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5 de julho de 2018

História De Israel – Teologia 31.262 (Livro 19 Cap 3) O REI AGRIPA FORTALECE CLÁUDIO NA RESOLUÇÃO DE ACEITAR O GOVERNO. OS SOLDADOS QUE TINHAM ABRAÇADO O PARTIDO DO SENADO, ABANDONAM-NO E SE UNEM AOS QUE PRESTARAM JURAMENTO A CLÁUDIO, NÃO OBSTANTE OS ESFORÇOS DE CHEREAS PARA IMPEDI-LOS. CLÁUDIO TORNA-SE IMPERADOR E CONDENA CHEREAS À MORTE. ELE A SOFRE COM MARAVILHOSA FIRMEZA. SABINO, UM DOS PRINCIPAIS CONJURADOS, SUICIDA-SE.

História De Israel – Teologia 31.262

 
CAPÍTULO 3

O REI AGRIPA FORTALECE CLÁUDIO NA RESOLUÇÃO DE ACEITAR O GOVERNO. OS SOLDADOS QUE TINHAM ABRAÇADO O PARTIDO DO SENADO, ABANDONAM-NO E SE UNEM AOS QUE PRESTARAM JURAMENTO A CLÁUDIO, NÃO OBSTANTE OS ESFORÇOS DE CHEREAS PARA IMPEDI-LOS. CLÁUDIO TORNA-SE IMPERADOR E CONDENA CHEREAS À MORTE. ELE A SOFRE COM MARAVILHOSA FIRMEZA. SABINO, UM DOS PRINCIPAIS CONJURADOS, SUICIDA-SE.

807. Cláudio, ciente de que o senado estava convencido de poder reconquistar a sua primitiva autoridade, respondeu com muita modéstia, para não chocar os sentimentos deles. Porém não demorou muito a superar os seus temores, em parte pela proteção que lhe prometiam os soldados e em parte pelo fato de Agripa já o haver exortado a não ser inimigo de si mesmo, recusando o oferecimento de um poder que lhe permitiria governar a maior parte da terra. Por fim, decidiu-se a tudo fazer, no que dependia dele, para secundar a sua boa estrela.
Esse rei dos judeus, que devia a Caio a sua coroa, havia colocado o corpo do imperador sobre um leito, com toda a cortesia que o tempo lhe permitiu, dizendo aos guardas que ele não estava morto, que as feridas o faziam sofrer muitas dores e que ele tinha necessidade urgente de médicos. E, quando soube que os soldados haviam levado Cláudio, rompeu a multidão para ir ter com ele, encontran-do-o em tal aflição de espírito que parecia prestes a ceder a autoridade ao senado. Então Agripa restituiu-lhe a coragem e o animou a não perder aquela ocasião de subir ao trono do império.
Mal havia ele inspirado em Cláudio tais sentimentos e voltado para casa, vieram dizer-lhe que o senado o estava convidando a tomar assento na companhia deles. Agripa perfumou a cabeça, para fazer pensar que saíra da mesa, e, fingindo nada saber do que se passava, perguntou, ao chegar, o que havia acontecido com Cláudio. Contaram-lhe então tudo o que havia sucedido e rogaram que ele manifestasse a sua opinião sobre o presente estado das coisas. Ele declarou que estava pronto a dar a vida para manter a dignidade do senado, mas julgava que eles deviam antes considerar o que lhes seria mais útil e agradável. Pois, se estavam resolvidos a retomar a soberana autoridade, precisariam de armas e de soldados, para não sucumbir em tão ingente empreendimento. Eles responderam que o senado possuía homens e armas, bem como dinheiro para fazer a guerra, e que poderiam ainda armar uma grande quantidade de escravos, aos quais dariam a liberdade.
Agripa replicou: "É meu desejo, senhores, que o vosso intento se realize, tal como o desejais. Mas o cuidado que tenho pela vossa preservação me obriga a dizer-vos que vejo uma extrema diferença entre o grande número de soldados experientes que abraçaram o partido de Cláudio e os escravos de que falais, porque estes são homens desacostumados à disciplina e que mal sabem manejar uma espada. Por isso, sou de opinião que entreis em contato com Cláudio a fim de dissuadi-lo de sua pretensão ao império. E ofereço-me para ir com os vossos delegados". A proposta foi aprovada, e o príncipe partiu, acompanhado por alguns senadores. E, depois de uma conversa em particular com Cláudio a respeito da agitação que reinava no senado, aconselhou-o a falar como um príncipe que já se julga no trono.
Cláudio respondeu aos delegados que não se admirava de ver que o senado estava ressentido da monarquia, depois de haverem sido tão maltratados sob a tirania dos imperadores precedentes, mas que sob o seu governo eles experimentariam uma dominação moderada que de império teria apenas o nome, e todas as coisas se orientariam conforme o parecer deles e a aprovação de todos. A esse respeito não podiam duvidar de sua palavra, pois eles mesmos eram testemunhas da maneira como ele vivera até ali, sem jamais incorrer num ato que lhes desse motivo para censura. Após despedir os emissários, discursou perante os soldados que se haviam unido a ele e obteve deles juramento de fidelidade. Depois distribuiu a cada um cinco mil dracmas e gratificou os oficiais na proporção do número de homens que comandavam, prometendo tratar favoravelmente todas as outras tropas, onde quer que estivessem.
808. No dia seguinte, pela manhã, antes do despontar do dia, os cônsules reuniram o senado no Templo de Júpiter, no Capitólio. Alguns senadores, porém, não se atreveram a sair de casa, e outros partiram para as suas casas de campo, porque, vendo o rumo que as coisas estavam tomando, preferiam uma servidão tranqüila a uma empresa tão perigosa como a de reconquistar a liberdade. Apenas uns cem deles compareceram à reunião.
Enquanto deliberavam, ouviu-se à porta um grande rumor de soldados, os quais pediam que o senado escolhesse um imperador, aquele que dentre eles fosse o mais digno, a fim de impedir o prejuízo que o império sofreria, caso fosse repartido entre vários governantes. Esse pedido, tão contrário à esperança que o senado tivera de reconquistar a liberdade e o antigo poder, perturbou-os ainda mais, pois já estavam pressionados pelo temor de que Cláudio assumisse o trono. Havia no entanto alguns que, pela nobreza de seu nascimento ou por alianças matrimoniais com os césares, se achavam no direito de ansiar o supremo poder.
Marcos Minúcio, um dos mais ilustres romanos, que desposara júlia, irmã de Caio, ofereceu-se para governar o império. Os cônsules, em vez de lhe responder, passaram a outros assuntos. Valério Asiático tinha o mesmo desejo que Minúcio, mas Minuciano. aue fizera parte da conspiração contra Caio, impediu que ele se declarasse. Isso porque se alguém chegasse a disputar abertamente o império a Cláudio haveria uma das mais terríveis carnificinas de que jamais se ouviu falar, pois, além de um grande número de gladiadores e das companhias de sentinela mantidas para fazer a ronda na cidade durante a noite, um grande número de remadores unir-se-ia também a eles. Essa extrema desordem, tão fácil de se prever, afastou vários senadores da pretensão ao império, fosse pelo temor do perigo em que Roma se encontrava, fosse pelo risco que eles mesmos correriam.
809.  O dia apenas começava a raiar quando Chereas apareceu com os seus amigos e sinalizou aos soldados que lhes desejava falar. Em vez de atendê-lo, no entanto, eles puseram-se a gritar, exigindo que eles sem demora lhes dessem um imperador. Desse modo, o senado compreendeu o desprezo que aqueles soldados tinham pela autoridade deles, e isso anulava toda a possibilidade de se restaurar a antiga forma de governo. A falta de respeito dos soldados por aquela assembléia tão augusta também despertou a ira de Chereas e dos que o haviam ajudado na conspiração contra Caio. Não tolerando mais que continuassem a insistir num imperador, disse-lhes, encolerizado, que lhes daria um, contanto que lhe trouxessem uma ordem de Êutico.
Êutico era um cocheiro a quem Caio muito havia estimado e de que se servia para os mais baixos serviços e o mais vis misteres. Acrescentou a isso diversas censuras, ameaçando mesmo trazer-lhes a cabeça de Cláudio e declarando que era coisa vergonhosa eles desejarem entregar o império a um tolo, após ele ter sido arrancado das mãos de um louco. Os soldados, porém, arrancaram das espadas sem se dignar escutá-lo e foram, com as suas bandeiras, procurar Cláudio a fim de se unirem aos demais que já lhe haviam prestado juramento.
810.  O senado, vendo-se abandonado por aqueles que o deviam defender e sabendo que os cônsules não tinham qualquer autoridade, ficou bastante indeciso. O fato de haverem irritado Cláudio aumentou-lhe tanto o temor que o arrependimento por tal excesso os levou a mútuas censuras. No meio dessa balbúr-dia, Sabino, um dos que haviam matado Caio, adiantou-se e afirmou que os mataria todos, para não terem de suportar que Cláudio subisse ao trono e se iniciasse uma nova escravidão. Disse a Chereas, com grande ardor, que era estranho que ele, tendo sido o primeiro a atacar o tirano, agora se permitisse continuar a viver sem que a sua pátria houvesse reconquistado a liberdade. Chereas retrucou que não tinha amor à vida, mas queria antes saber quais eram os sentimentos de Cláudio.
811.  Enquanto isso, os soldados se dirigiam de todas as partes ao acampamento para se unir a Cláudio. Quinto Pompeu, um dos cônsules, foi também com eles. Mas como era odioso aos soldados, porque havia exortado o senado a manter a liberdade, vieram a ele de espada na mão e o teriam matado se Cláudio não os impedisse. Após livrá-lo daquele perigo, convidou-o a sentar-se junto dele. Não houve a mesma consideração para com os senadores que o acompanhavam, pois eles foram proibidos de se aproximar de Cláudio para saudá-lo. Alguns chegaram a ser feridos, entre eles Apônio, e não houve um só que não tivesse corrido grave perigo de vida. O rei Agripa, entretanto, aconselhou Cláudio a tratar com gentileza aquelas pessoas, que eram as principais do império, porque do contrário não haveria mais ninguém da nobreza com quem ele pudesse governar. Ele aprovou essa advertência e pediu imediatamente ao senado que se reunisse em seu palácio, para onde ele se fez levar em liteira através da cidade, acompanhado pelos soldados, que afastavam o povo.
812.  Por esse mesmo tempo, Chereas e Sabino, que haviam sido os mais influentes na conspiração, não tiveram receio de se apresentar em público, contra a ordem de Poliom, a quem Cláudio pouco antes nomeara capitão da guarda pretoriana. Mas Cláudio, logo que chegou ao palácio, reuniu os seus amigos e condenou Chereas à morte. Eles não podiam, no entanto, deixar de reconhecer que a ação que ele havia praticado fora gloriosa, porém o acusaram de traição e acharam que a sua morte traria segurança ao imperador. Levaram-no então ao suplício, com Lupo e vários outros conjurados.
Conta-se que ele demonstrou maravilhosa firmeza e que, além de não alterar o rosto, censurou a fraqueza de Lupo, ao vê-lo chorar porque lhe haviam tirado a túnica: disse-lhe que um lobo* jamais sentia frio. No meio da grande multidão que o rodeava, ele perguntou ao soldado que o iria executar se ele estava bem treinado naquele ofício e se a sua espada estava bem afiada. Pediu depois que lhe trouxessem a espada com a qual havia matado Caio. Um único golpe decepou-lhe a cabeça. Lupo, no entanto, recebeu vários golpes, porque o medo fazia com que a balançasse. Alguns dias depois, celebrou-se a festa na qual os romanos fazem ofertas pelos parentes mortos, e o povo as lançou ao fogo em honra a Chereas, pedindo que ele lhes perdoasse a ingratidão. Dessa forma, chegou ao fim aquele que deixou célebre a sua memória por um em-preendimento tão generosamente concebido, mantido com tanta perseverança e tão corajosamente executado.

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* Lupo significa lobo, em latim. (N. do R.)

813. Quanto a Sabino, Cláudio não se contentou em perdoá-lo, mas o conservou no cargo, dizendo que não podia faltar à palavra dada aos que o haviam envolvido na conjuração. Mas esse generoso romano, incapaz de resignar-se a sobreviver à supressão da liberdade pública, matou-se com um golpe de espada, libertando-se de uma vida que a sua coragem tornaria insuportável.



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