História De Israel – Teologia 31.263
CAPÍTULO 4
O IMPERADOR CLÁUDIO CONFIRMA O REINO A AGRIPA E
ACRESCENTA-LHE A
JUDÉIA E SAMARIA. ENTREGA O REINO DA CÁLCIDA A HERODES,
IRMÃO DE
AGRIPA, E PROMULGA EDITOS FAVORÁVEIS AOS JUDEUS.
814. Os primeiros
atos de Cláudio, após restaurar o soberano poder, foram a dispensa de todos os
soldados que lhe eram suspeitos e a confirmação de Agripa no reino que este
havia recebido de Caio. A esse respeito, promulgou um edito pelo qual, depois
de lhe dedicar grandes honras e elogios, acrescentava aos seus territórios a
Judéia e Samaria, achando que eles lhe pertenciam por justiça, porque haviam
sido do rei Herodes, seu avô. Deu-lhe ainda, de sua parte, o reino de Abela,
que pertencera a Lisânias, com todas as terras do monte Líbano. A aliança desse
príncipe com povo romano foi gravado em uma lâmina de cobre que se colocou no
meio da grande praça do mercado de Roma.
815. A Antíoco, que
havia sido despojado de seu reino, o novo imperador entregou Comagena e uma
parte da Cilícia. A Marco, filho de Alexandre Lisímaco, alabarche, por quem
nutria um afeto particular e que tivera a direção de todos os negócios de
Antônia, sua mãe, a qual Caio mandara prender, Cláudio deu por esposa Berenice,
filha de Agripa. Marco, porém, morreu antes das núpcias. Então Agripa deu-a em
casamento a Herodes, seu irmão, para o qual conseguiu de Cláudio o reino da
Cálcida.
816. Aconteceu nesse mesmo tempo uma grande divergência
entre os judeus e os gregos que moravam em Alexandria. Os primeiros, tendo sido
muito oprimidos e maltratados pelos habitantes de Alexandria durante o reinado
de Caio, logo que souberam da notícia de sua morte tomaram as armas. Caio
escreveu ao governador do Egito que acalmasse aquela agitação, e enviou, a rogo
dos reis Agripa e Herodes, um edito a Alexandria e à Síria.
Os termos eram estes: "Tibério Cláudio César Augusto
Germânico, príncipe da República, fez o edito que segue: Constando de diversos
registros que os reis do Egito há muito tempo permitiram aos judeus que moram
em Alexandria desfrutar os mesmos privilégios que os demais habitantes,
Augusto, depois de anexar essa cidade ao império, confirmou-lhes esses mesmos
direitos — e eles os usufruíram pacificamente sob Áqüila e outros governadores
que lhe sucederam —, bem como a permissão, concedida por esse mesmo imperador,
para que, quando o seu etnarca morresse, elegessem um outro. Permitiu-lhes
também viver segundo as suas leis e no exercício de sua religião sem serem
perturbados. Quando Caio quis fazer-se adorar como um deus, todavia, os outros
habitantes de Alexandria tomaram essa ocasião para incitar o príncipe contra
eles, porque se recusavam a obedecer a uma ordem tão ímpia. E, como nada seria
mais injusto que persegui-los por esse motivo, é nosso desejo que eles sejam
mantidos em seus privilégios, e ordenamos a uns e outros que vivam em paz, para
o futuro, sem promover perturbação alguma".
Esse mesmo imperador enviou outro edito a todas as
províncias do Império Romano, cujo conteúdo era o seguinte: "Tibério
Cláudio César Augusto Germânico, sumo sacerdote da República e cônsul designado
pela segunda vez. Os reis Agripa e Herodes, que são nossos amigos muito
particulares, rogaram-nos que permitíssemos aos judeus esparsos por todo o
Império Romano viver segundo as suas leis, como de fato o permitimos. Nós, de
boa mente, o concedemos aos que moram em Alexandria, não somente em
consideração a dois tão grandes intercessores, mas também porque julgamos que o
afeto e a fidelidade que os judeus sempre demonstraram pelo povo romano os
tornam dignos de receber essa graça. Assim, é nosso desejo que nem mesmo nas
cidades gregas eles sejam impedidos de usufruir esses favores, pois o divino
Augusto os manteve, e que possam desfrutá-los no futuro em toda a extensão do
império. Desse modo, por essa prova de nossa bondade, estarão eles também
obrigados a respeitar a religião dos outros povos e a se contentar em viver
essa plena liberdade. E, para que ninguém disso possa duvidar, ordenamos que o
presente edito seja publicado não somente em toda a Itália, mas enviado por
nossos oficiais aos reis e príncipes fora dela, e afixado em lugar visível
durante trinta dias".
Que o Santo Espirito do Senhor, ilumine
o nosso entendimento
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