudar a face do império, Chereas, julgando que
haveria sempre motivo de temor enquanto existisse alguém da família de Caio,
ordenou a Júlio Lupo, um dos oficiais da guarda, que fosse matar a imperatriz
Cesônia e sua filha. Ele foi escolhido porque tinha parentesco com Clemente e
também porque havia participado da conspiração. Alguns acharam crueldade
assassinar uma mulher como se ela fosse culpada do sangue dos ilustres romanos
que Caio — e ele somente, em seu furor — mandara derramar. Outros diziam, ao
contrário, que ela era a causa principal dos males do império, pois fizera Caio
tomar uma bebida, a fim de prendê-lo pelo amor, e a poção lhe perturbara o
juízo. Por isso deviam considerá-la culpada de haver ministrado um veneno
mortal a muitas pessoas de eminente virtude.
Esse último sentimento prevaleceu, e Lupo partiu para matá-la.
Encontrou Cesônia estendida por terra, junto ao corpo do marido — o qual estava
privado de tudo, até mesmo do que não se recusa aos mortos — e manchada com o
sangue que corria de suas feridas. A filha estava ao lado dela e a ouvia
queixar-se amargamente de que Caio não quisera atender aos seus muitos avisos.
Essas palavras foram e são ainda hoje diversamente interpretadas. Uns acreditam
que ela queria dizer que havia aconselhado o imperador seu marido a mudar de
proceder, adotando um estilo mais moderado, a fim de reconquistar o afeto dos
romanos e para não levá-los, pelo desespero, a atentar contra a sua vida.
Outros, ao contrário, julgam que essas palavras significavam que, tendo ouvido
alguma notícia da conspiração, ela havia insistido com ele para que matasse
imediatamente todos os conspiradores.
A princesa, oprimida pela dor, julgava que Lupo viera ver o
corpo do marido. Disse-lhe então, com lágrimas, suspirando, que se aproximasse
um pouco mais. Mas quando percebeu que ele não respondia, não teve dificuldade
para compreender o motivo que o trouxera ali. Deplorando a própria condição,
apresentou-lhe o pescoço e insistiu que se consumasse logo o último ato daquela
sanguinolenta tragédia. Esperou em seguida o golpe de morte com fortaleza
admirável. Sua filha, que era ainda apenas uma criança, foi morta depois dela.
803. Foi esse o fim de Caio, após reinar durante três anos e
oito meses. Ele já havia demonstrado, mesmo antes de ser imperador, o quanto
era brutal, malvado, voluptuoso, protetor dos caluniadores, covarde e, por
conseguinte, cruel. Considerava a maior vantagem da autoridade soberana poder
abusar dela contra os inocentes e enriquecer-se com os despojos deles depois de
os fazer injustamente perder a vida. Não podia tolerar que o considerassem apenas
um homem, mas desejava loucamente ser reverenciado como um deus e
vangloriava-se das tolas bajulações do povo. O freio que as leis e a virtude
impõem às paixões desregradas era-lhe insuportável. Não havia amizade, por
maior ou mais antiga que fosse, que lhe pudesse impedir de manchar as mãos no
sangue, quando encolerizado. Todos os homens de bem passavam em seu espírito
por inimigos.
Por mais injustas que fossem as suas ordens, queria que
fossem executadas imediatamente, sem a menor oposição. E, dentre os tantos
vícios que o tornaram odioso, aquela abominável impudicícia, inaudita até
então, que o levou a cometer incesto com a própria irmã, tornou-o detestável a
todos. Durante o seu reinado, nada empreendeu de importante ou magnífico ou de
que o império pudesse haurir alguma vantagem, exceto alguns portos e cais perto
de Régio e na Sicília, para receber os navios que traziam trigo do Egito para a
Itália, e que eram sem dúvida muito úteis ao povo. Ainda assim, eles não foram
terminados, tanto pelo desleixo daqueles aos quais ele dera tal incumbência
quanto porque ele preferia empregar o dinheiro em despesas vãs, entregando-se
mais ao prazer que à realização de obras dignas de um grande imperador, que
iria preferir o bem de seus súditos à sua satisfação particular.
Quanto ao resto, era muito eloqüente, muito instruído nas
letras gregas e romanas e compreendia facilmente todas as coisas. Respondia
imediatamente aos questionamentos que lhe eram feitos, e, mesmo nos assuntos
mais importantes, ninguém mais que ele era capaz de incutir o que empreendia
sustentar, porque possuía uma grande inteligência e se havia preparado para não
ser inferior a Germânico, seu pai, nem a Tibério, o qual a esse respeito
excedia a todos os outros e tomara grande cuidado em instruí-lo. Mas essa boa
educação não o impediu de perder-se quando subiu ao trono, pois é difícil para
aquele que detém um poder absoluto conter a própria maldade. No começo de seu
reinado, ele tinha como amigos pessoas de grande mérito, que o estavam levando
a ações que lhe poderiam granjear boa reputação e glória. Mas ele os afastou
pouco a pouco e, quando se abandonou a uma licenciosidade desenfreada, sentiu
de tal modo aversão por eles que não teve vergonha de empregar os meios mais
infames para causar-lhes a morte e satisfazer assim a sua ingratidão e
crueldade.
804. Devemos agora falar de Cláudio, que, como dissemos, ia
adiante de Caio quando este saía do teatro. Sabendo da morte do imperador e
vendo aquela grande perturbação, ele foi esconder-se num canto muito escuro do
palácio. No entanto, nenhum outro motivo senão a grandeza de sua origem lhe
provocava temor, pois ele vivera até ali como um cidadão comum e procedera
sempre com muita modéstia. Longe do barulho e do tumulto, ocupava-se com o
estudo, principalmente dos autores gregos, sem se imiscuir de maneira alguma na
política.
A confusão, todavia, aumentava cada vez mais. O palácio
estava cheio de soldados, que corriam para todos os lados com furor, sem saber
o que queriam, e o povo também para lá acorria em massa. Então os guardas
pretorianos, que estavam na primeira linha entre os soldados, se reuniram para
deliberar sobre o que deviam fazer. A morte do imperador não lhes causava
pesar, até achavam que ele bem a havia merecido, mas pensavam em tomar resoluções
que lhes fossem vantajosas. Quanto aos alemães, não era a consideração do bem
público que os incitava contra os que haviam assassinado Caio, e sim a própria
paixão.
O temor de Cláudio aumentou quando ele viu as cabeças de
Asprenas e dos outros que os bárbaros haviam sacrificado à sua vingança.
Manteve-se em seu esconderijo, onde só se podia chegar subindo alguns degraus.
Um dos guardas do imperador, de nome Grato, avistou-o, mas, por causa da
escuridão, não pôde reconhecê-lo, por isso aproximou-se e ordenou-lhe que
saísse dali. Cláudio não quis obedecer. O guardou tirou-o à força e então o
reconheceu, gritando aos companheiros: "Eis aqui Germânico.* Façamo-lo
imperador". Ante essas palavras, o guarda o agarrou, para levá-lo, e
Cláudio pensou que iria ser morto, em razão do ódio à memória de Caio. Assim,
rogou-lhe que considerasse a sua inocência e lembrasse que ele não tivera
absoluta-mente parte no que havia acontecido. Grato, nesse momento, tomou-o
pela mão e, sorrindo, disse-lhe: "Não tenhais receio pela vossa vida, mas
pensai apenas em demonstrar uma coragem digna do império, pois os deuses,
cansados dos males que Caio causou a toda a terra, oferecem-no hoje à vossa
virtude. Portanto, subi gloriosamente ao trono de vossos antepassados".
Enquanto Grato falava, um grande número de soldados da
guarda pretoriana reuniu-se em torno dele. O combate violento que se travara em
seu coração entre o temor e a alegria não lhe permitia sequer caminhar, e então
eles o carregaram nos ombros. Muitos, vendo-o naquele estado, julgaram que iam
matá-lo. E, como sabiam que ele jamais havia tomado parte em coisa alguma e até
mesmo algumas vezes correra perigo de vida sob o reinado de Caio, ficaram
consternados pela sua desdita e protestaram, dizendo que competia aos cônsules
julgá-lo. À medida que os soldados caminhavam, outros reuniam-se a eles, que
continuavam a levar Cláudio, porque os que carregavam a liteira, julgando-o
perdido ao vê-lo ser agarrado, haviam fugido. O povo abria caminho àquela
multidão de soldados que enchia o palácio, o qual dizem estar na parte mais
antiga de Roma.
Um número maior de soldados uniu-se ainda a eles, e a
alegria deles por ver Cláudio foi tão grande que disseram estar dispostos a
tudo para elevá-lo ao trono do império, quer pelo amor e respeito que
conservavam à memória de Germânico, seu pai, quer porque não ignoravam os males
que a ambição desmedida dos maiorais do senado havia causado quando este ainda
possuía autoridade. Crendo que era impossível restaurar aquela forma de
governo, tinham de eleger um imperador, e importava escolher alguém que lhes
ficaria devendo obrigação. Cláudio, portanto, ser-lhes-ia devedor daquele alto
cargo, com todas as suas honras, e, como recompensa, não haveria favor que ele
não lhes devesse conceder ou que não pudessem esperar dele. Depois que assim
deliberaram, comunicaram a sua opinião aos que se haviam juntado a eles, e
todos puseram-se de acordo num único desígnio: colocaram Cláudio no meio deles
e o levaram ao acampamento para concluir aquele assunto importantíssimo sem que
ninguém os pudesse impedir.
__________________________
* Josefo chama Cláudio de Germânico, porque o imperador era
filho de Germânico.
805. Enquanto isso se passava, o senado e o povo
experimentavam sentimentos opostos. Aquele, vendo-se livre da servidão dos
tiranos, queria retomar a antiga autoridade. Este, invejando-lhe essa honra,
considerava o poder imperial um freio aos excessos dos políticos mais arrojados
e uma proteção contra as suas violências. Por isso, regozijava-se com a resolução
tomada pelos soldados em favor de Cláudio e esperava, por seu intermédio,
evitar a guerra civil e os outros males que Roma sofrerá nos tempos de Pompeu.
806. O senado, logo que soube do que acontecia no
acampamento, mandou dizer a Cláudio que não aceitasse ser eleito imperador pela
violência; que deixasse o senado cuidar do governo e escolhesse alguém dentre
eles, o qual, com a consistência dos outros senadores, agiria conforme as leis,
no que se referia ao bem público; que ele recordasse os males que haviam
afligido a cidade de Roma durante a dominação do tiranos e os perigos que ele
mesmo correra sob o reinado de Caio; que seria estranho ele, após condenar a
tirania nos outros, querer, por ambição, recolocar a sua pátria sob o jugo
insuportável do qual acabava de ser libertada; que ele, ao contrário, se
concordasse em acatar os sentimentos do senado e em viver como antes,
demonstrando a costumeira virtude, receberia as maiores honras, porque elas lhe
seriam prestadas voluntariamente e por pessoas livres; que, sujeitando-se às
leis, obteria os louvores que bem merecem os homens de virtude; e que, caso ele
não considerasse o que acontecera a Caio e perseverasse em seu intento, o
senado estava resolvido a fazer-lhe oposição, pois, além do grande número de
soldados que este possuía, poderia ainda armar uma grande quantidade de
escravos, embora a sua confiança principal repousasse no socorro dos deuses,
que sempre auxiliam os que combatem pela justiça — e nada era mais justo que
defender a liberdade de seu país.
Verânio e Brocco, os tribunos enviados como embaixadores,
depois de falar a Cláudio, puseram-se de joelhos diante dele e suplicaram-lhe
que não lançasse Roma numa guerra civil. E, vendo-o rodeado por uma multidão de
soldados incomparavelmente mais numerosa que os partidários dos cônsules,
rogaram-lhe, uma vez que estava resolvido a subir ao trono, que ao menos
consentisse em recebê-lo das mãos do senado, pois era mais razoável e
ser-Ihe-ia mais vantajoso ser elevado ao soberano poder por um consentimento
geral que pela violência.
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
Não perca tempo, Indique esta maravilhosa
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